Oii :)
Lauren POV
Los Angeles - 9:30 AM
As sirenes das ambulâncias estavam chiando a todo o momento do lado de fora, haviam abrido a janela á meu pedido para algum vento entrar, mas aquele barulho todo vinha como brinde, mas eu aceitava qualquer coisa para amenizar o calor horrível que estava sufocando meu pescoço e minhas costas entrevadas naquela cama de hospital.
"Droga" sussurrei audivelmente pra mim mesma quando olhei a perna enfaixada e imobilizada, o tiro havia atravessado minha panturrilha quase pegando no osso, mas não corria nenhum risco o doutor cogitou duas coisas que contribuíram para que o tiro não tivesse pegado mais acima, sorte ou milagre. Eu poderia ter ficado paraplégica, mas não fiquei, isso era a coisa mais incrível que havia acontecido comigo depois de Camila. Por falar na margarida, eu não sabia se ela estava no hospital, sem nada pra me comunicar tentei me levantar inutilmente até que ouvi vozes vindas de fora do quarto, quando a porta se abriu uma Taylor veio correndo com uma rosa nas mãos, sorrindo.
Me diz que imã sua perna tem que sempre atrai acidentes? - Taylor disse dando um riso amarelo, mesmo cansada e vendo que ela queria amenizar a situação eu sorri, mas muito mais por vê-la na minha frente e saber que eu não estava sozinha.
Eu realmente não sei Taylor - Falei abrindo os braços e recebendo seu abraço tão caloroso. - Eu estava com saudade do seu abraço mana.
Ela sorriu de volta e prendemos o olhar por alguns segundos.
:- Eu estava conversando com o doutor ainda pouco e ele disse que em breve você vai receber alta, isso é maravilhoso Laur.
Não vejo a hora de ir pra minha casa e descansar por lá. - Cheirei a rosa que minha irmã me dera e novamente voltei a encara-la - Ninguém mais veio com você? Onde está Camila?
:- Camila foi pra casa assim que amanheceu. Mamãe também veio, mas você estava dormindo.
:- O que? Porque não me acordou quando ela veio?
Eu pedi pra ela ficar e pedi que conversasse com você, mas ela foi cuidar... - Ela pigarreou - Do funeral do Chris, ela quer que ele seja enterrado ao lado do papai e pra isso precisa resolver muitas burocracias, você sabe não estamos em Miami.
Virei o rosto para a janela vendo nada praticamente, só um céu cinza, levemente nublado e um vazio se apoderou de mim, me fazendo lembrar tudo o que aconteceu até chegarmos á esse momento.
Você sabe que eu nunca quis que fosse assim. - Falei - A culpa é toda dele, se eu atirei foi pra defender a Camila, você sabe Tay.
É claro que eu sei Lauren, não vamos mais apontar o dedo e culpar quem quer que seja, mas a mãe está abalada - Minha irmã lamentou - Perder o marido e o filho no mesmo ano é um baque muito forte, ainda mais nas circunstâncias em que vocês estavam brigando, querendo matar um ao outro, se odiando... Nenhuma mãe quer ver isso entre seus filhos.
Vou dar o tempo que ela precisar, mas eu não vou me desculpar por algo que fiz em legitima defesa. - Falei recebendo um olhar nada agradável de Taylor.
:- Quando vai receber alta?
Provavelmente daqui dois dias e... - Interrompi Taylor que já ia falar o que eu estava prevendo - Não vou pra casa da mamãe, eu vou pra minha e não tente discutir comigo mocinha.
:- Nossa como você é chata Lauren.
:- Disponha sempre minha querida irmã.
Oláááá, olha quem chegou pra visitar a mais nova paciente desse lugar? Lembrando que eu implorei a vida inteira pra uma enfermeira bonitinha liberar minha entrada, ganhei um numero de celular acho que valeu a pena né? - Dinah chegou querendo abraços e beijos.
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A cunhada
عاطفيةO desejo é algo primitivo, desde os primórdios da humanidade ele existe e é capaz de mexer com sua mais profunda paz interior, te atormentando e te machucando até você o matá-lo de vez. O desejo proibido é o pior, ele te instiga a fazer o que não é...