I saw it in your eyes

Capítulo 39

Capítulo inspirado nas músicas:

ü Jealous – Labrinth

ü When I Was Your Man – Bruno Mars

ü Sorry – Justin Bieber

ü Try – Nelly Furtado

ü Creep - RadioHead

ü M.I.N.E – Five Fingers Death Punch

39º

Eu sabia perfeitamente que cair agora nos braços de outro rapaz seria errado. Tão pouco tempo depois do que o Ryan me fez passar; mas nos braços do Tate, enquanto dançávamos eu senti algo. Senti-me protegida, senti-me acarinhada, senti todo o tipo de coisas que supostamente não devia estar a sentir enquanto dançava com o Tate. Principalmente porque ele é meu chefe! Ugh.

- Estás tensa. Relaxa Maria! – ouço-o sussurrar ao meu ouvido, um sorriso na sua voz.

- Eu não danço bem. – respondo o melhor que consigo tendo em conta a minha garganta apertada.

- Eu deixo-te nervosa? – a sua cabeça move-se de maneira a que a sua testa veio encostar-se à minha e estamos a encarar-nos com grande proximidade.

- Não. – respondo simplesmente.

Ele apenas sorri continuando a mover-se ao som de uma música pop.

Era muito estranho eu sentir-me desta maneira perto do Tate. Supostamente, depois de o meu coração ter sido partido em bocadinhos a ultima coisa que devia estar a fazer era aproximar-me de um outro rapaz! Era o que qualquer rapariga faria, certo? No entanto, eu sentia-me um pouco farta de viver com cautela e a partir de agora iria começar a deixar as coisas acontecerem.

Não é que conseguisse impedir alguma coisa, de quaisquer das formas...

Foi um pouco tarde demais quando percebi que a minha cabeça estava encostada ao seu ombro, os meus olhos fechados com a extensão de puro conforto, e que nos movíamos lentamente ao som da música que agora passara a ser uma balada.

Levantei a minha cabeça e olhei diretamente nos olhos de Tate. A sua mão subiu da minha anca para cobrir a minha bochecha enquanto o seu polegar roçava no meu lábio inferior, sendo alvo da sua incansável inspeção.

Os seus olhos castanhos pareciam ainda mais escurecidos e este parecia ser um momento parado no tempo.

Só estávamos ali nós, eu só conseguia sentir a mão de Tate a acariciar-me e senti a necessidade de lhe tocar também para ter a certeza que não era eu a imaginar este momento.

Levanto a minha mão e toco suavemente na dele, em transe com a onde de choque que o seu toque me transmite; a minha mão por cima da dele e o choque intensifica-se.

As nossas testas encostadas, o nosso olhar entrelaçado, a sua mão na minha face e a minha mão na sua.

Estávamos perdidos.

Atrás de nós ouve-se alguém clarear a garganta, destruindo completamente o feitiço que nos rodeava.

Tate pisca os olhos várias vezes, quebrando a nossa ligação mas não soltou a minha mão; agarrou-a e baixou os nossos braços mantendo os nossos dedos interligados.

Quando me viro, dou de caras com Juliet que me encara com uma expressão que pretende passar por indiferente, uma vezes que está de caras com o seu patrão, mas que eu reconheço perfeitamente como uma expressão de puro desdenho.

- Juliet. – Tate murmura obviamente descontente com a interrupção.

Ela olha para as nossas mãos entrelaçadas e eu vejo uma passagem rápida de surpresa no seu olhar verde claro, tão parecido com o do Ryan.