Capítulo 7

124 8 2
                                    

Capítulo inspirado nas músicas:

Of The Night – Bastille

I Love Rock N’ Roll – Joan Jett & Blackhearts

Mony Mony – Billy Idol

 

Depois de nos despedir-mos dos nossos pais, saímos para nos encontrar-mos com o Ryan no passeio.

- Pronto? – perguntou o Mark ao Ryan.

- Sim. Por mim podemos ir. – respondeu com um sorriso.

Estava com o capacete na mão encostado a uma moto preta, à nossa espera.

- Vamos lá então! – exclamou a Jo feliz.

- Vamos seguir pela autoestrada, caso deixes de nos ver liga-me e encontramo-nos. – Mark disparava instruções ao Ryan que acenava atento.

Eu e a Jo entramos no carro do Mark e sentamo-nos. A Jo estava extasiada com a ideia de poder dançar e namoriscar sem a proteção descontrolada do Mark. Eu apenas sorria para a sua inocência.

Qualquer pessoa que conheça o Mark sabe que não é fácil distraí-lo, seja do que for. Logo, não vai ser o Ryan que o vai conseguir. O máximo que pode acontecer é que o Mark consiga divertir-se apesar das constantes discussões com a Jo.

Quanto a mim, a verdade é que não sabia o que sentir quanto à presença do Ryan nesta saída de sábado.

Uma parte de mim gosta de saber que ele vai. Essa parte sente-se feliz e ansiosa para saber como é que esta noite vai acabar. Outra parte de mim dizia que isto era uma péssima ideia. Dizia que eu não me ia controlar e iria ser uma verdadeira retardada. E havia ainda outra parte de mim que dizia que se esta noite se desenrolasse da maneira prevista a minha vida nunca mais iria ser a mesma. Essa parte de mim é a parte idiota.

É aquela pequena vozinha que tens na tua consciência sempre que estas a fazer algo estúpido.

Aquela voz que aparece sempre que compras algo exorbitantemente caro, ou quando abres o teu hambúrguer e colocas lá dentro minhocas.

Okay, soou melhor na minha cabeça. De qualquer maneira, não vejo o que de mal pode acontecer só porque o rapaz pelo qual sinto uma atração sexual vai sair connosco esta noite.

Eu sei. Sou uma retardada.

- Vamos meninas. – sorriu o Mark através do retrovisor.

- Isto é uma discoteca ou uma taberna? – perguntou o Ryan ao retirar o capacete.

Merda! O Ryan tirou o capacete e eu senti que estava a acontecer uma daquelas cenas em câmara lenta dos filmes.

Tirou o capacete, sacudiu o cabelo e passou a mão pelo cabelo selvagem. Que merda. Não fui só eu que ficou perplexa a olhar. Duas mulheres na entrada a fumar pareciam petrificadas como icebergs.

Tossi e arranjei o meu casaco de malha pra poder sair do transe. Tanto a Jo como o Mark pareciam os únicos a não reparar no que acabara de acontecer. Raios, odeio-me.

I saw it in your eyesOnde histórias criam vida. Descubra agora