Capítulo 35

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(NOTA: Para o caso de alguém se ter esquecido quem é o Charles, eu lembro que é o pai do Mark e advogado da mãe da Maria!!! De qualquer das maneiras a foto deste capítulo será do Charles (Greg Kinnear), só para que não se confundam.   Boa leitura!!!  :D)



Capítulo inspirado nas músicas:

Photograph – Ed Sheeran

 Because Of You - Kelly Clarkson

 How To Save A Life – The Fray

 If You Could See Me Now – The Script

 The Lightning Strike – Snow Patrol

35º

Continuava com uma expressão atónita para com o homem à qual eu tenho vindo a chamar de pai. Tentei articular uma pensamento, ou até mesmo uma palavra mas tudo parecia impossível.

Era quase como se estivesse num transe cerebral, onde apenas três palavras flutuavam:

cinco, milhões e dólares.~

Apenas essas palavras pairavam na minha cabeça.

No entanto, a expressão do meu pai mudou totalmente depois de tanto tempo a estudar a minha e atira um olhar carregado de pânico ao Jace.

Ah não.

Ah não. Não. Não. Não. Não. Não. Não.

Por favor não.

- Miuda? – jace aproximou-se de mim numa tentativa de me chamar a atenção. – Miuda estás tão branca. Sentes-te bem?

Engoli em seco.

Tentava racionalizar e não desatar num pranto de nervos e raiva.

Eu preciso de apanhar ar. Rapidamente.

- Uh, por favor! – Joseph levanta um braço para chamar a atenção do empregado que estava a passar mesmo ao lado da mesa.

- Senhor?

- Traga-me um copo de água. – respondeu prático e despachado. – Com açúcar e umas gotas de limão, a minha filha está a sentir-se mal.

- Quer que chame uma ambulância. – respondeu alarmado e pela maneira como a sua voz pareceu assustada, a minha expressão devia ser mesmo aterradora.

- Traz a porra da água! – rosnou sem desviar os olhos de mim.

- Sim senhor. – apressado, correu para o balcão do café.

Ainda não tinha desviado o olhar da cara do meu pai. Era bastante provável que eu estivesse neste preciso momento em estado de choque.

- Querida, por favor diz alguma coisa. – apertou o meu antebraço suavemente.

A minha mente queria gritar, queria berrar até mas a minha língua e a minha boca insistiam em desobedecer.

Parecia que me tinham tirado o tapete debaixo dos pés assim muito do nada e que de repente eu me via a cair de 400 metros de altura e a toda a velocidade.

Sinto que isto está a ser demasiado para absorver na minha vida e já faltou muito mais do que isto para me deitar abaixo.

De cada vez que tento trepar um pouco mais as paredes deste poço infinito que é a minha vida, sou sempre empurrada para baixo por uma força maior. Essas forças eram sempre as mesma só que alternadas: o Ryan, os meus melhores amigos, o meu passado ou então o regresso do meu pai.

I saw it in your eyesOnde histórias criam vida. Descubra agora