Capítulo 11

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Capitulo inspirado nas musicas:

Only One – Alex Band

Angel – Aerosmith

Confused – Natalie Brown

Yellow – Coldplay

11º

- Filha, já tomaste o pequeno-almoço? – a minha mãe estava já vestida e encostada à ombreira da porta da cozinha. Estranho.

- Uh, sim acabei agora mesmo. – franzi a testa. – Porquê?

Encolheu os ombros e entrou na cozinha com calma para poder encostar-se ao balcão.

- Quero falar contigo, querida. – sorriu. –Ainda tens tempo?

- Claro, o que é que se passa?

- Tu e o Ryan divertiram-se ontem? – olhou-me atentamente com o seu sorriso.

- Huh sim, ele e o pequenino jantaram cá, ficaram um bocadinho e depois foram embora. – encolhi os ombros.

- Estavam a beijar-se, Maria.- o seu sorriso gigantesco.

Oh Deus. Abri a boca para negar mas quando ela levantou uma sobrancelha soube que estava encurralada.

-Sim. – murmurei com a mão à frente da boca para que não se percebesse bem o que disse.

Infantil? Imenso. Se me importo com isso? Nem um bocadinho.

- Fico mesmo muito feliz que esteja alguém na tua vida. Interessado em pertencer à tua vida, mesmo que seja empurrado para longe. Ele está interessado, tal como os outros todos, mas o Ryan puxou a tua atenção, eu consigo ver isso filha mas também consigo ver a dúvida e a indecisão nesses olhos.

Suspirou e aproximou-se de mim.

- Não te vou mentir querida, eu estava à espera que um Ryan aparecesse à muito tempo. Para ser sincera, achava que ainda ia demorar uns anos. Aconteceu agora e eu não te vou deixar desperdiçar esta oportunidade de seres feliz.

Tirou do bolso das calças um cartão branco e pegou na minha mão colocando-o na minha palma.

- O que é isto?- franzi o sobrolho.

- É o numero de uma grande amiga minha. Que vai ajudar-te, se tu permitires, a seres feliz.

Virei o cartão ao contrário e lá a inscrição. Dra. Ellen Martin, psicóloga.

Huh?

- Mãe, eu – interrompi-me quando ela me abraçou e beijou a minha bochecha.

- Pensa nisso, filha. – segurou no meu rosto com as duas mãos e beijou a minha testa.- Gostava mesmo que a deixasses ajudar.

- Mãe, eu não preciso desta psicóloga para falar. – sorri-lhe convicta. – Tenho-te a ti.

Sorriu mas não a convenci. – Pensa bem nisso. Ela vai ajudar-te.

- Okay. –assenti e peguei na mala em cima da mesa.

-Vejo-te mais logo, diverte-te meu amor. – piscou o olho.

Ugh, muita pressão sobre mim! Ninguém consegue ver isso?

Acho que esta foi a conversa mais estranha que já tive com a minha mãe. Virei-me de novo para ela e franzi a testa.

I saw it in your eyesOnde histórias criam vida. Descubra agora