Preciso de misericórdia

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- Onze anos!- se espantou o loiro.- Nossa! Nem percebi que Sraosha correu com o tempo....- sussurrou pra si.- Bem, é que em Neraka, não sentimos o tempo passar.- se apressou em dizer vendo os humanos o olharem questionando o que ele falava.- Me desculpe, eu não deveria vir aqui.....- tornou a se levantar, mas Matt que observava tudo calado o interrompeu.

- Você não pode sair daqui sem se explicar cara.- o ruivo se posicionou na sua frente.- Quem é você? O que está fazendo aqui? Como entrou?- disparou.

- Matt!- repreendeu lhe a morena.

- Gwen, temos que ser realistas. Ele aparece aqui sangrando tanto, que um vampiro ficaria farto por dias.

Azrael ficou assustado com o modo grosseiro do outro falar. Tinha buscado ajuda para saber como andar entre os humanos, agora que estava sem suas asas, não poderia se locomover rápido. Teria que fazê-lo do modo deles.

- Eu...sou Azrael.-disse olhando para Gwen.

- Nome estranho.- resmungou o ruivo.

- Aish, Azrael é nome de anjo. Todos terminão com "el", Miguel, Rafael, Gabriel...- explicou a garota.

- Eu não sou anjo...- sussurrou o Ceifeiro.

- Aleluia! Alguém sensato nesta casa.- exclamou Matt, recebendo um olhar de reprimenda da amiga.

- Como não? Vi suas asas. Me deste uma pluma dela.- Gwen estava praticamente descompensada. Foi tudo delírio?

- Sim, mas não sou anjo.- Azrael olhava para o ruivo com curiosidade pelo ceticismo deste.

- O que é então? Um mutante dos X-mans?- debochou Matt. - O que é isso?- o loiro questionou confuso.

- Não liga pra ele anjo.- a morena pulou e deu um tapa na cabeça do amigo.- Se não és anjo...- deu a brecha para que continuasse.

- Sou um... Ceifeiro.- respondeu desconfortável.

- Belo nome de guerra.- o sarcásmo do ruivo era porquê estava cansado daquela baboseira.

- Cala a boca Matt!- pediu nervosa.- Você não tinha que ir trabalhar?

- Nop.- retrucou cruzando os braços e encarando o estranho.

- Azrael, o quê seria um Ceifeiro?- Gwen perguntou mantendo a voz calma.

- Um anjo da morte.


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Puriel voava de um lado para o outro, próximo abismo, pensando em como iria pegar Azrael.

"Ceifeiro maldito! Foi cruzar justamente com um abençoado!" Pensou em ir até o mundo dos humanos e ficar de olho no Ceifador. E quando o humano abençoado não esticesse por perto, ele daria o bote. No entanto, tal idéia se tornou absurda em sua concepção, por ter que conviver com os humanos. Rosnou irritadiço.

Se lembrou de que alguns demônios vivem entre os homems normalmente, possuindo um corpo. Com um dos seus possuindo um humano, ficaria mais fácil observar o anjo da morte.

Avistou um ser em Firdaus, que era exatamente com quem pecisava falar.

- Eae!- chamou pelo anjo antes que este sumisse na luz celeste.

- Puriel?- um anjo de cabelos dourados, olhos amendoados e rosto de menino, estranhou a presença do outro.

- Tenho uma proposta para lhe fazer Eae.- informou ficando na fronteira entre céu e inferno.

- Não faço acordos com demônios.- disse indiferente.- Apenas os expulso pra cá.

- Mas é isso o que eu quero, que expulse um demônio pra cá.- sorriu ladino.- Meu Ceifeiro escapou do tormento, na fuga que houve causada pelo anjo da destruição.

Anjo NegroOnde histórias criam vida. Descubra agora