Azrael acordara sentindo um calor. Seu corpo nu enroscado em outro. Um mais curvelíneo, quente e macio que o seu. O cheiro de violetas o despertou. Apertou a cintura chafurdando o nariz nas madeichas negras. Seu corpo despertou rígido quando ela aconchegou o quadril em seu membro.
Gemeu tensionando o corpo. Um formigamento em suas costas o distraíra. Onde saíam suas pequenas asas estava latejando. As mexeu e notou que estavam ficando maiores. Logo teria que lembrar de escondê-la.
O Ceifeiro começou a pensar no que faria quando encontrasse o Benevolente. Ir para Firdaus já não era mais seu desejo. Poderia ele ficar na Terra?
- Hum...bom dia, anjo.- Gwen saudou gemendo de sono.- Que horas são?
- Hora de começarmos o dia bem.- informou beijando-a.
- Áz!- empurrou o loiro rindo.- Acabamos de acordar, eu estou com um bafo...- pontuou tapando a boca, saindo da cama para o banheiro.
O Ceifeiro aproveitou para ver no espelho perto da porta, qual era o motivo para suas asas formigarem. Se espantou ao notar que as plumas negras estavam em meio à umas pequenas brancas. O que aquilo significava? Não se lembrava como eram suas asas antes...não se lembrava de nada antes de Neraka. Apenas que sempre teve as asas negras.
- Pronto. Dentes limpos e hálito refrescante. Sua vez.- anunciou sorrindo.- E vamos logo.
Azrael se virou para a moça. Ela usava apenas calcinha e sutian, os cabelos um pouco bagunçados e o rosto corado. Foi até ela, enlaçou lhe a cintura unido o corpo pequeno e incitante ao seu.
- Temos que sair desse quarto mesmo?- indagou apertando lhe a carne da cintura.
- Temos de tomar café, comprar uns itens de higiene que estam acabando e ver se Joe está vivo ainda.- inumerou a morena rindo.
O loiro a beijou rapidamente e entrou no banheiro.
***
Suado e com alguns ferimentos, Lúcius ria enquanto investia contra irmão, Miguel.
- Pare, irmão!- pediu Miguel igualmente ferido.- Não quero machucá-lo...
- Tu fazes o que nosso Pai ordena, e ele não quer é que eu mexa com seus amados humanos...- cuspiu o loiro.- Quer que vejamos os humanos com amor, e quando se faz isso, ele nos castiga!- bradou com ódio.
- Sabes que não é assim, Lúcius.- disse o arcanjo.- O Pai quer nos ver vivendo em paz, amando ao próximo...
- A minha paz e meu amor...ele tirou á muito tempo.- afirmou ressentido.
"Lúcius!" Chamou Ouriel de onde estava com Eae.
Mesmo querendo ficar e duelar com Miguel, Lúcius foi rapidamente para onde o chamavam.
- Ouriel. Eae.- saudou o loiro relativamente já curado de seus machucados.- Eu estava com Miguel, então, espero que seja importante.
- Diga a ele, Eae.- pediu Ouriel.
- Como vai, Lúcifer?- ironizou Eae.- Ouvi Pai falando com alguém sobre a onda de poder que ocorreu em Philladelphia. Disse que tudo está traçado...
Nesse momento outra pressão no ar agitou os arcanjos e anjo. Ambos se olharam e lançaram vôo pelos céus.
- O que está acontecendo?- murmurou Ouriel ao amigo Celeste.
- A julgar pela cara de Lúcius...- acenou para o loiro que tinha os olhos brilhantes e uma apreensão, angústia estampada na cara.
Os anjos nunca viram o loiro daquele jeito. Nem quando o Pai expulsara ele de Firdaus.
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Anjo Negro
FantasyAzrael, um Ceifeiro foge de sua prisão no inferno. Seu delito, falar com um humano. Ele foge para a terra, e procura a ajuda do único humano que conheceu, pelo qual foi castigado, torturado e mutilado. Um humano que irradiava pureza e benção. O úni...