Ciúmes

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A  pequena casa onde a sra. Summers morava ficava em um bairro de classe média em Philadelphia. Morava ali a dois anos, desde que se casara novamente. 

Era proprietária de uma livraria, onde também funcionava um Café. Apesar de modesta a livraria era movimentada, o barulho da sineta tocando sempre que a porta era aberta indicava isso. 

Sra. Summers terminava de arrumar a pilha de livros novos que haviam acabado de chegar quando escutou a voz doce de sua menina. Não via Gwen mais de quatro meses. Conversavam pelo telefone, ou pela internet, mas abraçar a filha era incomparável, e nenhuma tecnologia seria capaz de aliviar o coração de uma mãe como sentir e saber que aeu filho está bem. 

- Como você está amor?- questionou a senhora para a morena durante o abraço saudoso. 

- Bem.- riu.- Chega mãe.- pediu tentando cessar o abraço.- Estão todos olhando.- murmurou sem graça. 

- Ora, que olhem.- zombou a senhora olhando para as pessoas.- Tenho o direito de abraçar minha filha quando eu quizer.- decretou percebendo o rapaz que acompanhava a morena.- E esse moço? Seu namorado?- perguntou vendo o loiro ficar rubro de vergonha. 

- Não mãe. Esse é meu amigo, Áz.- apresentou pensando no quanto sua mãe era "discreta".- Estou ajudando ele com um problema.... 

- Muito prazer Áz.- saudou apertando lhe a mão.- Achei que só tinha o Matt como amigo. Fico aliviada em ver que anda com outras pessoas além dele.- confessou os levando até uma mesinha do Café.- Como se conheceram?- inquiriu sinalizando para uma atente lhe trazer três capuccino. 

- Bem....- Gwen olhou para o Ceifeiro que tinha medo estampado no rosto.- Conheci ele quando era criança, mas ele foi embra e essas coisas....- começou a morena.- Faz quase dois meses que ele retornou.- finalizou soltando o ar preso. 

- Que legal. E vão ficar para a festa da cidade?- questionou feliz em ter a filha ali. 

- Não, só estamos de passagem mãe. 

- Gwen, faz meses que não vem passar uns dias comigo....- lamentou a mulher. 

Azrael ficou tocado pelo amor e a saudade que a mulher estava sentindo. Que mal faria ficar mais alguns dias? Seria bom descansar. Ficar horas dentro de um carro com uma louca no volante não era fácil. 

- Se for por minha causa, não se detenha Gwen. Ficamos para a festa, descansamos e depois seguimos....- ofereceu o loiro. 

- Tem certeza Az?- o anjo afirmou com a cabeça.- Okay, ficamos para a festa.- se rendeu a moça. 

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Ouriel caminhava pelos humanos. Procurava o Ceifeiro e a humana em que Listh estava presa. O peso da culpa por ela ter sido castigada aquele mundo o consumia. E o medo de que ela sofresse qualquer dano recorrente da atitude de Lúcius o perseguiria até encontrá-la a salvo. 

Sentia o rastro do anjo da morte ali. Mas não conseguia destinguir de onde vinha, nem para onde iria. E também havia aquelas bestas que ele teria de ficar de olho. 

Enviou uma ordem mental para os Ghouls ficarem somente nos cemitérios. O arcanjo não teria paciência de lidar com aqueles demônios caniceiros caso eles atacassem um humano errante que passasae pelo caminho deles. Acabaria por destrui-los deixando Lúcius nervoso. Não que ele se importasse com o humor do loiro, estava mais ocupado em encontrar Listh e o Ceifeiro. 

Uma brisa passou por ele, o odor que ele tanto conhecia de Firdaus pairou no ar. Seu corpo retesou pela presença de um anjo ao seu lado. 

- Não te alarmes Ouriel, só vim lhe falar.- informou Eae com seu tom pacífico. 

Anjo NegroOnde histórias criam vida. Descubra agora