08. ADEUS ACAMPAMENTO

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Daryl DixonAcampamento na Pedreira

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Daryl Dixon
Acampamento na Pedreira

A vida já era uma grande merda antes, mas eu nunca pensei que pudesse ficar pior, eu estava muito enganado, o amontoado de corpos jogados pelo acampamento provava isso.

Ninguém dormiu, exceto as crianças, quatro pobres crianças no meio daquela porra toda. Isso só podia ser brincadeira.

Quatro? Não... Cinco crianças, minha mente fez questão de me lembrar. Sim a garota das íris caramelo era só uma criança, embora eu tivesse que me lembrar constantemente disso, principalmente quando meus olhos eram atraídos para ela como um imã. Charlotte Walsh, a irmã do xerife, do xerife babaca quer dizer, afinal agora tínhamos dois xerifes...

O tal Rick era menos insuportável, embora tivesse deixado meu irmão preso na porra do telhado e mesmo que eu quisesse socar a cara dele, não dava pra negar que ele era mais sensato, menos mala... Não importava.

Deixei a picareta cair sobre a cabeça de um morto qualquer, devia ser um dos nossos. Quer dizer, "nossos" não, eu não fazia parte daquele grupo, outra coisa da qual eu tinha que me lembrar constantemente.

Eu nunca teria escolhido ficar no meio daquela gente, mas Merle teve a brilhante ideia de atraí-los para esse lugar onde já havíamos acampado uma ou duas vezes antes de tudo.

A ideia era roubá-los na primeira chance, não que eu concordasse com isso. A porcaria do mundo tinha acabado, não precisávamos roubar a única chance de sobrevivência desses idiotas... E talvez já estivéssemos bem longe dali se eu não tivesse visto um imprevisto em todas as chances que meu irmão identificou. Talvez eu não precisasse estar estourando as cabeças de conhecidos naquele instante.

O acampamento estava dizimado, dava pra contar os sobreviventes nos dedos, e teriam sobrado menos ainda se não tivéssemos chegado bem na hora com as armas do xerife novato.

Alguns me ajudavam na tarefa de impedir que os mortos se levantassem, enquanto outros discutiam o que fazer com as duas irmãs loiras.

A mais nova estava morta, sabíamos que logo ela se transformaria e a mais velha não deixava a gente terminar o serviço, eu sugeri que um tiro dali mesmo resolveria. Mas os reis do pedaço resolveram dar mais um tempo pra elas.

Tempo pra uma se levantar e morder a outra. Pensei comigo mesmo.

E aconteceu de novo, eu fui atraído para os olhos cor de caramelo como um imã. Isso era irritante.

Charlotte estava parada de pé, afastada dos outros, o rosto ainda tinha vestígios de sangue da coisa que eu matei em cima dela, os cabelos desgrenhados e os olhos melancólicos, mesmo que eu soubesse com toda a convicção que ela não havia derramado uma única lagrima.

Era engraçado, que mesmo aquela aparência caótica não conseguia deixá-la menos bonita... Criança. Criança. Minha cabeça apitou como um alerta e eu desviei os olhos.

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