09. ALCÓOL, ERROS E DESEJO

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Charlotte WalshCCD de Atlanta

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Charlotte Walsh
CCD de Atlanta

O CCD não era o que imaginávamos, mas felizmente não foi uma furada completa, lembro do alivio que senti quando a porta se abriu segundos antes de perdermos toda a esperança. E lembro também da angústia ao saber que o doutor Jenner era o único sobrevivente.

E então tudo o que tínhamos passado na estrada até ali foi momentaneamente esquecido quando a comida foi posta na mesa, ou será que foi por causa das taças cheias de vinho?

Mas por algum motivo, momentos de calmaria e de sorrisos, como aquele, me deixavam mais nervosa do que os momentos realmente ruins... No entanto, aparentemente, eu era a única desconfortável com aquilo, ninguém parecia se importar enquanto enchia os copos ou bebia direto da garrafa.

Encarei Daryl erguendo uma garrafa em homenagem ao Doutor Jenner durante um brinde de Rick. Até ele parecia mais relaxado do que o normal, ele até sorria, e eu acho que não tinha tido a chance de vê-lo sorrir antes. Era um sorriso bonito, ele parecia alguns anos mais novo. Apenas um caipira cafajeste, e me dei conta de que isso era bem sexy...

Eu queria saber o motivo pelo qual ele ficou, talvez no fundo eu quisesse que o motivo fosse eu, mas era presunção demais achar isso. No fim permanecer no grupo era mesmo apenas a opção mais lógica.

Bebi a minha taça de vinho, — uma oferta de paz oferecida pelo meu irmão, talvez para tentar melhorar as coisas entre nós, — enquanto tentava entender meu interesse em Daryl Dixon, não terminei a linha de raciocínio já que Shane resolveu acabar com a festa de todo mundo questionando sobre o que realmente acontecera com todo mundo do lugar.

Alguns haviam ido embora, tentar passar os últimos momentos com a família. Outros haviam simplesmente desistido. Jenner não foi, disse que estava tentando fazer algo de bom...

Preferi não pensar nisso. Mas minha mente se deu conta de que a simples esperança de haver de fato qualquer esperança estava acabada. E essa frase era bem irônica.

Jenner conseguiu tirar o foco da tragédia quando disse algo como: "banho quente". Aquelas simples palavras me fizeram esquecer qualquer preocupação.

A água morna me deixou verdadeiramente feliz por breves instantes. Eu sentia que podia ficar ali pra sempre, mas então me lembrei que o doutor havia dito para economizarmos a energia.

Aquilo despertou um alarme na minha mente, aquelas instalações deviam consumir muita força, e eu não me lembrava de ter lido nada sobre CCDs alimentados por geradores sustentáveis. Ou seja, a luz, água quente e todo o resto acabariam cedo ou tarde. E com todos os sistemas de segurança sendo controlados pela Vi, o computador tudo, podíamos ficar presos ali...

Claro que podíamos alimentar o lugar, encontrar recursos para que a energia não se acabasse. Não era definitivo... Tentei descartar aquela preocupação desnecessária. Mesmo assim desliguei o chuveiro sem me aproveitar demais da água quente. Talvez ser preocupada estivesse na minha natureza.

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