23. ESCOLHAS FEITAS POR QUEM AMAMOS

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Carol PeletierFazenda Greene

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Carol Peletier
Fazenda Greene

A noite caiu depressa e conforme as tarefas foram acabando nos sentamos na sala, a preocupação aparente nos olhos de cada um de nós, principalmente pela falta de qualquer notícia.

Claro que eu estava muito preocupada com Daryl lá fora, mas eu tinha que confiar que, se tinha alguém capacitado pra encontrar o Randall na floresta, esse alguém era Daryl Dixon.

Abracei o próprio corpo e resolvi subir e ver a Charlotte, ela ainda não parecia muito bem, como se estivesse prestes a ter um colapso a qualquer momento, mesmo que fingisse que não.

Procurei-a por toda a parte e não encontrei. Não precisei pensar muito pra deduzir que ela tinha saído. Desci as escadas apressada e cheguei na sala, momentos antes de Andrea se levantar e dizer que iria atrás dos outros.

Eu não sabia se falava que a garota tinha sumido e deixava todos mais preocupados, ou se confiava que ela não ia se meter em nenhuma encrenca. O que, em se tratando de Charlotte Walsh, era quase impossível, porque ela parecia ter um imã natural para encrencas.

Foi nesse momento que Daryl voltou com Glenn. Ele perguntou por Rick e deu uma olhada geral na sala. Eu sabia que ele estava procurando por ela e fiquei tensa.

Explicou que Randall estava morto e que o pescoço quebrado indicava uma briga. A teoria era que Shane tinha seguido e matado o garoto, mas Shane não sabia rastrear. E além de tudo isso eles haviam ouvido um tiro.

Toda a situação começou a parecer muito ruim e Lori pediu que o Daryl voltasse atrás do Rick.

Eu não queria que ele voltasse. Rick era policial podia se virar muito bem, era ariscado. Além de tudo, Randall já estava morto...

Estava começando a entender a birra da Charlotte com a Lori, afinal Rick e Shane só estavam naquela briga por ela. E era sempre outra pessoa que pagava o pato. E é claro que o Daryl não recusou. Ele podia liderar aquele grupo se quisesse, mas sempre agia como se fosse um ninguém, como se não tivesse nenhum valor... Ele não merecia isso.

Mas não houve qualquer missão de busca, não com o que vimos quando saímos na varanda. Uma horda imensa daquelas coisas tinha tomado o terreno, havia centenas deles, se aproximando como vespas atrás de mel.

Glenn sugeriu que apagássemos as luzes e entrássemos, Daryl argumentou que um bando daqueles colocaria a casa a baixo. Tínhamos que sair.

— Cadê a Charlotte? — Ele perguntou olhando direto pra mim e eu travei, não soube o que dizer.

Se eu contasse que ela tinha saído, e, provavelmente, ido atrás do irmão, ele com certeza entraria no meio dos mortos atrás dela. Se eu dissesse eu estaria assinando a sentença de morte dele. E talvez, ao não contar eu assinasse a sentença de morte dela.

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