37. NÃO-ENCONTRO

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Charlote WalshAlexandria

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Charlote Walsh
Alexandria

Olhei a comida esfriando na mesa e caminhei pela extensão da sala novamente, espiei pela janela pela décima vez. Daryl estava atrasado.

Sabia que mandar aquele bilhete pelo garotinho chamado Sam não tinha sido a minha melhor ideia.

Na verdade, de repente tudo aquilo me pareceu totalmente inoportuno e ridículo. Isto é, eu tinha encontrado aquela casa em Alexandria, era discreta, não tão grande quanto as outras e não tinha um monte de vizinhos...

Era um sobrado de dois quartos com uma pequena varanda. No primeiro andar tinha uma sala média, conjugada com a cozinha americana e um banheiro. Era um ambiente aconchegante, as paredes claras davam um contraste bonito com os moveis escuros, dá mesma forma que o tapete felpudo quase branco na frente do sofá, contrastava com o piso de madeira.

O lugar não era tão grande como os outros de Alexandria, mas eu tinha certeza que aquela mobilha era cara.

No segundo andar estavam os dois quartos e mais um banheiro. Um deles era mobilhado para um casal, com uma enorme casa e uma quantidade exagerada de travesseiros, imaginei se ninguém de Alexandria tinha passado por ali e decidido distribuir aquilo, mas presumi que todas as casas tinham, então não fazia diferença.

Por ali o padrão seguia o oposto do piso inferior, as paredes eram suavemente mais escuras, enquanto as mobilhas eram mais claras. Por algum motivo eu gostava. O outro quarto tinha duas camas de solteiro, não parecia ter sido decorado para crianças ou adolescentes, então presumi que fosse um quarto de hóspedes.

Na hora pareceu uma boa ideia, era só um jantar em uma casa diferente, não devia ter nada de mais, devia?

Mas naquele instante, aquela casa toda mobilhada e eu ali parada de pés descalços, cabelo molhado, usando aquele vestido preto ridículo, com aquela mesa posta com pizza assada e vinho... Meu Deus!

Eu estava no fim do mundo. O que eu estava fazendo era ridículo e sem sentido. Era bem infantil...

Comecei a entrar em desespero, ele não viria, o bilhete dizia que ele tinha que me encontrar ali quando anoitecesse, e isso já tinha acontecido há pelo menos meia hora.

Talvez isso fosse uma coisa boa. Afinal o que eu diria quando ele chegasse? O que ele diria vendo aquele circo?

Tirei as pizzas da mesa e guardei de volta no forno. Eu estava me sentindo muito estúpida e quando vi já estava chorando.

Por que diabos eu estava chorando? Merda!

Abri a garrafa de vinho e enchi uma taça. Acabei rindo sem nenhum humor enquanto olhava o objeto nas minhas mãos. Eu tinha trazido copos de casa, mas quando vi as malditas taças ali achei que seria uma boa ideia. Idiota.

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