12. NA FLORESTA

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Charlotte Walsh
Margens da Rodovia

A busca foi um fiasco, nenhuma trilha, nenhuma pista, nada. Apenas uma grande quantidade de decepção, e uma mãe cada vez mais desesperada.

Eu pressentira que seria um dia ruim quando acordei, ou talvez tenha sido quando tive que entregar minha arma a Shane antes de sairmos, para que Andrea não armasse um showzinho, porque eu tinha uma e ela não. Não, espera, acho que na verdade foi quando Rick e Lori resolveram trazer Carl junto na busca. Uma criança, atrás de outra criança na mata.

Metade de nós não tinha utilidade alguma ali, apenas bagunçando possíveis rastros e andando por quilômetros inutilmente. Uma garotinha tão pequena nunca caminharia pra tão longe.

Chegamos a pensar que os sinos ecoando pela mata pudessem ser um bom sinal, mas era apenas um dispositivo eletrônico pré-programado para tocar na hora certa. Nem sequer havia um campanário ou um sino de verdade naquela pequena paróquia que encontramos no meio do nada.

Pelo menos Rick, Shane e Daryl descontaram suas frustrações em três errantes lá dentro. O estojo de armas brancas, que Carl havia achado em um dos carros no dia anterior, acabou sendo muito útil. Não que eu realmente soubesse, ou pretendesse, usar aquele machadinho, foice, ou seja lá o que aquele treco fosse.

Percebi que entendia Andrea perfeitamente, ficar sem minha arma era um saco. Mesmo que eu nunca tivesse disparado desde que a ganhei de Shane, ela me fazia sentir muito mais segura.

Quando perceberam que a igreja era outro monte de nada na nossa busca o grupo meio que se dispersou por ali.

Carol pediu um momento pra rezar, e eu achei que seria quase uma invasão ficar lá ouvindo. Mas Shane e Lori estavam do lado de fora conversando quase aos sussurros e eu acabei ficando.

Rick e Carl estavam encostados em uma das paredes e eu fui pra perto deles. Eu sabia que se o Grimes mais velho quisesse sair e pegasse os dois traidores lá fora naquele clima tenso não seria bom. Então eu fiquei por lá, para iniciar uma conversa qualquer caso fosse necessário.

Eu era tão culpada quanto Shane no fim das contas, escondendo e mentindo pra manter aquela paz fictícia.

Felizmente eu não tive que me preocupar com isso por muito tempo, Lori logo voltou e se sentou lá na frente perto de Carol.

Eu nunca havia visto alguém rezar com tanta culpa, Carol abriu o coração; tudo que ela queria era a filha de volta. E ouvi-la dizer aos prantos que desejar a morte de Ed fora um pecado, que Deus podia puni-la por isso, mas que não fizesse o mesmo com a Sophia, foi de partir o coração...

Momentos depois, Rick e Carl saíram da igreja pouco antes de Lori, que deu um último abraço em Carol e se foi depois. Me aproximei então, me sentando ao lado dela em silêncio. Não conversávamos direito desde o episódio com Rick.

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