*****Narração Dereck*****
Estou tão estressado, estou tão cansando fisicamente e mentalmente, mas o que melhora isso tudo é chegar em casa e ver o Bernardo correndo para vir me abraçar, é uma coisa que não tem como descrever, eu só posso dizer que quando eu me agacho para abraçá-lo eu sinto tudo ir embora, é como se o abraço dele limpasse minha alma, é uma sensação incrível.
Na empresa é só correria, como a Ro que comanda tudo e está grávida, eu tento ajudá-la em tudo que posso, nem que seja para pegar os papéis que ela acabou de mandar pra sala de impressão para que ela não tenha que ficar andando de um lado pro outro apressada e não acabar tropeçando, e é tão incrível ver o sorriso de agradecimento dela por eu fazer essas coisas simples, ela sorri como se eu tivesse te dado um buquê de flores ou um urso enorme, é gratificante, esse sorriso dela só não é melhor e maior quando a babá leva o Bernardo na empresa e ele entra correndo e vai direto na sala dela, ou quando mostro algum vídeo dele mostrando o que ele aprendeu na escolinha ou o que ele aprontou, ela dá um sorriso igual quando alguém é pedido em casamento e seus olhos se enchem de lágrimas, não importa onde ela esteja ou o que esteja fazendo, se ela souber que o Bernardo está lá ela manda alguém levá-lo até ela, já perdi as contas de quantas vezes estávamos em reuniões e o Bernardo estava sentado do lado dela desenhando, ou quantas vezes ouvi ela rindo de um desenho que eles estavam assistindo no seu escritório, ou cantando alguma música e dançando descalça com ele, e eu percebo o quão Augus é sortudo, ele tem ela e eles terão um lindo bebê, e pensar que era pra ser eu ela e o Bernardo, era pra eu ser o cara que ela chama de marido, mas eu fui muito estupido para deixar ela escapar, e agora ela está com Augus, grávida, nossa a grávida mais linda que eu já vi, a barriga dela tá tão grande que parece que tem mais de um bebê ali, nossa quando ela passa pela minha sala, com seus vestidos colados que moldaram todas suas curvas e sua barriga, eu me sinto hipnotizado, ela passa e sempre acena e dá um sorriso, eu só sei dar um grande sorriso bobo, e ela ri e nega com a cabeça, eu fui o cara mais burro da face da terra quando deixei essa mulher escapar entre meus dedos.***** Narração Roberta *****
Eu acordei hoje com um pressentimento ruim, tenho medo do que possa ser, não vou trabalhar hoje, vou ficar o dia todo com Augus, espero que seja apenas coisa da minha cabeça, não estou com ânimo nem de levantar da cama, liguei para Dereck e avisei que não iria hoje, e ele me aconselhou ficar na cama, mas eu não posso, tenho que ir pro hospital.
Agora são 10:50hs estou no hospital, porém Augus está dormindo, os médicos dizem que ele não está tendo nenhuma melhora, e estão com medo dele não aguentar mais do que 4 meses, eu não aguento ouvir isso, eu choro que chego soluço, 4 meses é a mesma coisa que nada pra mim, vai passar voando, eu não posso perdê-lo, o que vai ser de mim e do bebê? Eu não vou aguentar, eu preciso dele, e vou precisar dele por muitos anos, eu quero que ele veja nosso bebê crescer, quero ter mais filhos com ele, quero ter muitas coisas com ele e muitos anos para realizar tudo.
Já são 18hs, Augus mais dormi do que fica acordado, ele mal tá comendo, ele está tão triste, ele só me deu um sorriso hoje, e foi quando nosso bebê chutou e eu coloquei a mão dele e ele me deu um sorriso e logo eu percebi que caiu uma lágrima, isso m doeu tanto, aquela angústia, pressentimento me apertou o coração, o médico percebeu que eu não estava muito bem e me aconselhou a ir para casa descansar já que eu estava ali por muito tempo, e eu não tinha me alimentado direito, meus sogros apareceram de surpresa, Augus ficou feliz, porém só deu um sorriso sem mostrar os dentes, talvez seja porque ele está bem cansado, o médico disse que ele ficaria cada vez mais cansado e que só iria dormi na maioria parte do tempo, resolvi ir para casa descansar um pouco, me despedi dos meus sogros que me disseram que ia passar a noite lá e que eu não precisava me preocupar que ele iria ficar bem, assenti com os olhos cheios de lágrima é aquela angústia apertando o coração, fui até Augus e sorri para ele, que me retribui, dei um selinho nele e um beijo na sua testa.
Vai ficar tudo bem meu amor, eu te amo para sempre. -disse, e algumas lágrimas escorreram dos meus olhos, molhando seus rosto.
Ele me olhou dentro dos olhos, com os olhos cheios de lágrimas, e fez "eu te amo também meu amor" com certa dificuldade mechando os lábios, porém nenhum som saia, dei-lhe outro selinho, e sai do quarto, fui até o carro, e desabei, fiquei dentro do carro chorando por uns 7 min, quando consegui me recompor, liguei o carro e sai em direção minha casa, demorava uns 35min do hospital até minha casa, eu estava no caminho, faltava apenas 10 min pra chegar em casa, olhei no relógio e era 18:40hs, logo em seguida meu coração apertou tanto que eu perdi o controle do carro, e tudo ficou preto, só consegui ouvir o som do carro batendo contra um muro, e apaguei.*****Narração Augus*****
Hoje eu estou sem ânimo algum, eu só quero dormi, e uma angústia aperta meu coração, passou por algum tempo, mal consegui dormi, porém quando a Ro chegou a angústia voltou, mas depois passou, porém mesmo assim eu não conseguia sorrir, ficar feliz, acho que o único sorriso que eu dei a ela, foi quando nosso bebê chutou e ela colocou minha mão para eu sentir, e lágrimas saíram, enquanto eu pensava que eu talvez nem conheça nosso bebê, algumas horas passou, meus pais apareceram aqui de supresa e eu mal consegui sorrir, eu consigo ver no rosto deles a tristeza de me ver assim, e de ver a Ro firme e forte do meu lado, mesmo estando com um barrigão, e isso me dói tanto, ver ela grávida aqui cuidando de mim, e dela sozinha, sem contar a empresa, deu 18:05hs Ro veio até mim, me deu um selinho, beijou minha testa e falou que tudo ia ficar bem e que me ama para sempre, e eu só pude mexer a boca sem emitir som que eu amava ela também, ela me deu outro selinho e foi embora, meu coração se apertou novamente, enquanto eu olhava pela janela ela saindo do hospital, meus pais ficaram conversando com o médico, e eu fiquei olhando pro teto, pensando que eu fiz tantos planos pra mim, pra nós, e eu não terei nada disso, que eu daria tudo pra ver nosso bebê nascer, eu olhei ao redor do quarto e notei que meus pais estavam na porta do quarto olhando pra mim e minha mãe me deu um sorriso enorme porém eu podia ver tristeza em seus olhos, olhei para o cima deles e avistei o relógio que Marcava 18:40hs, e abaixei meu olhar para eles novamente, e meu coração se apertou tão forte, que eu fechei os olhos e inclinei meu corpo, meu corpo voltou com tudo e bateu na cama, eu olhei pro meus pais novamente que estavam aos gritos chamando o médicos e as enfermeiras, foi tudo tão rápido que eu nem percebi que não estava mais respirando, eu forçava meu peito a encher de ar, mas não adiantava, eu senti tudo ficando preto e apaguei.*****Narração Dereck*****
Eu estava na empresa quando recebi uma ligação às 18:42hs do hospital dizendo que Augus estava em coma profundo, peguei o meu carro e sai correndo a caminho do hospital, ligava para a Ro mas ela não atendia, decidi fazer o caminho que passava pela sua casa, seu carro não estava na garagem, estava tudo apagado, continuei andando, até que eu vi um carro batido num muro e uma ambulância do lado, fui diminuindo a velocidade, até que eu reconheci o carro, e vi Ro debruçada no volante, desci correndo do carro, fui até o carro dela, e fiquei ali parado em choque vendo os caras da ambulância tirando ela do carro inconsciente, e ela toda ensanguentada, eles a deitaram na maca, segurei sua mão e fiquei chamando-a, mas nada, eles pediram para eu soltá-la pois tinha que ir correndo para o hospital tirar o bebê se não ele iria morrer, eu assenti, e fui atrás deles com meu carro, xingando o mundo, e chorando como nunca tinha feito antes, chegamos no hospital muito rápido, os pais de Augus que estava aos prantos pelo filho ao ouvir os enfermeiros gritando, se viraram, com as lágrimas escorrendo só que dessa vez mais ainda, a mãe de Augus se ajoelhou com tudo no chão e chorou, seu marido abaixou e abraçou-a mas ela ficava se debatendo gritando, enfermeiros apareceram para dar calmantes para ela, e eu olhava tudo embaçado devido às lágrimas em meus olhos, e quando eu olhei para a Ro ela não estava mais lá, tinha ido para a sala de cirurgia, eu apenas me sentei numa das cadeiras, coloquei a mão em minha cabeça negando com a mesma, e voltei a chorar.
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Um acaso do amor
RomanceRoberta é uma garota que está prestes a fazer seu tão esperado 18 anos, tem uma família um pouco complicada, se apaixonar nunca passou pela sua cabeça, ela só pensa em viver a vida e curtir com seus 2 melhores amigos Thur e Beca, e na sua grande noi...