Devoção Obsessiva

Capítulo 4: Relatos da Madrugada

Wesley Araújo, 29 de março de 2016.

[Lândyson: Toma Wesley.]

[Wesley: Eu? Mas eu nem sei o que falar.]

[Lândyson: É só narrar o resto. Precisamos salvar as informações.]

[Wesley: Tá, me dá isso.]

***

Estávamos na estrada por uma hora e alguns minutos. A chuva parou assim que passamos por uma cidadezinha bastante simpática chamada Bonito, deixando em nosso caminho uma neblina que dava à noite um clima macabro.

A estrada estava deserta, erámos os únicos a trafegar por ali e assim foi até chegarmos na BA 850. Chegando lá o movimento de carros era mediano. Rafa se manteve em silêncio durante todo o caminho, os demais - inclusive eu -, estávamos cantando e rindo.

Mais uma hora se passou até que avistássemos a entrada da pousada: uma pista de paralelepípedos estreita com altos bambus nas suas laterais que se encontravam no topo formando uma espécie de túnel, um cenário digno de um filme de Guillermo del Toro. Alguns metros à frente nos deparamos com os portões da Pousada Mirante Garcia.

A beleza do lugar já nos recompensou pelas horas na estrada. Tratava-se de uma espécie de vila, com pequenas casas organizadas uma ao lado da outra - sendo cada casa uma suíte -, construídas com pedras como os chatôs suíços que vemos nos filmes. Um ambiente simplório, porém, charmoso.

Após fazermos o chek-in numa das casinhas que servia como recepção, nós fomos para os nossos respectivos quartos. Rafa, Lândyson e eu ficamos juntos no quarto de número 7, as meninas ocuparam o de número 8 e a dupla Igor e Maicon o de número 9.

O dia já amanhecia quando pudemos repousar. Minha última lembrança daquela manhã foi da televisão notificando o desaparecimento de uma criança numa cidade chamada Mucugê, depois disso, foram apenas sonhos.

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E aí pessoal, o que acharam? Linda a pousada, não é? Conte-nós o que está achando... qual o seu personagem favorito até aqui é tudo mais.

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