Capítulo 1: Ponto de Partida

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Alycia Barbosa, 29 de março de 2016.

Bom, se você está escutando isso é por que provavelmente falhamos. Me chamo, Alycia, tenho 18 anos - quase dezenove diga-se de passagem -, sou péssima em começar coisas e é por isso que estou chateada por ser a primeira a falar.

[Lândyson: Mas foi você quem pediu.]

[Alycia: Quieto Lândyson! É o meu momento de falar, não o seu.]

Vou começar pelo princípio... Eu havia terminado o meu namoro, estava arrasada. Sabia que não havia futuro naquela relação, porém, eu continuava insistindo, de alguma maneira ele me fazia bem apesar das crises de ciúmes e discussões constantes.

[Wesley: Foco Alycia. Não temos tempo.]

[Alycia: Eu sei.]

Continuando...
Para superar o término eu convenci meus amigos a irem comigo para uma viagem de aventura. Dessas que você vai para se isolar do mundo, viver experiências novas, conhecer pessoas e viver numa realidade diferente da que estava acostumada. Não sabia ao certo para onde queria ir, a sugestão de irmos para a Chapada Diamantina foi do Rafa (depois eu falo mais sobre ele), como a Chapada sempre foi um lugar que todos achávamos fascinante não pensamos duas vezes, arrumamos nossas malas e viemos rumo ao que achávamos que seria o melhor mês de nossas vidas. Estávamos enganados.

***

- Anda logo, Alycia. - gritou Bia, minha irmã caçula: um ser humano de doze anos de idade, dono de uma pele morena cor de chocolate e cabelos encaracolados, costumam dizer que somos muito parecidas. Não acho.

Sim, eu tive que trazê-la. Foi uma exigência da minha mãe, na visão dela uma menina não pode viajar sozinha com um bando homens, vai ficar mal falada. Típica visão de quem mora nas pequenas cidades como Serrinha.

- Dá pra você ter calma? Ainda faltam cinco minutos para o ônibus sair. - Argumentar com Bia é como ensinar ópera a um búfalo, as chances de se ter êxito são nulas.

- Mas eu quero sentar perto da janela. - retrucou a anã de jardim.

- Quieta, Bia! Não me mate de vergonha. - Ela me olhou com aquela expressão de cachorro abandonado, não resisto a esse truque. - Você venceu, vamos. Esperamos os meninos lá dentro.

Não demorou mais que três minutos para que os quatro chegassem. Barulhentos como sempre, Igor foi o primeiro a entrar no ônibus, estava chateado - algo corriqueiro, estamos acostumados -, provavelmente estava se sentindo excluído dos demais que falavam do quão estavam animados com a viagem.

- O que houve dessa vez, amigo? - perguntei de modo carinhoso afim de animar o rapaz, ele, por sua vez, balançou a cabeça como quem diz "nada" e sentou na poltrona a minha frente.

- Alexia! - exclamou Wesley, com o sorriso de orelha a orelha, ele é um amor apesar de sempre errar o meu nome.

Após abraçá-lo falei com os outros dois que estavam logo atrás: Maicon e Lândyson. Cumprimentei Maicon primeiro, Lândyson guardava as malas no bagageiro acima dos assentos. Todos sempre acham que Maicon e eu somos primos, o tom da pele ajuda eu acho, a magreza também. Ambos morenos e magros. Cumprimentei por último Lândyson, podemos dizer que dentre nós ele foi o mais entusiasmado com a ideia de conhecer a tão comentada Chapada Diamantina.

Rafael, o idealizador da viagem, nos encontraria no Morro do Chapéu, cidade na qual iriamos desembarcar para em seguida irmos de carro até Lençóis, onde ficaríamos hospedados.

Uma vez que todos estavam acomodados nas suas respectivas poltronas deixei os rapazes conversando sobre as aventuras que pretendiam ter, botei meus fones de ouvido, fechei os olhos, dormi.

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Bom galera, vocês acabaram de conhecer a Alycia e sua irmã Bia... Esperamos que tenham gostado delas. (Risos)

No próximo capítulo vocês conhecerão Rafael e sua irmã Lara. O que será que os aguarda na Chapada Diamantina?

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