***Graças ao comentário lindo da GabiFeitosa21, decidi postar mais um capítulo! :) Se quiser me ver feliz e postando mais capítulos por dia, basta comentar :) hahaha Convidem seus amigos leitores para conhecerem esta história e aproveitem para adicionar o livro no skoob como "lendo": http://www.skoob.com.br/golfinhos-e-tubaroes-341027ed382522.html ***
Olhei para o céu e constatei que o sol não estava mais tão intenso. O fim da tarde havia chegado em um piscar de olhos. Incomodava-me perceber quão rápido passavam as horas. Aquele dia poderia durar para sempre...
Alex se levantou antes mesmo de o unicórnio parar por completo. Do lado de fora da carruagem, a placa Doce Licor piscava com luzes douradas, anunciando o cair da noite.
O lugar não parecia perigoso. Era pequeno e com a fachada de tijolos azuis. Não possuía janelas e imaginei como seria por dentro. Alex tomou a frente e posicionou-se protetoramente enquanto entrávamos no bar. Respirei fundo, pensando no quanto aquilo era ridículo.
– Fique perto de mim – murmurou, autoritário. Fiz que sim, sem entender sua atitude.
A atmosfera interna do lugar era muito semelhante à de um bar humano. Minha visão ficou turva devido à fumaça no ar, que vinha de um objeto semelhante a um cigarro. Algumas pessoas seguravam um. A peculiaridade daquele objeto estava no fato da fumaça não possuir odor.
Havia uma comprida bancada que ia de um lado ao outro. Do lado de dentro da bancada, centenas de vidros coloridos espalhavam-se nas prateleiras presas à parede. Algumas mesas de madeira ocupavam quase todo o lugar, exceto um canto ao fundo, no lado esquerdo, em que havia algo que me tirou o fôlego por alguns segundos: um ringue.
Era um espaço na forma de um retângulo, cercado por grossas barras de ferro. Dois homens fortes atracavam-se no lado de dentro. Alguns expectadores acompanhavam de perto a luta, outros observavam sentados nas mesas. Todos, sem exceção, viam aquilo com normalidade.
Entendi o motivo de Alex reprovar minha ida àquele lugar e de enfatizar a importância de me acompanhar. Meus pés hesitavam e considerei dar meia volta e sair dali, mas um rosto familiar chamou minha atenção.
Atendendo alguns fregueses, atrás da bancada, estava Heitor, que sorriu ao me ver. Sorri de volta, aliviada e, em um impulso, caminhei na frente de Alex em direção a Heitor.
Fui impedida por um homem forte e alto, que tinha acabado de se levantar de uma das mesas. O homem devia ter cerca de quarenta anos. O cabelo era castanho, crespo e comprido. O rosto, deformado por uma longa cicatriz acima do olho esquerdo, dava-lhe um aspecto assustador.
A cicatriz era incomum, de cor arroxeada, e deixava toda a pele próxima com aparência de morta. Ele sorria, simpático e inofensivo. Alguns dentes faltavam e a barba mal feita cobria a maior parte do rosto. Seus olhos passaram de mim para Alex e seu semblante mudou subitamente.
– Esse vampiro está incomodando a senhorita? – cuspiu no chão, fitando Alex com ojeriza.
– Não – respondi em choque.
– Porque eu ficaria feliz em dar um jeito nele...
Senti a adrenalina fluir em meu corpo. Aquele homem não estava brincando e, conhecendo o humor tempestuoso de Alex, aquilo poderia facilmente tornar-se uma briga. Sentindo uma tensão crescente de ambos os lados, eu me preparava para explicar ao homem que Alex não era um vampiro. Metade dele era humana e, possivelmente, a metade mais forte. Alex foi mais rápido ao falar.
– Fique longe dela! – ordenou sem se intimidar.
Mesmo estando atrás de mim, eu sabia como ele estava: os olhos negros, o maxilar travado, os caninos enormes e os punhos prontos para serem usados.
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Golfinhos e Tubarões - O outro mundo (Tais Cortez)
Fantasy***Esta obra está registrada na biblioteca nacional, protegida pela lei dos direitos autorais. Qualquer reprodução da mesma sem os créditos de autoria, pode acarretar em punição de acordo com a lei. *** Gênero: Fantasia com Romance Sinopse: Aos cinc...