The Midnight Secret

Conversas

Melissa

   Alguns dias se passaram, mas nada mudou, continuo trancada neste quarto, sem receber visitas, apenas ouvindo sermão. Meus pais não desistiram daquela ideia bizarra, ainda estão investindo nisso. Meus irmãos até me apoiam e tentam me reanimar, ás vezes, me sinto bem com eles.
   Nunca mais falei com Taylor, nem pessoalmente, e nem por telefone, nos distanciamos tanto que tenho até medo de perder contato. Sinto falta, pois sempre nos momentos díficeis, ele estava ao meu lado para me acolher.
   Em questão á Jones, nunca mais deu as caras, não veio nos visitar, e muito menos passou mensagem. E isso é preocupante, já que ele é uma pessoa muito ativa e falante. Se bem que posso estar me importando de bobeira, ele pode estar viajando ou coisa do tipo. Mas meu maior medo, é que tenha voltado para sua casa e Anne o tenha pego, e isso parece bem arriscado...

Mãe de Melissa

   O dia amanheceu! O sol raiou, e sinto que hoje é o grande dia. Anos e anos esperei por este momento. Estou imaginando, o quanto importante será. Minha querida filha irá crescer, amadurecer, recomeçar, e finalmente encontrar um alguém capaz de faze-la sorrir. Isso tudo graças a mim, tenho muito orgulho disso. Irá namorar, casar, depois noivar, e finalmente casar, irão ter filhos, e eu ganharei netos, a ansiedade está a mil.
   Coisa que aquele "garotinho", não teria capacidade de fazer, muito menos dinheiro, para bancar com as despesas. Ele é filho daqueles que tomaram nosso lar, deve ter o mesmo gênio ruim e o mesmo coração de pedra. A Mel foi extremamente ingênua de ter se tornado amiga dele. Uma pena certas situações não terem como ser controladas.

Pai de Melissa

   Todos estão em casa, Katheryn e Justin (Irmãos de Melissa) estão cuidando do jardim, e Melissa está enfurnada em seu quarto há duas semanas, deve estar em uma fase rebelde... Não come, não dorme, apenas reclama, e chora de noite, uma situação complicada. E levemente me sinto culpado por estar assim.
   Quero resolver, mas não depende apenas de mim. Então vou até seu quarto, e bato duas vezes na porta:

-Quem é? -Ela perguntou lá de dentro.

-Sou eu, seu pai. Abre a porta querida. -Peço com delicadeza.

-Jamais! Não abro de jeito algum. -Ela disse com firmeza.

-Precisamos conversar. Estamos fazendo isso para o seu bem. Se não abrir terei que arrombar. -Ameaçei.

-Não quero ouvir seus conselhos, vá procurar o que fazer. Se quiser meu bem, esqueça logo essa ideia maluca e me deixe em paz! -Ela disse com voz de choro.

   É... Pelo visto não terá jeito. Caminhei entristecido e vejo meus filhos ainda ali no quintal:

- Você tem razão, o papai e a mamãe não deveriam obriga-la a fazer algo. Deveriam deixar que siga seu coração... -Katheryn respondia Justin.

-Uma pena não entenderem isso! -Justin a respondeu, a pegando de surpresa e dando-lhe um abraço.

   Os observo de trás, enquanto reflito sobre o assunto. Será mesmo que estão certos? É impossível dois jovenzinhos terem mais noções que nós adultos. Mas só queremos a ajudar a fazer a escolha ideal...

Katheryn

   Coitadinha da minha irmã, e de mim, desejava tanto que ela ficasse com aquele rapaz, e que tivesssem um final feliz. Queria tanto, mas tanto, ser a daminha de honra, ou ir no casamento dos dois. São tantos, mas tantos problemas que minha cabeça está prestes a explodir. Meus pais são dois orgulhosos que só pensam em si. Preciso me distrair um pouco. Ligo para Marina, e a espero atender:

Ligação on:

-Marina? Oi, amiga. Como está? -Pergunto, impaciente.

-Katheryn, quanto tempo! Estou mais ou menos, minha mãe me colocou de castigo. Mas e você? -Ela respondeu.

-Péssima! Mas é uma longa história, posso te encontrar aí na sua casa? -Perguntei.

-Hum... -Ela fez pensativa. -Melhor não, minha mãe está uma fera comigo. -Ela respondeu decidida.

-Deixa de ser certinha! Marina, já estou a caminho... -Disse, já abrindo o portão de casa.

-Mas...

-Sem mas! Tchau. -Disse.

Ligação off

   Estou prestes a sair de casa quando meu irmão me interrompeu:

-Onde a senhorita pensa que vai? -Ele perguntou curioso.

Cerrei os dentes...

-Na casa de uma amiga. -Conclui com certeza.

-Sem permissão? -Ele questionou.
-Já sou uma mocinha, não preciso de "permissão". -Fiz aspas com os dedos.

Ele riu ironico, e continuou:

-Então vá, minha "mocinha". -Ele brincou e então eu sai.

   Finalmente um pouquinho de liberdade. Sai ás pressas, e fui caminhando mesmo. No meio do caminho, vi um homem robusto parado, encostado em uma parede, e então de repente enquanto eu passava, ele me agarrou e me levou...