Eleonor é filha única de um casal da alta sociedade de São Paulo e casa-se com Alvaro, um homem que guarda vários segredos sobre sua vida, inclusive um caso tórrido com sua prima Mariana.
Este casamento os levarão ao extremo.
Eleonor no pior momento...
Eleonor sentia-se melhor a noite, desceu as escadas. Na casa o silêncio era absoluto. Ela andou pelo corredor sorrateiramente, abriu a porta do quarto que Alvaro dormia, na intenção de apenas observá-lo, mas ficou pálida ao dar de cara com Mariana deitada envolta nos braços de Alvaro.
Seu coração acelerou tanto, que pensou que fosse morrer, faltava-lhe o ar. Desceu as escadas, se amparando no corrimão. Foi até a cozinha e tomou um copo de água, para recuperar-se. Quando foi voltar para o quarto, sentiu uma vontade súbita de tocar sua música predileta, Minute Waltz de Chopin, no piano branco que ficava no centro da sala.
Começou a tocar. Fechou os olhos sentindo a música tomar conta de sua alma, cada nota que tocava, eram como afagos em seu corpo que acompanhava o som involuntariamente.
Alguns minutos depois, enquanto ainda tocava, sentiu alguém a tocar o ombro e assustada parou de tocar e se virou, num único impulso.
- Alvaro!
- Faz tempo que não a ouvia tocar. E se bem me lembro, só tocava quando estava muito triste. - Constatou Alvaro, olhando diretamente em seus olhos.
Eleonor baixou o rosto, desviando seus olhos e tentou respirar fundo. levantou-se sem responder nada e subiu as escadas, indo para seu quarto e deixando seu marido sozinho. Ela tentava não discutir mais, do que iria adiantar jogar na cara dele o caso que estava tendo com a prima? O que adiantaria dizer que isso a magoava tanto que sentia seu peito despedaçar. Bebeu toda a água do copo, sem fazer ideia de que fazendo isso, ficaria ainda pior do que estava e foi dormir.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
O dia amanheceu chuvoso, Todos já tinham se levantado, Diná como sempre, subiu com a bandeja do café para o quarto de Eleonor. Entrou no quarto, abriu as cortinas e tentou acordar a patroa. Colocou a mão em Eleonor que queimava em febre e delirava, dizendo coisas sem sentido.
Diná desceu as escadas apressadamente e adentrou o escritório de Alvaro desesperada.
- Senhor! - Gritou esbaforida.
- O que foi? Entra desse jeito e nem bate na porta - Alvaro chamou-lhe atenção. - Fala logo!
- A senhora Eleonor está muito mal, o senhor precisa ir vê-la.
Alvaro sentiu um aperto no peito, e subiu correndo para o quarto da esposa, ordenando que Diná mandasse chamar o médico.
Ele abriu a porta e se aproximou da cama, vendo sua esposa delirar. Pegou as mãos de Eleonor e beijou carinhosamente, colocou a mão na testa e constatou que Eleonor ardia em febre. Alvaro tentava acordá-la mas, não tendo sucesso, desesperou-se. Passava as mãos por sua cabeça, enquanto chorava como criança. Mariana ouvindo o choro se aproximou.
- Meu Deus! O que está acontecendo aqui? Ela morreu? - Perguntou querendo disfarçar a satisfação que sentia internamente.
- Não. Ela está delirando. Esse médico não chega - dizia a Mariana sem a encarar. - Peça que Acácia traga panos molhados.