XLI -Riley

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-Acho que não –Dave disse. –Ela o mandou assim que soube que eu estava aqui. Ou viria de qualquer jeito. Não deixaria que nós matássemos seu experimento.

-Se é um experimento entao deixaria sim –o prefeito rebateu. Sentou-se corretamente na cadeira e continuou. –Tem que examinar os pontos fortes e fracos, é assim que um experimento funciona.

-Certo, então a culpa de Pedro Satomak aparecer e levar o dragão embora é minha –Dave enterrou o rosto nas mãos. –Por que não me mataria ali mesmo, eu não entendo.

-Ela deve ter um plano, pode precisar de você, quer matar você com as próprias mãos... Tem muitas possibilidades. –Bia respondeu. Dave não pareceu contende de ouvir isso.

-Então por que Pedro? –o prefeito continuou. –Podia ter mandado qualquer um de seus seguidoes para pegar o dragão de volta, se esse era o objetivo.

-Não –Alícia olhou na direção do irmão. –Temos uma teoria sobre isso.

Riley não respondeu de imediato. Pedro o deixava perturbado. A dúvida do por que ele esteve lá nem era o seu maior problema. Ficara muito assustado de início, com medo de que seu pior dia se profetizasse naquele momento. Ficou aliviado por não ter acontecido nada. Braços fortes, sensação de paz, um assassino, essa sim era sua preocupação. Chacoalhou a cabeça e contou sobre Pdero ser uma côndefa. Não sabia se tinha mesmo convencido a todos. Missie parecia chocada e Bia balançava a cabeça afirmativamente. Organus, seu sargento e o prefeito franziram o cenho mas não disseram nada.

-Bom, então Tabata está nos mandando amostras grátis do que é capaz para saber do que nós somos capazes –Organus concluiu. –Esse é um péssimo plano.

-Ou talvez Frentus estivesse de férias –Alícia sugeriu. –O senhor mesmo nos disse que dragões costumavam vir para cá no inverno. Talvez Tabata o tenha perdido ou sei lá. Nós o encontramos para ela, Pedro o levou de volta. Não era um teste, ela sabe o que Frentus pode fazer.

-Então por que Tâmara mandou todos vocês para cá?

-Pois ela precisa me testar –Alícia grunhiu.

Todos ficaram em silêncio. O sargento comentou que isso era uma atitude estúpida e Alícia explicou que ela era uma guerreira da terra e que esta era sua primeira missão. Riley sabia bem que Tâmara não teria problemas em arriscar cinco vidas por ela, mas jamais arriscaria três representantes e uma guerreira. Ela não sabia que o dragão não era mais um teste de Tabata, ou Alícia estava errada.

-De um jeito ou de outro, princesa Thaila e Rei Éres já sabem do jeito dela de agir –Bia disse. –Não importa mais se foi ou não um teste. Acabou e não há mais perigo.

O prefeito chacoalhou a cabeça e deu de ombros. Disse que ela tinha razão, não era mais tão importante. Conversaria ele mesmo com a princesa e tomarias medidas de segurança para evitar novas ameaças. Também disse que ele mesmo encarregaria-se de explicar a situação para a população e enviar informações sobre esse tipo de dragão para alguma autoridade. Riley escrevera em uma folha de caderno tudo o que conseguiu notar sobre o dragão. A mandíbula, as cores, o jeito como a luz reluzia roxa em suas escamas, tudo. O prefeito ficou impressionado e garantiu que daria os créditos a ele. Levantou-se e dispensou a todos. Chamou Dave para explicar como voltar para o castelo de Marfim por passagens.

Ainda um tanto atordoado, Riley puxou o braço da irmã para saírem juntos da prefeitura, mas o sargento de Organus parou os dois. Bia e Missie continuaram e os deixaram para trás. Ainda não havia tirado o capacete com a pena vermelha.

-Vocês dois são parecidos –ele disse.

-Por que somos gêmeos –Alícia falou, seca.

-Você é... Uma polarista –ele afirmou para Alícia. –E guerreira da princesa da terra. Impressionante. E você parece ser muito esperto. Lê muito?

Érestha- Castelo de Marfim  [LIVRO 2]Onde histórias criam vida. Descubra agora