Cap.55

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Devem ter passado horas desde o telefonema para a polícia e ainda ninguém tinha aparecido. Começava a ficar com medo, que a pessoa do outro lado da linha levasse o nosso telefonema como uma brincadeira. Mas aquilo não era brincadeira nenhuma. Nós tínhamos sido raptados e eu estava com muito medo, que aquele palhaço fizesse mal á minha menina.

Como é possível que no espaço de meio ano eu tenha sido raptado duas vezes? - pensei para mim e olhei para a minha namorada, que dormia serenamente.

Se lhe acontecia alguma coisa por minha culpa, eu nunca me perdoaria. Eu não podia a perder a mulher que amo.

Nestas horas que tinham passado, eu limitei-me a olhar para a minha Melody e a esperar que nos viessem salvar, mas isso ainda não tinha acontecido. A porta voltou a abrir e o rapaz das tatuagens entrou pela mesma. Pousou um saco em cima da mesa e olhou para a Mel como se a estivesse a comer com os olhos. Fechei os punhos com força e tentei não mostrar raiva.

Se tu lhe tocas, eu arrebento-te todo cabrão! - pensei para mim.

Chegou-se ao pé dela e começou a passar as mãos pelo seu corpo, sorrindo como um doido mental.

- A tua miúda é boa como o milho! - sorriu malicioso - Vocês já foderam alguma vez? - perguntou-me e eu arregalei os olhos. - Seria uma pena, se ela perdesse a virgindade com um rapaz que não conhece de lado nenhum, não achas?

Eu engoli em seco e os meus olhos ficaram marejados.

Eu: Não lhe faças nada por favor! - implorei-lhe e ele riu secamente.

- Já te disse que aqui quem manda sou eu puto! - disse rude e começou a desapertar as cordas da minha menina.

Deitou-a numa cama e subiu para cima dela. Ela fechou os olhos com força e percebi que já estava acordada e cheia de medo. Uma ideia muito estúpida de desespero passou pela minha cabeça e pensei se era mesmo isso que eu queria.

Claro que sim idiota! - gritou o meu subconsciente - Tens que salvar a tua miúda!

Eu: Para! - pedi-lhe - Bate-me!

Ele olhou para mim surpreendido e saiu de cima dela. Andou até mim e eu suspirei de alívio.

- O que disseste minorca? - colocou as suas mãos nos meus ombros e eu olhei bem nos seus olhos azuis.

Eu: Eu pedi-te que me batesses e deixasses a minha namorada em paz! - disse não muito confiante das minhas palavras.

Ele sorriu de lado e pregou-me um murro bem forte na cara. A Mel soltou um grito de horror e eu dei-lhe um leve sorriso, a dizer que estava tudo bem. O rapaz deu-me mais um e outro murro e eu comecei-me a sentir tonto, prestes a desmaiar.

- Isto sabe ainda melhor que sexo! - sorriu sinistramente - Tu és um atrasado, mas até tens ideias boas puto! - deu-me mais um murro.

Com muita dificuldade, olhei para a Mel, que já não se encontrava na cama, mas sim atrás do rapaz. Ela elevou a mão e bateu-lhe com uma garrafa de cerveja na cabeça. O nosso raptor olhou para ela cheio de raiva e começou a andar na sua direção. Ela olhou para mim cheia de medo e eu com alguma dificuldade fiz-lhe uma rasteira. Ele caiu de cabeça no chão e desmaiou.

Melody: Ai meu deus, ele está morto e nós fomos os culpados! - disse desesperada.

Eu: Ele desmaiou amor! - tentei acalma-la, mas ela continuou a andar de um lado para outro.

Melody: Nós cometemos um crime e vamos para a prisão! - olhou para mim de olhos arregalados.

Eu: E se me soltasses, para sairmos daqui amor? - perguntei fraco. - Depois sim entramos em pânico!

Ela correu até mim e tentou desamarrar as cordas, mas sem grande efeito.

Eu: Ele tem uma faca no bolso das calças! - murmurei e ela arregalou os olhos. - Tenta tira-la, se ele acordar, dá-lhe um pontapé na cara para ele voltar a desmaiar!

Ela assentiu a medo e andou até ao corpo estendido no chão. Juntou todas as suas forças e virou o corpo do rapaz ao contrario. Apalpou os bolsos e depois tirou a faca de um deles. Quando se ia a levantar, o seu braço foi agarrado e o rapaz fez um sorriso doentio. Ela olhou para mim em pânico e eu assenti. A minha miúda pregou-lhe um pontapé com força na cara e nas partes baixas e ele voltou a desmaiar. Correu até mim e com as mãos tremulas começou a cortar a corda.

Eu: Rápido antes que ele acorde! - pedi já sem forças.

Melody: Eu estou a tentar amor! - soluçou e eu aí reparei que ela chorava e que estava desesperada, por não conseguir cortar as cordas.

Ela está a ter um ataque de pânico idiota! - gritou o meu subconsciente.

Eu: Amor! - chamei-a e ela olhou para mim com os olhos marejados e respiração acelerada - Inspira e expira! Acalma-te e corta as cordas com calma!

Ela inspirou e expirou com calma e fechou os olhos, começando a cortar as cordas. Segundos depois senti as minhas mãos mais soltas e ela abriu os olhos. Levantei-me lentamente e senti umas tonturas, que quase me fizeram cair. Senti os braços da minha menina a segurarem-me e andamos lentamente até a porta.

Sentimos movimentos atrás de nós e vimos que ele estava quase a acordar. Saímos o mais rápido que as nossas pernas permitiam e deparamo-nos com corredores e corredores cheios de portas. Engolimos em seco e andamos em direção ao sinal de saída de emergência.

- FODA-SE! - gritou e ouvimos um estrondo.

Corremos até á porta da saída e eu comecei a sentir-me com muitas tonturas. Mas mantive-me firme e continuei a correr. Abrimos a porta da saída e um monte de pessoas armadas correram até nós. Pelo que reparei eram da polícia.

- Estão bem? - perguntou-nos um deles.

Eu ainda me lembro de ter assentindo,mas depois senti uma dor enorme no meu ombro e apaguei....

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Oiie!
Aqui está um novo capítulo. Espero que gostem e deixem as vossas opiniões e sugestões!
Volto para a semana!
Kisses da vossa Bad Girl
xxTamy

My first love || L.DOnde histórias criam vida. Descubra agora