Maxon me segurava como se eu fosse algo de vidro e que se soltasse, quebraria de tão frágil. Eu estava me sentindo fraca, mas a dor diminuira um pouco.
Quando chegamos na ala hospitalar, o médico - que tinha o nome no crachá como "Dr. Max" - veio nos receber imediatamente. Ele pediu para que eu sentasse numa daquelas camas e assim eu o fiz.
Ele me examinou, aferiu pressão, ouviu meus batimentos cardíacos, colheu um pouco sangue - o que me fez estremecer já que não sou fã de agulhas.Maxon ficou o tempo inteiro observando tudo, com a preocupação refletida no rosto.
Pelo que me pareceu quase uma hora, o Dr. Max terminou de me diagnosticar, colocou seus aparelhos para um lado para pegar algumas anotações e pediu para Maxon se aproximar.
- Acho que já sei a causa disso, Majestades - Dr. Max começou.
- Diga-nos então, por favor - Maxon falou.
Ele olhou para mim, depois desviou o olhar para as anotações em suas mãos. Alguns segundos depois ele voltou sua atenção para mim e Maxon - que havia pegado minha mão e segurava firmemente.
- Bom, pelo o que me contou, você vomitou, certo?
Fiz que sim com a cabeça, preocupada.
- Não se preocupe, Majestade, isso foi somente uma rejeição do seu estômago. Um mal estar. Tontura, fraqueza, vômito, dor de cabeça...
- Então, não é algo que devo me preocupar? - perguntei.
- Não. Não precisa. Mas quero que repouse em seu quarto e deixe as preocupações de lado - ele pediu.
- Está escutando, não é América? Repousar - Maxon advertiu.
Revirei os olhos para ele.
- Entendo que as coisas não estejam muito boas, Majestade. Mas não devia se preocupar tanto.
- Vou escutar seu conselho, doutor. Juro - até consegui abrir um sorrisinho - Já posso ir?
- Sim. Mas antes vou passar alguns medicamentos para a senhora e peço que se alimente bem no almoço - ele voltou a anotar algumas coisas e foi até a prateleira de remédios.
- Nem que eu precise vigiá-la, doutor, mas ela comerá e tomará os medicamentos direitinho - Maxon falou me olhando.
Ele me ajudou a descer da cama e abri um sorriso para ele. Ele retribuiu, lançando aquele sorriso mais que perfeito. O Dr. Max nos entregou os medicamentos e eu e Maxon agradecemos-o. Logo em seguida, Maxon me guiou até meu quarto, sempre ao meu lado.
**
- Então foi só um mal estar, não é? - Marlee perguntou.
Meu quarto ficou extremamente cheio de tanta gente. Depois que troquei meu vestido e deitei em minha cama, as garotas invadiram meu quarto, juntamente com alguns criadas e alguns guardas que ficaram mais atrás. Exceto Aspen, que estava mais à frente com Lucy agarrada ao seu braço. Maxon estava sentado na minha cama e levou um susto quando todos invadiram minha suíte.
- Sim. Só um mal estar.
Marlee sorriu, feliz por não ser nada tão grave.
- Por um momento pensei que você estivesse grávida... - ela disse, sorrindo.
Alguns soltaram risadinhas abafadas, enquanto eu sentia minhas bochechas corarem. Olhei de relance para Maxon e notei um sorrisinho malicioso em seus lábios estonteantes.
- Eu também achei - Emmica falou.
- E eu.
- Eu.
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O Refúgio
De TodoDepois de um mês que se casaram, Maxon e América vivem o seu belíssimo e apaixonante episódio amoroso, tentando deixar os cacos dos terríveis acontecimentos para trás. Mas nem tudo são flores, não é mesmo? Nessa história, os dois presenciam coisas...