Capítulo 15 - Uma ajuda, talvez?

402 28 2
                                    

Maxon me segurava como se eu fosse algo de vidro e que se soltasse, quebraria de tão frágil. Eu estava me sentindo fraca, mas a dor diminuira um pouco.

Quando chegamos na ala hospitalar, o médico - que tinha o nome no crachá como "Dr. Max" -  veio nos receber imediatamente. Ele pediu para que eu sentasse numa daquelas camas e assim eu o fiz.
Ele me examinou, aferiu pressão, ouviu meus batimentos cardíacos, colheu um pouco sangue - o que me fez estremecer já que não sou fã de agulhas.

Maxon ficou o tempo inteiro observando tudo, com a preocupação refletida no rosto.

Pelo que me pareceu quase uma hora, o Dr. Max terminou de me diagnosticar, colocou seus aparelhos para um lado para pegar algumas anotações e pediu para Maxon se aproximar.

- Acho que já sei a causa disso, Majestades - Dr. Max começou.

- Diga-nos então, por favor - Maxon falou.

Ele olhou para mim, depois desviou o olhar para as anotações em suas mãos. Alguns segundos depois ele voltou sua atenção para mim e Maxon - que havia pegado minha mão e segurava firmemente.

- Bom, pelo o que me contou, você vomitou, certo?

Fiz que sim com a cabeça, preocupada.

- Não se preocupe, Majestade, isso foi somente uma rejeição do seu estômago. Um mal estar. Tontura, fraqueza, vômito, dor de cabeça...

- Então, não é algo que devo me preocupar? - perguntei.

- Não. Não precisa. Mas quero que repouse em seu quarto e deixe as preocupações de lado - ele pediu.

- Está escutando, não é América? Repousar - Maxon advertiu.

Revirei os olhos para ele.

- Entendo que as coisas não estejam muito boas, Majestade. Mas não devia se preocupar tanto.

- Vou escutar seu conselho, doutor. Juro - até consegui abrir um sorrisinho - Já posso ir?

- Sim. Mas antes vou passar alguns medicamentos para a senhora e peço que se alimente bem no almoço - ele voltou a anotar algumas coisas e foi até a prateleira de remédios.

- Nem que eu precise vigiá-la, doutor, mas ela comerá e tomará os medicamentos direitinho - Maxon falou me olhando.

Ele me ajudou a descer da cama e abri um sorriso para ele. Ele retribuiu, lançando aquele sorriso mais que perfeito. O Dr. Max nos entregou os medicamentos e eu e Maxon agradecemos-o. Logo em seguida, Maxon me guiou até meu quarto, sempre ao meu lado.

**

- Então foi só um mal estar, não é? - Marlee perguntou.

Meu quarto ficou extremamente cheio de tanta gente. Depois que troquei meu vestido e deitei em minha cama, as garotas invadiram meu quarto, juntamente com alguns criadas e alguns guardas que ficaram mais atrás. Exceto Aspen, que estava mais à frente com Lucy agarrada ao seu braço. Maxon estava sentado na minha cama e levou um susto quando todos invadiram minha suíte.

- Sim. Só um mal estar.

Marlee sorriu, feliz por não ser nada tão grave.

- Por um momento pensei que você estivesse grávida... - ela disse, sorrindo.

Alguns soltaram risadinhas abafadas, enquanto eu sentia minhas bochechas corarem. Olhei de relance para Maxon e notei um sorrisinho malicioso em seus lábios estonteantes.

- Eu também achei - Emmica falou.

- E eu.

- Eu.

O RefúgioOnde histórias criam vida. Descubra agora