Capítulo 26

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Acordei assustada, parecia que já tinha dormido uma eternidade, olhei no relógio e... Nossa! Já eram cinco horas da manhã e eu tinha deitado às oito da noite. Eu realmente estava cansada.

Ainda estava cedo, mas eu resolvi já acordar para me arrumar, tomei um banho quente e longo, até lavei o cabelo, hoje eu iria ir ver o Vitor na sua casa depois que ele saísse do hospital. Arrumei meu cabelo, o material e fui para a escola.

Cheguei lá e fui pra sala, que fica aberta. Fiquei mexendo no celular, vi a Sarah chegar e ficamos conversando, depois o Thiago chegou, nem olhou pra mim, mas também não liguei.

As aulas passaram rápido e o sinal da saída bateu. Conversei um pouco com a Sah e a Gabi na saída e minha mãe chegou, me levou até a casa do Vitor.

Cheguei lá, a casa dele era linda, grande, num bairro nobre, mas longe da minha. As paredes por fora eram brancas, tinha uma garagem e pelo portão dava pra enxergar um jardim antes da entrada. Toquei a campainha e a empregada dele abriu.

Ela me pediu pra esperar na sala de estar, avistei ele descendo as escadas. Sua casa era mais linda por dentro, a sala era muito grande, com uma televisão, um sofá espaçoso e um tapete felpudo. Não aguentei e corri na direção do Vitor.

Me atirei nos braços do Vitor. Enroscando as pernas em torno dele. Eu sei que ele ainda estava fraco, porém descobri que chegar perto da morte torna as pessoas muito mais desinibidas.

Ele me abraçou com força, enterrou o rosto no meu pescoço e respirou fundo, me deixando toda arrepiada.

- Que bom ver você outra vez, Sophie. - ele disse baixinho.

Escorreguei pelo seu corpo abaixo até por os pés no chão. Cacete, quanta gostosura. Uns dias no hospital não mudaram isso. E seu cheiro estava tão bom! Sorri para ele.

- Que susto você me deu, grandão.

- Vem, vamos subir.

O acompanhei até o que eu acho que era seu quarto. Passamos por um corredor e duas portas, na terceira, ele abriu e entrou, pediu que eu o seguisse.

Seu quarto não era nem um pouco como imaginava, era grande, com uma cama box de casal no meio, de um lado um guarda-roupa e uma escrivaninha. Super organizado, com um notebook e alguns papéis em cima, também avistei outra porta que devia dar até um banheiro.

Sentei ao seu lado na cama, tinha trazido meus cadernos com a matéria que ele perdeu semana passada, era fácil, eu até li umas coisas que nem lembrava que tinha copiado da lousa, e expliquei o que entendi pra ele.

Passamos a tarde conversando e ele copiando as coisas.

Estava mexendo no meu celular, quando vi uma publicação em uma rede social falando do jogo do que o meu time de futebol iria ter amanhã e passaria na tv.

- Hmm, amanhã vai ter jogo - acabei pensando alto. Eu era ligada em esportes, gostava de acompanhar meu time nos campeonatos, mas não só futebol, gostava muito de ver vôlei e basquete quando tinha jogos, até entendia um pouco.

Vitor olhou por cima do meu ombro para a tela do celular.

- Verdade né. Espera, qual time você torce?

Eu digo o nome do meu time e a nós descobrimos que seríamos "adversários" nesse jogo.

- Então é isso? Quer ver o jogo comigo amanhã? Ou melhor, ver seu time perder? - ele disse me desafiando.

Eu nunca digo não para um desafio.

- Claro, é sempre bom ver o inimigo perder - dei uma piscada pra ele.

- Eu te busco amanhã então?

- Claro que não! - ele levantou uma sobrancelha, continuo - Não vou te deixar dirigir tão cedo.

- Ok mãe! Mas como tem educação física e a aula acaba mais cedo, você vai embora comigo e assistimos aqui em casa.

- Tudo bem.

Depois de uma hora, nós comemos alguma coisa e logo minha mãe chegou, me despedi dele com um beijo na bochecha e um abraço.

- Se cuida - ele me dá um beijo na testa.

- O mesmo pra você.

E então eu vou embora.

O garoto loiroOnde histórias criam vida. Descubra agora