A viagem!

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Acordo e me espreguiço na cama, meus lençóis fofinhos e minha cama macia me proporcionaram um sono maravilhoso como sempre, então me levanto e me dirijo ao banheiro (sim meu quarto enfim é uma suíte, sempre sonhei com isso). Faço minha higiene matinal e escuto batidas fortes em minha porta do quarto quando saio do banheiro.

–Alana, você já acordou? –era minha mãe com a voz preocupada.

Vou até a porta abrir para ela que estava com uma bandeja de café da manhã em mãos. Por mais que agora tenhamos uma empregada minha mãe ainda insiste em cozinhar e sempre me traz um lanche no quarto quando estou escrevendo.

–Bom dia mãe.

–Digo me dirigindo a penteadeira e começando a arrumar meus longos cabelos castanhos.

–Que bom que está quase pronta, achei que se atrasaria para pegar seu voo, sente e coma enquanto termino de arrumar seu cabelo, Carlos já está lá em baixo e já colocou suas malas no carro.

–Certo mãe. –me sentei na cadeira em frente a penteadeira e comecei a comer o café que minha mãe trouxe, que se resumia em frutas cortadinhas em cubinho, nada exagerado pois eu iria pegar um avião.

Enquanto eu comia minha mãe arrumava meu cabelo, e mais uma vez me perdi em pensamentos vendo nossos reflexos no espelho, pois mesmo sendo mãe e filha a nossa diferença física era gritante. Minha mãe estava mais para uma versão da boneca Barbie (loira, baixinha e magrinha com os olhos verdes, seus longos cabelos loiros espessos pareciam uma cascata), já eu estava mais para sua versão pobre de terceiro mundo, e um sorriso brotou no meu rosto com esse pensamento. Não que eu seja feia (tenho 1,67, sou morena e meus olhos são castanhos escuros, ou seja, uma garota normal).

Ai meu deus, desculpem esqueci de me apresentar, sou Alana Lopes, acabei de terminar meu 3º ano do ensino médio e tenho enfim 18 anos, ou seja, posso finalmente viajar sozinha. Sim viajar, e sim não é a primeira vez que faço isso, pois quando eu tinha 15 anos lancei um livro que comecei a escrever com 13, e por incrível que parece ele fez um enorme sucesso, e eu tive de viajar para vários países para dar entrevistas, minha mãe sempre me acompanhava em tudo. A pouco mais de 2 meses eu lancei o segundo livro, que também foi sucesso em vendas, e recebi um convite para ir a Grécia dar uma entrevista, e é para lá que estou me dirigindo agora.

Quando minha mãe acabou eu fui escovar os dentes, e peguei minha bolsinha de mão, e fui para fora de casa, me despedi de minha mãe e dos empregados (pude ver minha mãe com lagrimas nos olhos), e fui para o carro.

Ao chegar no aeroporto fui direto no guichê para pesar as malas e quando esse procedimento enfim acabou, Carlos que as trazia no carrinho se despediu de mim e foi embora. Faltavam ainda 20 minutos para o voo, então sentei no banquinho de espera e liguei para Ramon. O mesmo só chamava, ainda tentei mais duas vezes e nada, então desisti.

Ramon é atualmente meu namorado, nos conhecemos desde criança, ele sempre foi o gatinho da sala, branquinho e  corpão, com seus lindos olhos castanhos mel e seus cabelos esvoaçantes. Nos tornamos melhores amigos desde a 4ª série. Mais eu me apaixonei por ele.

Por causa de meu amor platônico por meu melhor amigo que em meu livro baseei-me nele como meu personagem principal, e este quando leu o livro logo percebeu que se tratava dele (meu 1º exemplar foi pra ele), e me chamou para sair, foi constrangedor no começo, mais depois de um tempo começamos a namorar, mais de uns tempos para cá ele tem ficado estranho e meio que está me evitando nesse último mês, acho que é só ciúmes pois não pude lhe dar tanta atenção por causa das entrevistas e tudo mais.

–Passageiros do vôo Azul 3428 com destino a Brasília... –Fui me dirigindo ao portão de embarque e por fim passei por toda aquela burocracia, em Brasília peguei um voo com destino a Grécia e lá uma moça me esperava sorridente com uma plaquinha escrita meu nome, fui educada ao máximo com a moça, o máximo que meu cansaço permitia e está me levou rapidamente ao hotel para que pudesse descansar, e eu prontamente a agradeci por isso.

 –Fui me dirigindo ao portão de embarque e por fim passei por toda aquela burocracia, em Brasília peguei um voo com destino a Grécia e lá uma moça me esperava sorridente com uma plaquinha escrita meu nome, fui educada ao máximo com a moça, o máxim...

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Passei a semana seguinte dando autógrafos, e fui a várias entrevistas, o que me deixou muito feliz e ao mesmo tempo cansada. Por fim, tudo havia acabado e eu estava na varanda daquele maravilhoso hotel olhando a lua, e foi nesse momento que eu ouvi meu telefone tocar, e na tela deste tinha o nome "Ramon", fiquei tão feliz que corri logo para atender.

–Oi amor, que saudades de você! –falei animadamente com ele pois estava realmente morrendo de saudades.

–Alana .... precisamos conversar. –seu tom de voz era frio e sério.

–Há Ramon você ainda tá com raiva... –e nesse momento ele me interrompeu falando sem parar.

–Alana eu quero acabar nosso noivado, eu amo sua prima Magna e ela está grávida. –falou ele sua voz foi ficando mais baixa, eu queria chorar, já eu podia sentir lágrimas em meu rosto.

–E daí que ela está grávida Ramon? –perguntei eu, pensando que minha linda prima, a princesinha da família estava gravida do namorado.

Sim minha prima Magna sempre foi a princesinha para minha família, sempre éramos comparadas pois ela era muito parecida com minha mãe, loira dos olhos verdes e bem branquinha parecia uma boneca, e eu bom, era só eu, por causa disso sofri muito pois meus avós e tios sempre me trataram mal, até eu ficar rica claro.

–É que o filho que ela espera é meu Alana. –fiquei sem ar, tudo parecia se comprimir, soltei o telefone que caiu no chão, meu peito doía, eu não podia acreditar no que tinha acabado de ouvir.

Eu tinha que sair daquele quarto que estava me sufocando, peguei a chave da moto e corri para a garagem, subi na moto e a liguei, não me importei com o frio, muito menos por estar apenas com um shortinho e uma blusinha branca e fina com desenho do pikachu que eu sempre usava para dormir. Sai da garagem sem rumo, acelerei o máximo que pude, e fiquei rodando por um bom tempo com minha lágrimas ao vento, mal percebi quando saí de Athenas, tudo que tinha em minha mente era a voz de Ramon "É que o filho que ela espera é meu Alana", que maldito, como ele podia ser tão cara de pau, acelerei ainda mais a moto, e quando vi um barranco de areia já era tarde demais pra desviar, me senti sendo jogada para longe, e tudo que eu esperava era o baque no chão, "pelo menos será uma morte rápida -eu pensei", quando me choquei em algo duro, senti uma dor imensa nas minhas costa o que me fez arfar.

–Você está bem? –olhei para um lindo homem que me ajeita em seus braços, observada por seus lindos olhos verdes. Mais meus olhos começaram a embaçar e a ficar escuro –Ei você, não feche os olhos, acorde...

                                                                                                   ***

A filha de CamusOnde histórias criam vida. Descubra agora