Enquanto terminava de tomar meu "café da manhã" um barulho no meu quarto me fez virar todo o corpo na cadeira, e dele saiu Sabrina, a senhora que ajuda minha mãe com a casa, ela provavelmente havia limpado a sujeira do meu quarto, pois trazia em mãos um rodo, um balde e um desinfetante. Com esse pensamento fiquei rubra de vergonha.
–Alana, que bom que está comendo, já se sente melhor minha criança? -ela me sorria sincera, era amiga da minha mãe a anos, e ajudou a cuidar de mim desde criança, principalmente quando minha mãe dava plantões ela ficava comigo sem cobrar nada em troca, era como uma segunda mãe para mim. -Estava com saudades.
–Sabrina, me desculpe, eu acabei deixando o quarto todo sujo, e...
–Hora deixe de coisa menina, você está doente, isso é normal. -eu levantei e fui até ela a abraçando.
–Senti sua falta, você deveria usar um celular sabia!
–Não, essas tecnologias não são para essa velha senhora, agora me deixe ir que tenho de fazer umas compras para o jantar. -eu ainda roubei um beijo de sua bochecha deixando a velhinha com vergonha, essa saiu desbaratada e ao passar por Hyoga fez uma pequena reverencia com a cabeça, mas trombou em alguém que vinha saindo da cozinha.
–MÃE...... -eu corri ao vê aquela mulher ali ainda meio cambaleante pois tentava ajudar a senhora a se equilibrar, mais ao ouvir minha voz esta jogou tudo pro alto e correu para me abraçar.
Corri ao seu encontro e quando os nossos corpos se chocaram foi como se todas as coisas em minha vida passassem pela minha cabeça ao mesmo tempo, e ela assim como eu só chorava, parecia que não nos víamos a séculos, eu sentia tanto a falta daquela doce mulher que me criou com tanto carinho, eu só queria transmitir o quanto a amava com aquele abraço, pude ver ainda com os olhos embaçados que Sabrina cobria a boca para esconder os soluços pois esta também chorava.
–Aqua minha filha estou tão feliz por você está bem, eu fiquei louca quando Alexei trouxe você doente. -ela dizia agora me afastando e me olhando melhor.
–Há mãe, desculpe a preocupar tanto.
–Venha cá, me conte tudo! -ela olhou para Hyoga e sorriu. -Vou roubá-la um pouco de você Alexei, por favor fique a vontade.
–Obrigado Lyana, estarei no jardim Alana, e antes que eu me esqueça isso é seu pequena, o pessoal do hotel mandou junto com suas coisas que estavam lá. -ele foi até a mesa e me trouxe meu querido e amado celular. -É bom você ligar para sua amiga, antes que ela invada a casa. -ele saiu sorrindo e me deixando com minha mãe.
Minha mãe me levou para o quarto dela que ficava em frente ao meu, e enquanto nos dirigíamos para lá eu pude vê que tinha umas 50 chamadas de "Katya Louca" só de hoje no meu celular, então redigi uma rápida mensagem para ela... "Acordei praga, venha aqui para casa, estou matando as saudades de mamãe..."
Entramos no quarto e minha mãe sentou na cama e encostou as costas nesta e estirou as pernas, deu duas leves palmadinhas nas coxas me convidando a deitar ali, coisa que eu prontamente fiz, então ela começou a fazer carinho na minha cabeça.
–Como você está minha filha?
–No momento mãe, impossível não está feliz. -ela me olhou e riu. -Senti tanto sua falta.
–Eu também meu amor, estava louca de saudades de você, você nunca tinha ficado tanto tempo longe de mim, mas eu me sentia um pouco melhor sabendo que você estava segura. -ela suspirou. -Quase tive um infarto quando Alexei trouxe você desmaiada, e mesmo constatando que você não tinha nenhum machucado, eu fique preocupada quando você não acordou.
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A filha de Camus
ФанфикAlana é uma jovem escritora famosa, que descobriu a verdade sobre seu pai de uma forma que nem em suas melhores estórias ela poderia ter colocado esse tipo de enredo... Agora com sua fama e sabendo a verdade ela precisa aprender a se proteger dos i...