Armadura de Aquário!

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Jun corria a toda velocidade comigo nos braços, mais tudo que eu enxergava era aquela imensidão branca, tentei limpar o sangue que escorria da minha testa banhando meu rosto,e a ferida não parecia que queria estancar, minha cabeça latejava e meu braço doía, mais nada comparado a minha perna, aquela sim era um dor excruciante.

–Calma Alana, logo chegaremos em casa e você estará segura. –Jun tentava me tranquilizar mais eu sentia o nervosismo em sua voz.

–Como chegaram até onde nós estávamos? –perguntei tentando me entreter, queria esquecer a dor nem que fosse por um mísero segundo.

–Sentimos o cosmo do Sensei aumentar, então seguimos para onde vocês estavam, quando chegamos lá vimos você correndo de um homem estranho e o mestre lutando com outro, mais quando tentamos nos aproximar de você mais dois homens surgiram a nossa frente. E acabamos nos enrolando numa luta, só paramos quando ouvimos o seu grito de dor, todos se arrepiaram, e o Sensei criou uma distração, uma barreira quase impenetrável de gelo que manteve todos ocupados enquanto íamos atrás de você. –era Julian que me detalhava o ocorrido.

–O sensei vai destruir tudo, ele estava com muita raiva... –Jun parou abruptamente.

–Pensei que não chegariam nunca, pensaram que iriam fugir com a garota? –disse um rapaz de longos cabelos vermelhos, e olhos azuis, ele parecia ser do tamanho de Hyoga, ao seu lado estava um rapaz menor, mais com o mesmo tom de cabelos, seus olhos eram de um castanho quase negros e este nos olhava friamente. –Deixem a garota e nós os deixaremos viver.

–Nossa missão é protege-la, nunca a entregaremos a vocês. –eu podia sentir a firmeza na voz de Julian, mesmo não nós gostando ele morreria ali para me proteger.

–Escolha errada garoto. –dizendo isso o menor dos ruivos partiu para cima de nós e Julian se pois a frente enfrentando-o.

O mais alto veio para cima de nós, Jun não tinha como se proteger comigo nos braços, ele iria receber o ataque em cheio, eu puder ver o poder que aquele homem havia juntado na mão para nós atacar, Jun não sobreviveria a um ataque direto daquele, eu iria me colocar a frente e receber o ataque, não queria ninguém mais morrendo ou se machucando por mim.

"Me desculpe papai! Me desculpe Hyoga" -foi a última coisa que pensei, ante de me impulsionar para frente de Jun.

E algo inusitado aconteceu. Uma armadura dourada apareceu a nossa frente, e foi nela que o homem socou (não havia mais tempo para parar o golpe), quebrando imediatamente sua mão, ele urrou de dor, e eu vi o sorriso que se formou no rosto de Jun.

–Seu pai ainda te protege Alana. –ele me colocou gentilmente no chão. –Fique aqui e não se mecha, sua perna pode piorar, eu vou acabar rápido com isso, a armadura de aquários protegerá você.

E como ele disse aconteceu, a armadura se pós a minha frente como se tivesse vida, e eu podia sentir uma força acolhedora dela, eu já estava tonta com tudo aquilo, eu podia ouvir os gritos e os sons de ossos se quebrando, mas não tinha mais forças para olhar, agora que a adrenalina havia abandonado meu corpo eu só sentia a dor, e a segurança que nada de mal me aconteceria, e foi essa minha última lembrança, de olhar para aquela enorme armadura em minha frente e sorrir.

                                                                                              XXX

Acordei olhando para aquele teto de madeira que havia se tornado tão familiar para mim, senti uma dor alucinante quando tentei me levantar e antes que eu pudesse me conter eu gritei de dor.

–Alana? –Jun e Julian invadiam meu quarto com o rosto marcado pela preocupação.

Eles esquadrinharam meu quarto como os olhos, provavelmente esperando encontrar mais alguém ali, mas vendo que não havia ninguém se aproximaram da minha cama e se sentaram nela me olhando preocupados. Eles não estavam bem, tinham vários arranhões em várias partes do corpo, Jun estava com o olho esquerdo roxo e Julian tinha um serio corte no lábio inferior.

A filha de CamusOnde histórias criam vida. Descubra agora