Que comecem os treinos!

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Não pude nem terminar de pensar, e nem responder, pois Hyoga já tinha me colocado nós braços e enquanto eu piscava ele me carregava para o quarto.

–Qual é Hyoga, traga-a de volta, você não deve guardar essa visão dos deuses só para você, eu sou seu irmão. –Seiya gritava/ria. Quando ele chegou ao meu quarto e abri-o, logo que entrou.

-Cabe a boca, ou quando descer... -ele bateu a porta com tanta força que eu fechei os olhos com medo do barulho.

–Como você se sente hoje? –eu levantei a cabeça e o olhei, este estava mais vermelho que um tomate, e olhava um ponto fixo do quarto, enquanto me colocava no chão. "Bipolar"

–Bem melhor, pra ser sincera havia até me esquecido que estava machucada, pois não sinto mais nada. -argumentei surpresa pela minha própria constatação.

–Você... –ele respirou fundo, colocou a mão no rosto parecia estar tentando se controlar, eu não estava entendendo nada, então ele me olhou sorrindo. –Pelo amor de Atena Alana, quem você está tentando seduzir?

–Como assim? –ele apontou para mim, diretamente para minha roupa. Eu então abaixei o rosto e me olhei, e só então notei que eu havia descido de camisola, a camisola vermelha, curta e justa. –Kyaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Eu gritei e corri para o banheiro ouvindo Hyoga gargalhar de tanto rir, tranquei-o e me deixei escorregar na porta, sentindo o chão frio do mesmo, eu estava morta de vergonha. Pelos deuses eu jamais sairia dali, nunca mais. Passaram-se alguns minutos, o suficiente para Hyoga tentar parar de rir, mais por fim este se dirigiu até a porta do banheiro e deu duas leves batidas nela para me chamar a atenção.

–Alana abra a porta. –ele ainda ria.

"Maldito" -dizia minha consciência.

–Não... –eu estava emburrada agora.

–Ora vamos saia daí, agora não tem mais o que esconder! –ele riu da própria piada. -Eu já vi mesmo!

–Você é mau! -disse miando. -Eu não sabia que tinha pessoas aqui além de nós dois. E eu achei que você estava dormindo... –eu funguei, algumas lágrimas começaram a cair, e eu coloquei a cabeça entre os joelhos, estava morrendo de vergonha. –Eu só queria água.

Ele ficou um tempo em silencio, e eu comecei a parar de chorar, e limpei meu rosto.

–Desculpe, eu deveria ter te avisado que meus discípulos vivem aqui. –ele falou e não ria mais, parecia estar sendo sincero e se sentir realmente culpado. –Mas a vinda de Seiya também foi uma surpresa para mim, então vamos, saia daí por favor.

–Não.. –eu falei manhosa. –Não saio nem morta.

–Tudo bem, eu vou descer e te espero lá em baixo para tomarmos café!

–Eu não vou descer nunca mais. –falei dramática, claro que eu sairia um dia né.

–Ok, ok, estou indo, mais tarde quando estiver mais calma eu venho para conversamos. –eu ouvi quando ele se afastou, e o click da porta abrindo e fechando, ainda fiquei alguns minutos curtindo o silencio até me levantar e abrir o banheiro.

Uma mão forte me puxou me fazendo girar 180 graus, e minhas costas bateram em algo duro, senti uma respiração ao pé do meu ouvido, enquanto eu era abraçada por trás.

"Oi" -pensei. -"Que diabos, eu fui enganada!!!"

–Ops, eu não saí. –ele falou sínico, bem baixo no meu ouvido, e todos os pelos do meu corpo se arrepiaram com aquela voz máscula, meu coração batia feito um louco, enquanto ele descansava a cabeça em meu ombro e me apertava mais contra si.

A filha de CamusOnde histórias criam vida. Descubra agora