Capítulo 2 - Se sentindo amada

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Eu fiquei na dúvida em falar a verdade ou não, mas preferi dizer como eu realmente chamava, Rosinha era uma boa Dina e não merecia que eu a enrolasse com mentiras. Então eu à respondi.

— Eu me chamo Isabelly. — Ela me observou e perguntou outra vez.

— Isabelly, minha querida porque está aqui no Rio, e sozinha? Você tem parente aqui perto ou está perdida? — Outra vez a mesma pergunta, porque eles não podiam ajudar, sem fazer essas perguntas, não quero responder, não quero a pena de ninguém.

Mesmo sem vontade, eu à respondi, mas dessa vez eu menti em algumas partes.

— Eu não tenho parente nessa cidade, Dona Rosinha, eu vim para cá, em busca de um emprego, quero ganhar a vida de uma forma bem melhor. — Disse e ela assentiu e sorriu.

E logo em seguida me disse.

— Me chama somente de Rosinha, está bem? — Eu balancei a cabeça confirmando e ela continuou dizendo - Vou preparar algo para você comer, deve está com fome. Mas primeiro vamos ao meu quarto e você vai tomar um banho para se sentir melhor e enquanto você toma seu banho, vou preparar sua comida, está bem moçinha? — Perguntou sorrindo.

Eu confirmei com a cabeça e Rosinha saiu do quarto. E fui tomada outra vez pelos meus pensamentos.

Tinha dois dias que eu não tomava banho, me sentia suja e fedendo.

Sempre gostei de andar limpinha e com roupas cheirosas. Minha mãe sempre cuidava de mim com maior carinho, eu nunca vou esquecer o seu sorriso e suas maravilhosas palavras, me incentivando a correr atrás dos meus sonhos.

Sempre dizia a mesma frase:

" Belly me promete uma coisa? Sempre vai em busca dos seus maiores sonhos e sempre vai dá o seu melhor em tudo em que você fizer, certo? "

E eu a prometi respondendo:

" Vou correr atrás dos meus sonhos sim mamãe, e vou fazer a senhora ter sempre orgulho de mim, como não pode ter da minha irmã."

Quando eu fui perceber, várias lágrimas escorreram pelo meu rosto, a saudade a cada dia aumentava e eu não sabia o que fazer para tirar essa angústia do meu peito.

Talvez se minha irmã tivesse sobrevivido, hoje eu não estaria tão fraca e tão solitária como estou, minha mãe sempre me contou que ela não era idêntica a mim, apesar de sermos gêmeas, mas éramos lindas.

Cada uma com sua beleza, eu sou parecida com meu pai, e minha irmã, era parecida com minha mãe, aliás, porque será que eu nunca conheci meu pai? Minha mãe sempre dizia que ele era um homem bom e atencioso, mas isso mudou quando uma mulher entrou na vida dele, e ele foi embora de casa, deixando mamãe grávida.

Rosinha entrou no quarto outra vez e assim, eu saí dos meus pensamentos, menos mal pensei comigo, assim não fico tão abalada de novo.

— Aqui está uma roupa limpinha que você pode usar, acho que vai te servir, e pode tomar um longo banho. Quando terminar de se arrumar, vai até a cozinha e estarei te esperando. — Disse e sorriu gentilmente.

Apenas assenti com a cabeça, e logo em seguida ela saiu do quarto me deixando sozinha.

Fui ver a roupa que ela tinha me dado, era uma camiseta, uma blusa de moletom de frio e uma calça de moletom, e uma calcinha, fiquei com vergonha na hora, por ver que nem calcinha eu tinha, mas sabia que a Rosinha estava fazendo tudo aquilo por pena por me ver desse jeito, até eu tenho pena de mim.

Mas vou tomar um banho rápido para mim poder comer, estou morrendo de fome, isso é uma coisa rara, eu ficar com fome, por isso que tenho sempre gastrite atacada.

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