Saímos de casa e fomos direto para o ponto de ônibus, Emanuel tinha dito que iríamos em um lugar que ele amava passar o dia com seus amigos e também seria uma boa oportunidade para mim fazer novas amizades.
— Emanuel, olha eu não tenho muito dinheiro. — O olhei preocupada, porque realmente não tinha muito, só alguns trocados.
Tinha esquecido em casa meu cartão que mamãe tinha me dado de presente de quinze anos, falou que depositária um valor todo mês, e quando fizesse dezesseis anos, eu poderia tirar o dinheiro e comprar o que eu quisesse.
— Não se preocupada com o dinheiro Isa, vamos nos divertir e dinheiro não será problema. — Era problema sim, não era de aceitar que as outras pessoas pagassem para mim.
— É problema sim, vou pagar as coisas com meu dinheiro, e não vou aceitar que pague nada para mim. — Falei muito séria, e Emanuel ficou me observando.
— Vamos fazer assim, hoje eu pago tudo e outro dia quando você tiver um emprego, você paga. Pode ser? — Não ia aceitar, mas não tinha tanto dinheiro assim, mas iria aceitar somente hoje e depois eu devolveria todo o dinheiro.
— Pode ser sim, mas depois vou te pagar tudo! — Ele revirou os olhos e assentiu com a cabeça.
— Uma coisa eu vou ter que acostumar, é nunca discutir com você, a menina difícil viu! — Ele sorriu e meu coração acelerou.
Droga! O que está acontecendo comigo? Não quero gostar de Emanuel, não posso!
— Emanuel, você não me disse quantos anos você tem? — Eu e minha língua solta, o que ele vai pensar por eu ter perguntando isso, assim do nada.
— Eu tenho dezoito anos Isa. Daqui duas semanas eu faço dezenove. — Ele sorriu.
— Hum, entendi. — Já que eu perguntei, vou continuar perguntando, afinal, eu contei minha história para ele, e ele não me contou nada.
— Por que você não me contou sua história, Emanuel? — Ele me olhou e ficou pensativo.
— Na verdade eu nem tive tempo de te contar, mas pode deixar que você vai saber tudo o que quiser. — Eu escutei bem? Tudo que eu quiser? É claro que eu quero saber, sou curiosa, mas será que ele já teve namorada?
Quando eu ia perguntar, o ônibus chegou, essa seria a quarta vez que eu ando de ônibus, é meio estranho, todas as pessoas grudadas umas nas outras, não tem lugar para todos sentar, é meio perigoso isso, será que o prefeito não faz nada a favor dessas pessoas?
Entramos dentro do ônibus, hoje o ônibus não estava muito cheio não, tinha até lugares vazio, vou me sentar lá trás, assim fica mais fácil para quando o Emanuel falar o lugar que vamos descer.
Quando estou andando, o ônibus dá uma freada, que se não fosse Emanuel ter me segurado, eu ia cair de bunda no chão. Emanuel me ajuda a ficar em pé direito, e nessa hora que percebo como estamos tão próximos um do outro.
Preciso fazer alguma coisa, não posso ficar assim, babando por ele.
— Vamos nos sentar ali atrás? — Ele me olhou e assentiu com a cabeça.
Meu coração estava a mil, estou completamente louca, preciso conversar com om alguém sobre isso.
Me sentei e ele sentou ao meu lado, e ficamos um bom tempo sem assunto, até ele falar comigo.
— Isa, você tem medo de altura? — Na verdade eu tinha sim e muito, por isso nunca viajei com minha mãe de avião.
— Tenho sim e muito, não gosto de altura. — Falei por fim.
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Aprendendo a confiar em Deus!
RomanceEssa história conta a vida de Isabelly, uma adolescente de dezesseis anos, que sofreu traumas na sua vida. E não superando a morte da sua mãe e não aguentando mais viver assim, decide fugir para um lugar onde seu padrasto não a encontraria, e assim...