Capítulo 49 - Cumprindo a promessa

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Chegamos ao Hotel de noite, o céu estava simplesmente perfeito.

Não podia esperar pra amanhã chegar, o Lucas iria ser liberado. Meu coração estava tranquilo pela primeira vez em muitos meses.

Saber que não vou ser obrigada a morar com o Alfredo, não é a coisa que mais me alivia, pra ser sincera. Mas saber o que Lucas está bem. Essa a minha maior tranquilidade. Se eu tivesse que voltar a morar com o Alfredo, só pra ver o Lucas bem, eu faria isso.

Guilherme está com a aparência cansada e triste. Eu posso imaginar o motivo, não queria o escutar, mas prometi isso Caio e assim vou fazer.

Entramos no meu quarta e está todos sentados calados nos encarando.

- Até quem fim chegou. - Fran fala com uma cara de querendo uma explicação.

- Isso não é jeito de falar com seu pai, Francielly. - Kamila disse a corrigindo.

- Eu sei mãe, mas acho que tenho total direito de saber toda a verdade, de uma vez por todas. Ou sempre vai ser assim, ser a última saber da minha vida e da minha família? - Fran pergunta com as sobrancelhas levantadas.

Kamila fica sem conseguir responder e Guilherme toma uma atitude.

- Malu, Emanuel, Renan, Rosinha. - Os chama. - Vocês poderiam deixar eu conversar com as meninas? - Esse assunto eu prefiro tratar somente com elas.

Todos eles assentem, mas eu nego e protesto. Eu queria que todos tivessem, inclusive Emanuel.

- Eles podem ficar, são todos da minha família. - Falo seca. - Se eles não ficarem eu também não irei ficar. - falo totalmente decidida sabendo que Guilherme iria aceitar, mas sou surpreendida.

- Não Isa. Vocês tem muito o que conversar, e esse assunto é de familia. São assunto de vocês, assim o Guilherme fica mais a vontade para falar. - Emanuel fala e sorri me acalmando.

- Emanuel está certo, Isa. Nós vamos está no outro quarto, mas vai ser melhor assim. - Renan fala.

- Rosinha você vai ficar né? - pergunto implorando com os meus olhos.

- Não meu amor. Vocês precisam se entender. - Rosinha fala e eu bufo.

- Mas Rosinha, isso não é justo. Até ontem eu morava com a senhora, vai se distanciar assim de mim? - falo e seguro o choro. - Eu quero que fique, por favor. - digo pedindo e sentindo uma lágrima escorrer dos meus olhos.

Eu não queria acabar ficando com eles somente, eu sei que a Fran está ali. Minha amiga e irmã? Ou não é minha irmã? Estou confusa com tudo. Preciso dela comigo.

- Rosinha fica, assim a Isabelly vai ficar mais confortável. - Guilherme fala e concordo.

Pelo menos ele teve um pingo se senso. Todos saíram e fico esperando o Guilherme começar, mas o silêncio toma conta do lugar, até Fran perguntar outra vez.

- Como assim, a Isa é sua filha pai? - Fran pergunta calma e atenta. - Então ela é minha irmã, assim como o Lucas? - Fran pergunta e Guilherme arregala os olhos e Kamila começa a ficar vermelha.

- Vamos por partes, Fran. Porque eu vou explicar para as duas de uma vez, assim vocês entendem. E Isa, por favor me escuta até eu terminar, e depois você tira as suas conclusões. - Guilherme fala e Kamila concorda.

- Tudo bem. - Falo o encarando séria.

- Na minha adolescência, tempo de escola eu era o garoto jogava bola, sai com alguns amigos e acabei conhecendo a Kamila. Começamos a namorar e em uma data do nosso aniversário de namoro e comemoramos... - Guilherme fala e para respira fundo. - Um tempo depois eu e a Kamila brigamos muito e resolvemos terminar. Depois de três anos eu já tinha me formado na escola e começei a trabalhar na empresa do meu pai. Durante um almoço de negócio que deu tudo errado, eu sai bravo e acabei derrubando uma garota, que era sua mãe Isa. Ela me tratou totalmente diferente de como eu a tratei, estava sendo grosso e ela foi carinhosa e atenciosa.  - Guilherme falou e eu começei a me emocionar dele falar da minha mãe. - E ali me desculpei e começamos a conversar. Fomos nos encontramos em uma praça perto daquele restaurante. E assim começamos a namorar. Sua mãe me contou que se chamava Rosseline, e me disse que queria que gostasse dela por ela ser quem ela era, e não pelo que ela tinha. - Guilherme disse e me relembrei que quando cheguei a casa de Rosinha, queria que as pessoas gostassem de mim por quem eu era e não pelo que eu tinha. - Mas meu pai ficava me perseguindo querendo saber com quem eu estava me relacionando, e não parou até descobrir. Desde então foi muito difícil ficar com a sua mãe. Ela era totalmenfe diferente que todas que eu conheci, quando eu tinha um problema, ela não via somente o lado ruim, mas me mostrava o lado bom. E isso fazia eu amar cada vez mais ela. - Guilherme disse com olhos cheio de lágrimas e Kamila estava chorando.

- Como tem coragem de falar isso perto da minha mãe, pai? - Fran pergunta com cara feia, nos deixando surpresa.

- Meu amor eu já sei disso tudo, e sei como a Elizabeth foi importante para o Guilherme. Pode ficar tranquila. - Kamila disse sorrindo fraco.

- Fran espera eu terminar, que você vai entender tudo. Hoje é diferente. Eu amo a sua mãe e pra sempre irei amar. - Guilherme disse e Kamila sorriu como se tivesse aliviada.

- Quando decidi pedir a Rosseline em casamento, tinha comprado a aliança e tudo mais. E fomos na pizzaria onde o Lucas foi atrapalo. - Guilherme fala e solta um suspiro lomdo. - Mas eu e ela tínhamos uma coisa para falar com o outro. Mas a Rossi pediu pra ela falar primeiro antes, e quando ela iria me contar, minha mãe me ligou e dissd que meu pai estava doido me procurando e muito nervoso. Eu não liguei, porque tinha algo que pra mim era mais importante, mas a sua mãe Isa, tomou a mão do meu telefone e falou com a minha mãe que eu estava a caminho. - Guilherme disse pensativo. - E eu tentei levar ela em casa, mas não deixou. Quando cheguei em casa, estava Kamila e seus pais. Eu não entendi nada do que estava acontecendo até meu pai brigar comigo, dizendo que eu era pai. - Guilherme disse e Kamila chorava horrores, sinceramente não entendia o porque. - Eu não acreditei que era pai do filho da Kamila, até porque tínhamos se separado tinha mais de quatro anos. E eu estava saindo com a Rossi a quase um ano. Mas Kamila me mostrou os papéis de quando estava grávida e do exame de DNA. E foi quando meu pai me obrigou a casar com a Kamila, mesmo eu não sabendo que eu tinha um filho de quatro anos e mesmo sem saber o nome do meu próprio filho... - Fran interrompr Guilherme totalmente confusa.

- Mas como assim pai? - perguntou. - Como não sabia que tinha um filho e ele já tinha quatro anos, é o Lucas na verdade? - Fran pergunta confusa e me deixa confusa também.

- Sim. - Kamila respondi. - Eu quando soube que estava grávida fiquei desesperada e fui logo morar com a minha tia. Para meus pais não descobrisse e me obrigasse a casar com o Guilherme. Porque eu sabia que ele não iria aceitar, e tinha muitas coisas que iria perder. Enganei meus pais durante dois anos, até eles descobrirem que eu tive um filho. Menti sobre quem era o pai, para evitar problemas, já que estava conseguindo criar o Lucas, com a ajuda da minha tia. Mas meu pai descobriu que eu menti  e descobriu que o Guilherme era o pai depois de dois anos. Então o Lucas já estava com quatro anos, quando tudo isso aconteceu. Fui obrigada a ir na casa de Guilherme com eles, porque meu pai não suportou a verdade e quis que o Guilherme pagasse pelos seus erros. E eu fui somente porque o Lucas não parava de perguntar sobre o pai dele e ficava esperando todas as noites esperando ele chegar. - Kamila disse chorando.

- Nossa, parece até uma novela. - digo confusa e atenta a tudo que falavam.

- Eu não sei se te julgo ou se entendo, mãe. Mas foi muito errado o que a senhora fez. Se eu crescesse sem saber quem era o meu pai, nunca iria te perdoar, sabendo que escondeu de mim. Ainda bem que o Lucas era pequeno e teve a oportunidade de conhecer o meu pai. Mas foi egoísmo da sua parte, não deixou ele conhecer o próprio pai até os quatro anos. - Fran disse chatiada e com a cara nada boa.

Ficamos assustados só de imaginar como ela reagiria ao saber que é adotada.

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