Capítulo 36 - Grande Mentira

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A cada minuto que passava eu ficava mais aflita, sabia que minha vida estava em jogo e era tudo ou nada. Melhor dizendo morar com o Guilherme ou continuando vivendo um pesadelo com o Alfredo.

Eu o odeio tanto que não sei descrever tamanho desse ódio, queria provar e colocar ele na cadeia por todas as maldades que ele fez.

— Isabelly? — Escuto Guilherme me chamar.

— Oi. — Digo levantando na cama e o encarando.

— Está na hora, temos que ir. — Guilherme fala e Renan concorda.

— Fica tranquila, porque temos muitas coisas ao nosso favor. — Renan fala e sorri.

— Não sei se consigo, estou nervosa com tudo isso.  — Falo prendendo meu cabelo em um rabo de burro.

— Isso é normal ficar nervosa, mas hora que eles forem te interrogar fica tranquila e responde tudo com calma. O Juiz observa isso e o modo que você fala de cada pessoa. — Guilherme fala e segura minha mão.

— Vou tentar, eu prometo. — Falo e aperto a mão do Guilherme.

— Vamos agora. — Renan fala e saímos da sala.

O caminho até o Tribunal do Júri foi completamente em silêncio. Em um carro foi eu, Guilherme, Renan, Rosinha e o Lucas.

No outro foi o segurança, a Fran, Malu, Kamila e o Emanuel.

Eu preferir que o Lucas fosse comigo, eu sei que na verdade eu gostaria que o Emanuel estivesse comigo, mas também não queria criar muitas expectativas para não me machucar.

— Eu te amo, ouviu? — Lucas perguntou sorrindo me abraçando. - E vai acontecer tudo conforme a vontade de Deus, e pode ficar tranquila que você não vai se livrar de mim tão fácil. — Lucas falou brincalhão me fazendo sorrir.

— Vamos descer de uma vez. — Renan fala e abre a porta.

— Isabelly, me dá a sua mão. Você vai entrar comigo, porque querendo ou não. Vai ter pessoas do lado de fora e alguém pode tentar fazer alguma coisa. — Guilherme fala e abre a porta do carro.

Ao lado de fora estava muitos jornalistas e pessoas gritando igual doidos, estava assustada e com medo. Algumas frases que as pessoas falavam me machucavam e outras eu não entendia muito bem.

— Não liga para essas pessoas, elas estão querendo te fazer medo. Mas elas não vão conseguir, eu vou provar que consigo ganhar a sua guarda mesmo tendo que lidar com um cara como o Alfredo. — Guilherme disse ao meu ouvido e logo entramos no prédio do tribunal tinha muitas pessoas que me encaram descaradamente.

— Você é a Isabelly? — Uma mulher com roupa social e com uma pasta em sua mão me pergunta.

— Sim sou eu, quem é a senhora? — Pergunto com um pouco de nervosismo.

— Pode ficar tranquila, Isa. Essa e a Janete a assistente social, você terá que a acompanhar para a sala de espera, até for a sua vez de falar. — Guilherme fala.

— Tudo bem. Mas antes de ir com a senhora, posso falar com o Guilherme em um minuto? — Pergunto para Janete que assentiu com a cabeça e todos saíram de perto e entraram em uma sala.

— Está se sentindo bem? — Guilherme pergunta preocupado.

— Sim eu estou bem, mas quero te agradecer por tudo e te pedir desculpas por tudo. — Falo e sorrio fraco.

— Não tem que agradecer por nada, você conquistou esse carinho enorme que temos por você, e fica tranquila que tudo vai dá certo. — Guilherme fala e sorri e eu o abraço forte.

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