Dizer que o Guilherme era o meu tutor, era a única forma do Gabriel não fazer mais perguntas. Ele não era tão velho, meu avô dizia que ele tinha idade para ser meu pai.
Os dois se davam bem, desde que meu avô ajudou Gabriel a se formar, porque era filho de um amigo do meu avô. O Gabriel estava sempre lá na minha casa, com os projetos que meu avô pedia parar ele criar, para juntos conseguir colocar em pratica. Era divertido ver os dois conversando juntos. Me lembro ate hoje quando eu queria uma casa na arvore e meu Avô fez ele criar um projeto, minha mãe ficou doidinha com os dois, porque eles não queriam criar a casa em um terreno. Mas minha avó convenceu deles construírem na fazenda.
– Prazer, Guilherme. Eu sou o Gabriel, assim como já ouviu falar. Mas eu nunca te vi na casa dela, é algum parente? – Gabriel pergunta e eu começo a engasgar.
Olho para o Guilherme desesperada com medo de dizer a verdade.
– Eu prefiro que a Isa te conte, aliás ela não se senti confortável falando sobre esse assunto. Mas viemos aqui porque queremos tratar de outro assunto, ou melhor da continuidade de onde parou, pode ser? – Guilherme pergunta e Gabriel assenti.
– Como quiser. – Gabriel diz e senta em sua mesa. – Podem se sentar. – Aponta para as duas cadeiras em frente a sua mesa.
– Gabriel lembra do ultimo projeto que meu avo começou a criar, o hospital que eu tanto queria? – pergunto.
– Claro que me lembro, esse era um dos maiores projetos que criei, foi uma pena ter que parar. Foi uma perda grande dos materiais, tentei avisar o marido da sua mãe, mas ele negou em me atender e não respondeu nenhum de meus e-mails. – Gabriel disse.
– Eu imagino que ele tenha feito isso mesmo, mas hoje eu vim aqui com o Guilherme, porque queremos voltar a realizar esse projeto, você pode nos ajudar? – pergunto com esperança do Gabriel aceitar.
– Olha, Isa, agora no momento eu estou com muito trabalho, mas assim que eu tiver uma folga, eu prometo te ajudar. Porque pra mim isso é questão de honrar seu avô, por tudo que ele fez por mim. – Gabriel disse sorrindo.
– Obrigada. – Digo sorrindo e logo me lembro de me desculpar. – Gabriel também queria te pedir desculpas pelo que o Alfredo fez com você, minha mãe não conseguiu fazer nada, porque o Alfredo declarou que minha mãe tinha problemas mentais, então ele que tomava todas as decisões de casa. Foi uma burrice ele ter dispensado você, mas ele não queria pessoas que nos conhecia por perto, por isso ele dispensou querendo afastar todos, custe o que custava. – disse chateada.
– Se você não se importar Isa, podemos ver se o Gabriel ainda tem interesse de ser o arquiteto de suas empresas, digo de todas. O que você acha – Guilherme fala, como se tivesse lendo a minha mente.
– Claro que eu quero, ele nunca deveria ter deixado de ser. – digo contente pela atitude que ele estava tendo. – o que você acha Gabriel? – pergunto. – diz que aceita, por favor? – imploro do jeito que sempre fiz, quando queria algo dele e Gabriel sorri.
– Como que eu nego com você implorando desse jeito? – Gabriel diz rindo. – você ainda sabe como me subornar né moçinha? – Gabriel me pergunta me fazendo rir.
– Anos de pratica, leva a perfeição né. – digo rindo e os dois sorrirem.
– Como podemos fazer então? – Guilherme pergunta.
– Podemos marcar uma reunião semana que vem? – Gabriel pergunta.
– Depois de amanha estaremos voltando para o Rio, o que acha de você continuar o que fazia antes? – Guilherme pergunta. – se a família da Isa confia em você, eu também confio. – Guilherme disse me fazendo sorrir.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Aprendendo a confiar em Deus!
RomansaEssa história conta a vida de Isabelly, uma adolescente de dezesseis anos, que sofreu traumas na sua vida. E não superando a morte da sua mãe e não aguentando mais viver assim, decide fugir para um lugar onde seu padrasto não a encontraria, e assim...