Encontrei Fran sentada em um banquinho do lado de fora do Shopping, estava olhando os carros passando, mas com seu pensamento longe.
— Fran? — A chamei e ela nem percebeu.
Cheguei mais perto e sentei ao seu lado, colocando a mão em seu ombro.
— Fran? — A chamei outra vez, e logo em seguida ela olhou para mim e secou suas lágrimas.
— Oi. — Disse com sua voz de choro.
— Por que está chorando? — Perguntei, mas já sabendo a resposta.
— Como sempre por culpa do Thiago. Às vezes me pergunto como posso gostar tanto de uma pessoa assim? — Me olhou e fungou.
— Eu não sei te responder o porquê, mas eu acho que você não gostaria de alguém por acaso ou sem motivos. Se você gosta dele é porque em algum momento da sua vida, ele se tornou importante para você, e seu coração o escolheu, criando algo especial por ele. — Disse, secando as suas lágrimas.
— Não sei, mas tenho certeza que meu coração é bastante burro, ou meu cupido não acertou na hora da escolha. — Fran disse e eu gargalhei.
— Acho que ele fez o que devia ser feito Fran, pode ser que um dia você se surpreenda com alguém. — Disse, me lembrando da surpresa que iríamos planejar para Thiago a pedir em namoro.
— Por que disse isso? — Fran me perguntou.
— Foi apenas por dizer, confia nos seus sentimentos. — Disse e levantei. — Vamos? — Perguntei.
— Sim, vamos. — Fran disse e levantou. — Vou dormir na sua casa, tem algum problema? — Me perguntou, com os olhos vermelhos.
— Na verdade, eu tenho que fazer algumas coisas, e meu quarto não está com muito espaço por causa de algumas coisas da Rosinha. — Disse com a intenção de fazer ela desistir, mesmo não sendo a melhor desculpa.
— Não tem problema, eu durmo na sala. — Fran disse e sorriu.
Sabia que iria ser difícil contraria a vontade dela, mas pensaria em algo que a fizesse ela desistir.
— Mas... — fui interrompida pelo celular da Fran tocando.
— Oi mãe! — Fran disse. — Ah não, mãe. — Eu quero dormir na Rosinha com a Isa.... - disse e bufou. - Mas mãe... fala para ela ir outro dia.... Mas eu não quero mãe... está bem... estou indo para casa. - Sorri ao ouvir a última frase.
Acho que não iria ser necessário fazer ela desistir.
— Não vou poder ir para sua casa, Karla está lá em casa e foi para dormir. — Fran disse com um grande desanimo.
— Não tem problema, outro dia você dorme lá. — Disse, tentando esconder o alívio que estava sentindo.
— Mas e se você for lá para casa? — Fran perguntou com entusiasmo.
E eu pensando que tinha me livrado de uma, agora surge outra. E agora, o que vou fazer?
— Não, hoje eu não vou. Não quero incomodar. — Disse a primeira coisa que veio na minha cabeça.
— Mas você não vai, vai ser bom se você for. — Fran disse.
— Eu sei que seria, mas já pensou que a Karla queria conversar em particular com você? Ou que pode está precisando da sua ajuda. — Disse.
— É pode ser, ela estava com alguns problemas em casa mesmo, mas outro dia você vai está? — Fran falou.
— Vou sim, pode deixar. — Respondi e sorri.
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Aprendendo a confiar em Deus!
RomanceEssa história conta a vida de Isabelly, uma adolescente de dezesseis anos, que sofreu traumas na sua vida. E não superando a morte da sua mãe e não aguentando mais viver assim, decide fugir para um lugar onde seu padrasto não a encontraria, e assim...