Capítulo 37 - Marca nas Costas

420 50 36
                                    

Acordei e estava na mesma sala que em estive anteriormente. Olhei para os lados e tinha dois médicos, o juiz e a Janete.

— Está se sentindo melhor? — O Juiz pergunta.

— Estou sim. — Respondo baixo.

— Excelência o senhor vai continuar o julgamento? — A Janete pergunta.

— Isso vai depender da senhoria Karfinin, se ela achar disposta a continuar. — O Juiz fala e Janete assenti. - Está bem para voltar ao julgamento? - Me pergunta.

— Eu posso falar com o Guilherme? - O pergunto.

— Senhorita eu te fiz uma pergunta, e infelizmente você não poderá falar com ninguém agora. — O Juiz fala grosso e sinto um nó na garganta.

— Posso voltar sim, me perdoe. — Falo baixo e o Juiz assenti.

— Vamos então, porque depois tenho outro julgamento para iniciar. — Ele fala grosso e entra na sala do julgamento.

Quando entro todos os olharem foram direcionados a minha pessoa. Emanuel estava andando de um lado para outro, mas parou quando me viu e suspirou.

Guilherme me encarava preocupado e estava vermelho.  Me sentei no mesmo lugar de antes e o Juiz começou a falar.

— Vamos seguir com o julgamento normalmente. A senhorita Karfinin preferiu assim. Então damos continuidade. Advogado do senhor Getúlio, pode retomar as suas perguntas. — O Juiz fala e o advogado se levanta.

— Podemos perceber que a senhorita Karfinin ficou extremamente nervosa ao falar da carta de sua mãe. E se não fosse verdade e o que a carta diz, ela estaria bem. — O advogado disse e sorriu para as pessoas que estavam sentadas em uma arquibancada, ao lado do tribunal.

— Protesto. — Renan disse e se levantou. — O advogado não pode fazer comentários sobre o estado de saúde da minha paciente. — Renan disse encarando o Juiz.

— Protesto aceito. — O juiz disse e Renan se sentou. — Sem comentários sobre o estado de saúde da senhorita Karfinin, por favor. Ou vai perder a sua vez de a interrogar. — O Juiz disse e o advogado não gostou muito.

— Perdão, Meritíssimo. — O advogado falou e me encarou. — Gostaria que falasse o por que você sempre teve uma certa implicância com o senhor Getúlio? — O advogado perguntou.

Respirei fundo para não levantar e dá alguns tapas no advogado. Eu já tinha dito que ele estava mentindo, mas mesmo assim ele quis continuar me interrogando.  Olhei para o Guilherme que assentiu e sorriu. Eu não sei dizer, mas aquele gesto me fez criar coragem para responder o advogado.

— Eu tenho a total confiança que essa carta é falsificada, porque minha mãe me escreveu outra carta e me pediu desculpas por ter se casado com o Alfredo. — Falei e o advogado me encarou.

— Mas essa é a única carta que existe, tanto que estava junto... — o advogado disse mas olhou para o Alfredo rapidamente assustado com o que acabara de dizer.

— Continue falando advogado, ou não pode dizer que o pretendia? — O Juiz pergunta o encarando.

— Perdoe-me Meritíssimo. Eu iria falar junto com as outras cartas que a senhorita Mãe da Isabelly tinha deixado. — O advogado fala e o Juiz fez uma cara que pouco acreditava.

— Mas alguma pergunta? — Perguntou o Juiz.

— Não, Meritíssimo. Perguntas encerradas. — O advogado disse foi se sentar ao lado do Alfredo que não estava com uma cara boa.

— Pode vim fazer o interrogatório advogado do senhor Souza por favor. — O Juiz disse o Renan se levantou.

— Senhorita Karfinin porque a senhora fugiu de casa? — O Renan me perguntou me passando segurança.

— Eu estava cansada de ser maltratada pelo Alfredo. — Respondo.

Aprendendo a confiar em Deus! Onde histórias criam vida. Descubra agora