Capitulo 12

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Raphael

Merda merda merda merda- falo esbravejando de raiva- como ele teve coragem de fazer isso comigo? Eu pensei que fossemos amigos, que ele fosse uma pessoa íntegra e agora isso?- falo olhando o nada.

Calma Rapahel, daremos uma volta em tudo isso- fala meu pai tentando me acalmar .

Volta?- falo e sorriu sarcástico- aquele filho da puta me roubou pai, ele deixou a minha empresa na falência, ele... Ele roubou o que é meu, porquê pai?- falo e logo arremesso contra a parede meu computador portátil.

Filho mantém a calma, que agora jogando tudo quanto é coisa de um lado para o outro não vai trazer seu dinheiro de volta- meu pai sempre foi frio, no que toca a tratar de negócios, não deixa que afete sua mente- ele quer ver do que somos capazes? Pois bem... Ele verá.

Meu pai me fala olhando para o nada e com o olhar frio.

Assim que ele sai , eu me sento e não sei o que fazer- coloco minha cabeça contra a cadeira e vou me acalmando. Não sei quanto tempo fiquei lá, mais sei que dormi.

Senhor Rapahel?- oiço a voz de minha secretária me chamar

Sim Márcia?- falo sem nem olhá-la

A senhorita Luccyhan está na linha- faz uma pausa- posso passar a ligação ou prefere que diga que saiu?

Pode passar a ligação.

Sim senhor! Vai precisar de mais alguma coisa?

Não. E não estou para ninguém Márcia- falo olhando para ela.

Sim senhor- ela sai e fecha a porta.

Oi meu amor- falo assim que atendo.

Minha vida como está? Liguei para você do celular e não atendia, fiquei preocupada- fala com uma tom de preocupação.

Não quero falar pelo celular, mais estou precisando de você- digo e sinto uma lágrima escorrer por meu rosto.

Eu estarei aqui para você sempre minha vida- ela diz e sua voz me acalma- quer que eu vá para aí?

-Não! Eu irei até a sua casa está bem?

-Claro, estarei te esperando.

Assim que acabamos de falar, pego a chave do carro, não olho para trás e saiu de minha sala.

Passo pela minha secretária e vou até o elevador. Enquanto espero oiço uma conversa entre dois trabalhadores.

Eu tenho pena do senhor Rapahel- diz um deles- mais pena ainda, porque foi traído por um  "amigo"- diz enfatizando a última palavra.

Pior que esse "amigo" o traiu e se bandeou para o lado de seu arque inimigo.- o outro fala.- vamos embora, esta tarde e pegar ônibus a essa hora é fera viu.

Como? Eu não posso ter ouvido bem... William? Esse nojento é que está por trás de tudo Isso? Meu Deus- falo colocando a mão na boca e pensativo-  até quando ele vai me perseguir?

O elevador chega e entro nele, chego na garagem , vou até meu carro e dou partida. Estava andando com muita velocidade, pensando no que ouvi, e bate  com muita força no volante e só parei quando senti minhas mãos sangrando. Merda- esbravejo quando olho em minhas mãos.

Aumento a velocidade e penso em tudo o que passei para ter a minha empresa, das coisas que abdiquei, do esforço, das noites que perdi projetando cada pedacinho daquilo que fiz com tanto amor, e meu nariz começa a sangra, minha visão fica embaciada pelas lágrimas, derrepente sinto uma leve tontura. Limpo minhas lágrimas e vejo um caminhão vindo em direção ao meu carro, não consigo travar a tempo e na tentativa de desviar vou contra uma lanchonete e não sinto mais nada.

Luccyhan Onde histórias criam vida. Descubra agora