Luccyhan

Capitulo 21

Raphael

Quando chegamos lá, só eu apareci, Carla me olhava com desejo e vitória. Eu sentia nojo de ter dormido com aquela mulher.
Entrei no cativeiro , estavam lá o William,sua presença não me impressionou . Mais daquele orário que beijou a minha mulher outro dia me impressionou.

O trio completo, já estou aqui cadê o meu filho?- falo olhando de um para o outro.

Você cala a boca, que você é o ultimo a falar aqui entendeu?- agora quem fala é o William.

Você não aguenta né? Não aguenta que eu seja melhor do que você, que ao contrário de você eu luto pelo o que quero, ao invés de ficar sentado esperando sempre uma brecha não é? - falo o olhando nos olhos-  você pode até me matar, mais que eu sou melhor do que você , isso é um faço e ponto, seu otario.

Você cala a boca se não eu mato aquele pivete - ele grita e faz tiro no ar, meu filho dá um grito, mais não sei de onde veio. Fico aliviado por ouvir sua voz.

Meu amor, não o provoque se quiser sair daqui vivo comigo e continuar a sua vida- Carla fala e toca em meu rosto. Me esquivo.

Cadê o meu filho Carla. Se você me ama como diz, deixa ele voltar para casa sã e salvo, eu fico aqui, me matem se quiserem,mais deixem o meu filho e a minha mulher em paz.

Sua mulher?,ela não foi sua mulher quando esteve precisando de você, quando não teve o que comer e o que beber, enquanto você estava com putas na sua cama.

E antes que eu responde-se, Carla mete a sua mão na cara de Paulo - Você me respeita que eu não te dei ousadia para tal- ela fala enfurecida com ele.

Ah não? E as noites que foi para minha cama? E quando não estava comigo, era na cama do William não é? - Paulo fala com desdém.

Como? Você dormiu com esse boiola?- William pergunta pressionando Carla na parede.

Como tinha um escutador em minhas costas, apertei o botão, que era para avisar quando pudessem invadir, aproveitei a discussão e depois ouvimos o estrondo da porta, era a polícia. O primeiro tiro atingiu o Paulo e logo a seguir sinto um tiro em meu braço, foi o William que atirou. Caiu com o impacto e a Carla se esconde. William até tenta fugir mais não consegue, é pego por um dos policiais.
Paulo até tenta fugir mais o pego e começamos a lutar. Carla pega o David e aparece.

se vocês não soltarem os dois, eu meto bala no pirralho- fala com o meu filho chorando e a arma em sua cabeça.

Carla por favor, ele não tem culpa de nada - falo o suplicando.

Eu só quero você meu amor, vamos ficar eu você e o nosso filho- ela fala e acaricia o cabelo de David.

Eu vou com você, mais entrega o meu filho para os polícias.

Se você não meter bala nele agora, eu atiro no Raphael- William fala.

Não tente- Carla o ameaça.

Não tenho nada a perder- ele diz e aponta a arma para mim. David já estava chorando e eu não queria que o machucassem.

Ele carrega a arma e aponta para o meu filho. Sem pensar me jogo na sua frente e ele dispara duas vezes. Meu filho grita por mim e antes que tudo  escurecesse, antes de apagar, vejo a Carla atirar três vezes seguidas para o William.

*****

Luccyhan

Depois de rezar durante horas com a minha mãe, o médico vem até nós e diz-que ele não morreu, mais ficou em coma induzindo.
Fiquei distorcida, mais agradece a Deus por não te-lo tirado de mim.

Os meses foram se passando, o meu amor estava planejando a minha volta nas telas e não tinha me dito nada. Jonas me informou que ele tinha conseguido provas das barbaridades que o William inventou e que eu estava livre. O que seria de mim, sem o amor da minha vida?
Fiz exames, e descobri que estava de 2 meses, fico me perguntando como não dei conta?

Todos os dias visitava o Raphael levava uma rosa, e levava o David para vista lo.
Era essa a minha rotina durante esses 3 meses. Agora com 5 meses de gestação preferi não ver o sexo do bebê, sempre quis partilhar desse momento com o meu amor, e como ele não estava não o faria. Já havia decidido fazer o quarto com uma cor neutra, pôs só saberia o sexo, com o meu amor ao meu lado. Os dias, semanas meses foram passando.

O David tinha feito anos, ele queria pagar as velas com o pai. Levamos o bolo, apagamos as velas com todos no hospita, o Raphael ainda desacordado, mais David não se importava, ele deu um beijo em seu pai. O meu filho tinha se tornado um homenzinho. Cuidava de mim, dormia comigo, perguntava se estava bem e tudo mais. Estava fazendo muito bem o papel de seu pai.

******

Aí aí aí... Emíliaaaaaaaa - Emília adentra no quarto- minha bolsa estorrôo. Aí meu Deus o que eu faço.
Ela me ajuda a ir para o carro, minha mãe e minha sogra dormiam comigo sempre, em minha casa. Então foram comigo para o hospital. Queria que o meu amor estivesse comigo.
Entro na sala de parto, os médicos enquanto preparavam tudo, a porta é aberta e meu coração quase sai pela boca. O Raphael entra em uma cadeira de rodas com o doutor Luís.

O que você faz aqui? A quanto tempo está acordado? - e minhas lágrimas escorriam, e dessa vez era de felicidade.

Eu já acordei a um bom tempo, só quis fazer supresa. Não tem uma semana que estou acordado. Dessa vez eu não perderei nem um minuto.

Entro em trabalho de parto e tenho dessa vez as mãos do homem da minha vida para segurar e minha mãe.

Força filha, isso faz força- minha mãe diz, segurando minha mão.

Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah- as dores estavam insuportáveis.

Força meu amor, trás o nosso filho ao mundo- ele diz e faz um carinho em meu cabelo.

Com mais uns gritos e forças ouço aquele barulhinho gostoso que é som em meus ouvidos.

Parabéns mamãe... você teve um belo rapaz- me emociono e ele coloca o meu filho em meus braços. O Raphael corta o cordão umbilical e me beija.

Senhor precisa descansar agora- o doutor Luís fala entrando no quarto. Nos despedimos com um beijo apaixonado e cheio de amor.

Agora a minha vida estaria nos eixos, os três homens da minha vida comigo.

Obrigado meu Deus, por me permitir ser merecedora de tamanha felicidade.

Continua....