Capitulo 18

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Raphael

Depois que  a Carla saiu, Luccyhan me perguntou se a conhecia, não gosto de mentir para ela, mais não contei que éramos ficantes, preferi dizer que nos conhecemos por acaso, ela era advogada da empresa e esteve la por alguns clientes algumas vezes e só. Ela se convenceu e esqueceu o assunto.

Fomos a creche aonde David seria colocado, e ele ficou em casa com a Emília, minha fiel baba. De cinco em cinco minutos Luccyhan ligava, para saber se ele estava bem, se estava brincando, chorando, se alguém ligou falando algo ou sei lá, ela estava paranóica, mais é mãe e entendesse.

Ela como sempre amável e simpática com todos, deu-se lindamente com a diretora da creche, falou o que o David gosta e não gosta, como são os seus intervalos de comer, o que o faz alergia e tudo mais. Tento não lembrar sempre e procurar descobrir mais sobre o meu filho todos os dias, mais é difícil não saber nada sobre o seu filho, nem o mínimo, por mais que tente não me entristece, não consigo, e acho que ela deu conta, porque muda de assunto, fala sobre o jeito fácil que ele tem de fazer amizade, implorou para que não deixasse ninguém pegar o Davi na creche sem qualquer autorização. Feito tudo, ela me disse que amou a creche e será lá mesmo aonde ele ficará.

Depois fomos almoçar e tive uma leve impressão de estar sendo seguido. Olho ao redor discretamente para que a luccyh não dê por conta e se preocupe. Fomos almoçar em um restaurante chinês e comemos o melhor sushi do mundo.
Passamos o almoço conversando sobre o nosso filho, ela me falou tudo sobre ele.

Eu estou com uma vontade louca de voltar a trabalhar, estou me sentindo inútil - fala e se entristece- não gosto de ficar sem fazer nada, adoro cuidar da casa, meu sonho sempre foi ser dona de casa, mãe, mulher, mais eu quero trabalhar, fazer algo, exercer a minha profissão de alma, o jornalismo.

Ei? Passo minhas mãos em seus rosto, e ela fecha os olhos com o meu toque- presta atenção, se você se chamar de inútil de novo, eu vou me levnatar e sair daqui entendeu? Você faz tudo o que faz, e faz muito bem , eu e o David não temos o que reclamar, e sobre o seu trabalho não se preocupe com isso, porque ficar sem exercer ele, também você não vai.

E como tem tanta certeza, depois da idiotice que o William fez-  só de lembrar do que ele a fez fazer, e que por culpa dele, ela sofreu o inferno na terra, meu ódio por ele só aumenta- eu não sei se conseguirei voltar às telas algum dia.

Confia em mim? - falo o fazendo olhar em meus olhos.

Confio a minha alma em suas mãos- pisca para mim e me dá o seu melhor sorriso.

Então não pensa mais nisso. Comemos tranquilo, nos beijávamos às vezes, riamos muito lembrando das doidices que David fazia e mais uma vez fiquei com a impressão de estar sendo seguido. Tentei ignorar, mais realmente essa sensação não sai de dentro de mim.

Terminamos de comer, depois damos um passeio pelo shopping, passamos por uma loja de brinquedos e decido presentear o meu filho com alguns brinquedos, Luccyhan me pede para não exagerar mais o ignoro.

Ela compra umas peças de roupa, sapatos para ele, já que entrará em uma creche nova. E era uma coisa mais linda que a outra. Depois tomamos sorvete e decidimos que já era hora de voltar para o nosso pequeno.

*****

Assim que entramos pela porta, vimos aquela coisinha sair correndo da cozinha e vindo até nós, com os braços esticados para que o peguemos no colo. Estava com as sacolas na mão, então a luccy o pegou. Ele me dá um beijo e em sua mãe também.
Entregamos os presentes para ele e a sua cara de felicidade não tinha preço, me agradeceu com um enorme abraço e para me emocionar de vez falou o que eu não esperava.

Luccyhan Onde histórias criam vida. Descubra agora