Capitulo 15

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Raphael 

Você tem certeza cara?- Lucas me pergunta, ele estava sentando na beira da cama do meu quarto de hotel, comendo umas castanhas.

Tenho cara- falo pensando um tudo o que falei, nas suas lágrimas em tudo - era ela, e na hora eu gelei, sabe? Não sabia o que fazer, falar, e ela estava tão... A sei lá, mais magra, abatida, cansada e..- faço uma pausa e me recordo de algo que não tinha ligado no momento.

E o quê cara?- Lucas me pergunta, pegando o vinho de minha mão.

Porque que ela estava vestida de faxineira?- falo mais para mim do que para ele.

O que? - ele cospe o vinho que tinha em sua boca- fa.xi.nei.ra? Sério? ela não era jornalista?

Será que ela está bem?- me pergunto a mim mesmo.

Depois do que ela te fez, você ainda se preocupa com ela ?- ele pergunta incrédulo.

Eu não deixei de ser humano Lucas, e eu a amei lembra?- me sento e me apoio na cabeceira da cama- seus olhos me mostravam outra coisa.

Do que é que você está falando? - ele fica sem entender nada.

Esquece...

Nos despedimos e fico pensando no que pode ter acontecido com ela, para ela estar trabalhando como faxineira. Não tenho preconceito  e coisas do gênero, o dinheiro e honesto e integro. Só não entendo o que pode ter acontecido.

Tomo banho, escovo os dentes e me deito pensando nela.



Luccyhan

Amanhã chega e o Rapahel acordou um pouco febril. Dei remédio para ele e a febre amenizou. Ele insistia que tinha que ir a creche e que lá teria o aniversário de uma coleguinha. Gente para mim ele está gostando dessa menina. Só deixei porque ele já estava com um aspecto bem melhor, então deixei ele na creche, mais pedi a professora para qualquer coisa ligar para mim.

Fui para o trabalho, meio receosa por causa do meu filho, e eu estava realmente a começar a adoecer estava me sentido fraca, tonta, mais coloquei o meu filho em meus pensamentos e toquei no trabalho. Depois de 5h limpando chão, esfregando parede e tudo mais, eu estava fora do expediente e fui pegar o meu filho na creche.

Chego lá e fico do outro lado da estrada, esperando tocar o sino, assim que toca eu vi um aglomerado de crianças saindo correndo de um lado para o outro, com balões nas mãos e tudo mais. O transporte coletivo chega e as crianças  que vão com ele iam subindo, eram uns empurrando os outros e de repente eu vejo o meu filho se aproximando cada vez mais da estrada.

David cuidado-  grito para que meu filho ouça e nada- meu deus ele não está habituado a ser chamado assim- Rapahel cuidadoooooooo- e no próximo movimento eu vi um carro passar em uma velocidade e o meu filho jogado no chão.

Só Deus sabe a sensação que senti, sai correndo, sem me importar se seria aproxima a ser atropelada. Chego lá e quase desmaio, o meu filho jogado no chão, com os olhinhos fechados , ele é tão pequeno e senti meu mundo desabar , ele estava sangrando no braço, na cabeça e no joelhos.

Que creche irresponsável, não sabem cuidar das crianças não?- falo berrando para todo mundo - alinha-los para sair, olha o que aconteceu, se acontecer alguma coisa com o meu filho , vocês vão me pagar muito caro.

Não vai acontecer nada com o seu filho- aquela voz que ecoa em minha cabeça, é hino para o meu coração. -vamos levá-lo ao hospital - ele ligou para ambulância e assim que ela chegou eu fui na ambulância e ele com o seu carro.

Chegamos lá e quase tive um treco, era uma clínica e privada. Será que ele não se tocou que eu era faxineira, e que nem trabalhando 10 anos vou conseguir pagar isso.

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