Capitulo 8

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— O que querem? — Jake se preparou para uma suposta segunda briga
— O que queremos? JÁ se esqueceu de ontem, novato? — eram três rapazes. Um deles veio e o empurrou.
— Acho melhor saírem do meu caminho — ele os alertou. Podia facilmente matar todos num piscar de olhos.
— Ou então o que? — continuaram a provoca-lo.
— Vocês tem muita sorte de eu não poder matar todos vocês — Jake sorriu. Um deles olhou para os lados e como não havia quase ninguém ele sacou uma arma que estava escondida em sua cintura.
— O único a morrer aqui vai ser você — o jovem fez uma ameaça.
— Por favor, não atirem — Jake continuou rindo enquanto falava — bom, é só isso? Por que se for já vou indo — ele começou a andar em direção a sua moto que estava próxima a rua perto ao ônibus.

— Atire — o da frente deu a ordem e o armado disparou duas vezes contra as costas de Jake, que parou de andar e se virou lentamente.
— Estou perdendo a paciência — os jovens ao perceberem que Jake não havia caído saíram correndo do local pois os sons dos tiros atraíram a atenção dos alunos dentro da escola. Logo os diretores iriam aparecer também querendo saber quem causou aqueles barulhos. Jake Subiu em sua moto, segurando a vontade de ir atrás daquelas idiotas e a ligou, depois seguiu pela rua se misturando entre os demais veículos. Luna ficou perto a sala olhando a grande movimentação dos alunos por ali, todos falando sobre o baile. Ela tinha total certeza de que não iria, todo ano era assim. Preferia ficar em casa assistindo algo ou lendo um bom livro do que sair para locais movimentados e cheios de barulhos  desnecessários.

— Oi Luna — disse Kathy chegando no local.
— Oi.
— Pensei que tinha ido embora.
— O ônibus não sai agora, se esqueceu? O Jake até que se ofereceu para me levar mas...
— E por que não foi com ele? — Kathy a interrompeu.
— Eu escolhi te esperar.
— Obrigada, mas era a sua grande chance — sua amiga ficou perplexa com aquilo
— De?
— De agarrar ele — ela fez o gesto de duas pessoas se pegando usando as mãos.
— Eu mereço viu.
— Tenho certeza que ele vai te chamar para o baile.
— Não vai não.
— Me espere aqui, vou terminar de ajudar nos enfeites. Estou ansiosa para chegar logo na sua casa.
Luna ficou ouvindo música em sua sala com a cabeça sobre a mesa. Sentiu algo caindo perto a ela e abriu os olhos, tudo a sua volta estava destruído e um cheiro insuportável pairava no ar.

As janelas da sala estavam arrancadas e o céu estava vermelho como sangue, ela levantou-se não acreditando no que os seus olhos viam. A porta da sala estava aberta e as paredes do lado de fora sujas de sangue, um forte vento fez seus cabelos esvoaçarem no ar e após isso ela ouviu o som de corvos por todos os lados, mas não os via em lugar algum.
— Luna, você está bem? — Perguntou Kathy a sua frente a fazendo sair do delírio, ela olhou em volta e tudo estava normal, pela janela viu que a noite  havia tomado conta do céu.
— Sim, estou.
— Então vamos.
— Onde?
— Alô? Está acordada? O último sinal acabou de tocar

— Eu escutei — ela tentou disfarçar enquanto seu celebro tentava entender o que tinha acabado de presenciar. Haviam poucos alunos no corredor e já lá fora o ônibus as esperavam.
— Como foram os preparativos?—perguntou se sentando.
— Foram cansativos e ainda falta muita coisa, o resto da semana com certeza será toda assim.
— Sabe com quem vai ir?
— Ainda não, está muito cedo para os convites. Mas sei que o Jake vai ir com você.
— Já começou outra vez.
Enquanto elas conversavam no ônibus, Jake estava do lado de fora de sua casa conversando com uma jovem de cabelos ruivos.

— Eles logo virão atrás de você e dela — disse a bela mulher.
— Eu sei.
— Isso não é da minha conta, mas por que está protegendo ela? Sua missão não era mata lá?
— Sim, mas algumas coisas aconteceram.
— Tipo? — ela ficou curiosa.
— Prefiro não dizer.
— Bom, você salvou a minha vida uma vez então o que você escolher fazer saiba que estarei ao seu lado, mesmo que isso nos mate — ela sorriu enquanto ambos entravam para dentro da casa.

Meu Vizinho É Um DemônioOnde histórias criam vida. Descubra agora