Capitulo 29

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— Não faço ideia de quem sejam vocês ou quais são suas intenções, mas eu não sou a ameaça aqui, vocês acreditando ou não. Não direi meus planos, apenas saibam que estamos no mesmo barco agora, eu poderia matar um por um nesta casa. Mas isso não me faria ser melhor e nem diferente do quem um dia eu já fui. O inferno pode ser liberto na terra e eu preciso impedir, não por que quero salvar vocês, humanos imundos. Mas por que existe muito mais em jogo do que todos pensam — ele devolveu a arma descarregada para o dono e Luna levantou-se da cadeira.
— O que é você? — o mascarado voltou a perguntar.

— Sou o que eu deveria ser. Agora nos levem até a saída, e não tentem nenhuma gracinha, o meu humor muda muito rápido.
Os quatro da ordem ali presentes se entre olharam mas não esboçaram nenhuma reação violenta, do contrário.
— Venham — pediu Carlos se aproximando do painel perto a porta, ele digitou alguns números e depois de um pequeno bipe ela se abriu, revelando um longo corredor.
— Ficaremos de olho em cada passo seu — falou um deles enquanto Jake e Luna passavam pela porta.
— Não entrando no meu caminho tudo bem, perceberam que não sou fraco como os demônios que vocês estão acostumados a enfrentar.
Eles andaram pelo corredor que possuía várias portas e mais a frente chegaram a outra porta, está era marrom, maior e possuía um olho mágico.

— Esta é a saída — disse Carlos parando de andar e olhando para os dois. Jake tomou a frente e abriu a porta revelando um pequeno jardim verde, mais adiante viu o mesmo portão que havia visto do lado de fora, antes de ser nocauteado pela arma de choque de Carlos.
— Alias, que arma você usou em mim — ele se virou para Carlos.
— Segredo da ordem.
— Na próxima eu te mando para o coma novamente.
— Esperarei ansioso — Carlos sorriu.
Jake e Luna saíram daquele lugar que ficava próximo a casa de Carlos e a noite já havia chegado.
— Me desculpe por não estar lá quando você precisou — eles começaram a caminhar.
— Não tinha como você saber que isso aconteceria.
Seguiram pelo caminho até chegarem próximo a casa de Carlos, local onde Jake havia deixado a moto.
— Suba — ele apontou para ela.
— Onde conseguiu? Essa é diferente da outra — perguntou Luna enquanto subia.
— Comprei — ele riu e fez o mesmo — segure-se firme em mim. Mas nada de aproveitar hein.



OS DEMÔNIOS NA FLORESTA


Na rua de sua casa, Luna e Jake desceram da moto e foram em direção a porta, bateram e foram atendidos por sua avó que deu um longo abraço em Luna enquanto olhava para Jake, ainda com desconfiança.
— Onde estava, meu anjo?
— Desculpa vovó. Eu tive que sair para ir na casa de uma amiga e não tive tempo de te avisar.
Sua avó sabia que era mentira mas decidiu deixar as coisas assim, o mais importante era que ela estava salva e segura como Jake disse que a traria.
— Já vou indo, tenham uma boa noite — ele se despediu.
— Você também — respondeu Luna.

Nas horas seguintes ela jantou, tomou banho e foi para seu quarto dormir. Jake estava no quarto a sua espera, ele andou até ela e a beijou varias vezes.
— Jake — ela tentou empurra-lo.
— O que? — ele olhou em seus olhos.
— Me diga a verdade, o que você é?
Ele se afastou dela e andou ate a janela.
— Um demônio, um ceifeiro e agora o seu namorado.
— Você não é um demônio, eles me disseram que você é outra coisa. Algo mais poderoso e diferente.
— Eles não sabem de nada, como eu disse antes, eu sou o que deveria ser. Agora durma.

Luna andou até ele e o beijou uma última vez antes dele pular, em seguida ela ficou de frente para o espelho olhando a si mesma antes de decidir se deitar.
— Luna — uma voz fria chamou o seu nome, como em seus sonhos. Ela virou-se-se lentamente e perto a porta viu uma figura imóvel a encarando. O seu coração acelerou e ela só conseguiu dizer uma única palavra.

— Mãe?

Meu Vizinho É Um DemônioOnde histórias criam vida. Descubra agora