Capítulo 7

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Caleb acordou no dia seguinte e foi diretamente para o banheiro fazer sua higiene matinal. Ezra e as meninas já se encontravam acordados, e pelo barulho, supôs que todos estavam na cozinha. Olhou para o espelho e se espantou com o roxo em volta do seu olho, passou o dedo de leve sentindo o inchaço.

Caleb: Droga! – Se encaminhou para a cozinha, arrastando os pés de tanta preguiça.

Hanna: Oh, Deus. O que aconteceu, Caleb? – Hanna logo notou o hematoma e se aproximou, olhando de perto.

Caleb: Ah, não foi nada demais. Somos masoquistas.

Aria: Jura que vocês quase se matam quando fazem sexo? – o queixo dela caiu involuntariamente.

Caleb: Ás vezes, não é sempre querida. – Caleb sentou e cruzou as pernas como uma mulherzinha.

Ezra: É só pra dar uma apimentada na relação. – Ezra completou, segurando a risada.

Caleb: Incomodamos muito com os gemidos? É que não deu pra controlar, sabe?

Aria: Sei. Posso te fazer uma pergunta?

Caleb: Claro safadinha, já até sei o que quer perguntar.

Aria: Ufa. Então não vai se magoar. Sofre de ejaculação precoce? - Aria se esticou um pouco sobre a mesa, como se não quisesse falar muito alto. A questão é que todos haviam ouvido.

Caleb: OH, isso? – ele arregalou os olhos – Claro que não, querida.

Aria: Supomos isto porque você gozou tão rápido.

Caleb: Prestaram atenção até nas nossas palavras? Meninas! Vocês precisam de namorados.

Hanna: Também acho. – Suspirou frustrada.

Caleb: Lhe ajudaremos com isso, né amor?

Ezra apenas consentiu. Era o último sábado do mês. Dispensas vazias. Mercado. Compras. Era o que os quatro jovens iriam fazer. Com um carrinho cada casal seguiu para uma ala. Caleb e Hanna estavam na de frutas e temperos. 

Hanna: Preciso pegar alguns temperos verdes. – Ela se encaminhava em direção aos temperos, quando esbarrou em um homem – Oh, me desculpe.

Xxx: Sem problemas. – O homem "atropelado" sorriu para ela. Ombros largos, peitoral definido, loiro e dono de olhos azuis, era o tipo de homem que deixava qualquer mulher de boca aberta.

Hanna:
Acho que eu estou no céu. – sussurrou.

Xxx: Como? – ele franziu o cenho.

Hanna: Nada, nada. Eu sinto muito pela trombada.

Xxx: Já disse, não tem problema. Acho que foi o destino.

Hanna:
Jura que você acredita em destino também?

Xxx: Quem seria o bobo que não acredita? – mordeu o lábio inferior. Hanna sentiu suas pernas tremerem na base, e de longe, Caleb assistia tudo. Um pouco desconfortável com a situação ele se aproximou.

Caleb: Algum problema aqui?

Hanna: Não, muito pelo contrário. – Esboçou um sorriso e o homem pareceu um pouco descontente com a chegada de Caleb, coçou a cabeça e o cumprimentou.

Xxx: E aí cara, beleza?

Caleb: Beleza.

Xxx: Sua namorada só esbarrou em mim e...

Hanna: O Caleb? – gargalhou – Não, ele não é meu namorado.

Xxx: Jura? – sorriu aliviado.

Hanna: Juro. Caleb é apenas um amigo, e gay ainda por cima.

Caleb: É, muito gay. – Caleb falou sério encarando o rapaz.

Xxx: Oh, sim, claro. O jeitinho parece mesmo. Não sei como eu pensei o contrário.

Caleb: O que você disse meu filho? O que tem meu jeito, hein? O que tem de errado?

Xxx: Sei lá. Gays tem o seu jeitinho exclusivo né? Algo do tipo, não quis lhe ofender.

Caleb:
Arran, sei.

Hanna: Caleb! – o repreendeu.

Caleb:
Hanna! – ele fez uma careta e saiu de perto dos dois.

Xxx: Então a senhorita se chama Hanna?

Hanna: Sim, prazer. – estendeu a mão.

Xxx:
Ricardo. – segurou a mão dela delicadamente e a levou até a boca, depositando um beijo. – Seria muito errado eu lhe pedir o número do seu celular?

Hanna: Seria errado se você não pedisse. – sorriu abertamente, ele também. – Anota aí.

Depois de passar o número para o rapaz e de conversar mais alguns minutos com ele, Hanna voltou a se aproximar de Caleb. 

Caleb: Até que enfim você veio me ajudar.

Hanna: Tá muito difícil aí? – Pegou a lista de coisas na mão dele.

Caleb:
Não muito, mas... Deixa quieto.

Hanna:
Adivinha só? – ela não conteve a euforia.

Caleb: O quê?

Hanna:
Eu vou sair com o bonitão.

Caleb: Ele nem é tão bonito assim.

Hanna:
Fala sério Caleb, ele é melhor do que um príncipe encantado.

Caleb: Só porque ele tem um rostinho bonito?

Hanna:
Aí, ta vendo? Ele é lindo.

Caleb:
Cuidado se enganar com as pessoas, Han. Nem sempre somos, o que aparentamos ser.

Hanna: Nem você vai conseguir acabar com a minha felicidade. – mostrou a língua. – Vamos terminar logo com isso, Aria e Ezra já devem estar terminando.  

Homens em Anonimato - Ezria & Haleb (EDITANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora