Capítulo 18

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Ezra e Aria caminhavam pela mata quando ouviram o barulho do motor do iate. Ele havia sido ligado, e pelo que parecia estavam prestes a sair.

Aria: Vamos logo Ezra, eles devem estar nos esperando. ― Apressou os passos, o que não foi suficiente. Ao chegarem na praia avistaram o iate já distante.

Ezra: HEEEEEEEEEY, AQUI!!! ― Ezra berrou e começou a pular para chamar a atenção.

Aria: ALOOOOOOOOO GENTE, SOCORRO. NÃO DEIXA A GENTE AQUI.

Nenhuma resposta foi recebida. Ezra colocou a mão sobre a testa tapando a luminosidade do sol e forçou as vistas para enxergar. Não havia ninguém na parte externa do iate.

Ezra: Que estranho, não tem ninguém do lado de fora.

Aria: TEM GENTE AQUI, TEM GENTE AQUI. ― Aria pulava indo em direção a água. Deixou o chinelo para trás e adentrou o mar.

Ezra: VOLTA ARIA, NÃO ESTÁ VENDO QUE ELES ESTÃO MUITO LONGE?

Aria: EU TO VENDO É VOCÊ CALMO DEMAIS, VAMOS MORRER AQUI. ― Desistiu de seguir em frente ao vê a barbatana de um tubarão não muito longe do iate. Ela veio voltando para trás, ainda de costas. ― AIIIIIII. ― Gritou.

Ezra: Aria? ― Ezra correu em direção à morena. Ela mancava em direção a areia. ― O que aconteceu?

Aria: Meu pé, eu pisei em um ouriço do mar. ― Deixou-se cair sentada sobre a areia e mostrou o pé a Ezra. As espículas acumuladas estavam fincadas no pé.

Ezra: Oh céus, Aria. Esse bicho é...

Aria: Venenoso, eu sei. ― Jogou a cabeça para trás e gemeu de dor.

Ezra: Eu vou precisar tirar isso do seu pé. ― Ele a olhou aflito e ela arregalou os olhos.

Aria: Não Ezra, isso vai doer. ― Seus lindos olhos se alagaram em lágrimas.

Ezra: É preciso. Se deixar aí vai infeccionar.

Aria: Por favor, tira com cuidado. ― Soluçou.

Ezra: Respira fundo. ― Ele disse e ela inspirou o ar. Ezra puxou a primeira espícula.

Aria: AAAAAAAI, SOCORRO. ― Mais lágrimas jorraram pela face de Aria. ― Isso dói demais. ― Levou as mãos no rosto, chorando.

Ezra tirou outro, e outro e outro, até ter limpado completamente o pé de Aria. A levou até o mar e colocou o pé da mesma na água salgada. Mais motivo de choro.

"Oh céus, por que esquecidos? Por que um incidente nessa situação?" - Ele pensou

  Já estava escuro. Ezra havia acendido uma fogueira com o isqueiro que havia em sua bolsa. Retirou sua camiseta e abraçou Aria em seu colo. Ela estava febril, e o calor de seu corpo talvez a fizesse soar.

Aria: Ezra? ― Ela sussurrou de olhos fechados.

Ezra: Estou aqui.

Aria: Eu sei. ― Ela sorriu fraco. ― E se não encontrarem a gente?

Ezra: Vão encontrar. Te prometo, você vai ficar bem. ― Ele beijou a testa quente dela.

Aria: Sempre achei um desperdício você ser gay. ― Confessou e manteve o sorriso nos lábios. ― Você é muito gato e me surpreendeu naquela cachoeira. Eu sempre achei que gostava de você.

Ezra: E descobriu que não gosta? ― Ele engoliu seco e ela abriu os olhos, encarando-o.

Aria: Não... Eu amo você. ― Sorriu. ― Achei que você precisava saber, caso eu morra aqui...

Ezra: Shiu! Eu te amo, e você não vai morrer, eu te juro, Aria. ― Colou sua testa a dela. Um choque térmico ocorria entre suas peles. ― Eu te amo. ― Sussurrou e roçou seus lábios ao dela. Aria abriu-os dando passagem a sua língua e os dois se beijaram. Um beijo calmo, terno. Talvez a situação houvesse apenas esclarecido a realidade para ambos. Todas as implicâncias, as combinações e até mesmo as diferenças deixavam claro, era amor, sempre foi.

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Reta final da fic!! Só faltam mais 4 capítulos para acabar e segunda dia 15 "entre 2 Razões" volta a ativa. Me digam o que estão achando. Comentem!!

Homens em Anonimato - Ezria & Haleb (EDITANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora