Capítulo 8

1K 82 17
                                    

Do outro lado do mercado Aria pediu para Ezra pegar uma garrafa de refrigerante enquanto analisava a lista em sua mão.  Os refrigerantes estavam amontoados por um pedaço de madeira extremamente fino. Ao pegar uma das garrafas o pedaço de madeira cedeu, deixando algumas garrafas cairem no chão, estourando-as.

Ezra: Maldito seja! – rosnou.

Aria: Ezra!

Ezra:
Por que fazem isso com os refris? Olha o que acontece.

Aria: Haha, você é destrambelhado.

Ezra:
A culpa não foi minha, esse troço ai que não sustenta nem o peso de uma formiguinha.

Aria:
Acho que eles fazem isso de propósito, né? – ela disse risonha. As pessoas que estavam próximas os encaravam.

Ezra:
Você acha? Eu tenho certeza! Mas sei como me vingar.

Aria: Como?.

Ezra:
Vamos colocar o litro no carrinho e vamos andar com ele pelo supermercado inteiro. Vamos sujar isto tudo de Coca-Cola.

Aria:
Você é tão infantil.. Mas eu aceito. – sorriu abertamente e levou a garrafa até o carrinho.

Ezra saiu correndo com o carrinho pelo estabelecimento. Depois foi a vez de Aria. Ambos rodaram com o mesmo pelo supermercado inteiro.

Xxx: Tem algo vazando do carrinho de vocês. – uma mulher os alertou.

Ezra: Sim, é que eu deixei cair e estou levando para o caixa para efetuar o pagamento do produto.

Xxx: Ah sim. – a mulher sorriu e se afastou deles.

Aria: Acho que é melhor a gente parar por aqui, antes que eles no expulsem.

Ezra: É, eu vou lá pagar. Termine de pegar as coisas.

Aria: Ta certo. – ela sorriu – Ezra?

Ezra: Oi? – ele a olhou.

Aria: Obrigado pelas risadas. Você é demais.

Ezra: Sou?

Aria: Uhum, e não vai se achar por isso hein.

Ezra: Jamais. Até porque eu não me perdi. – ele beijou o próprio ombro e saiu desfilando.

Aria: Gay! – ela gritou rindo.

Ezra: Invejosa! – ele lhe mostrou a língua e sumiu curvando em direção a outra sessão.   

Assim que voltaram para casa, Hanna recebeu o telefonema do rapaz do supermercado. Esboçou um sorriso e andou de um lado para o outro estendendo uma conversa com o mesmo. Caleb não gostou muito daquilo, porém não tinha motivos para se rebelar, afinal, eles eram apenas amigos.

Hanna: ISSSSOOOOOOOO! – Comemorou, saltitando pela casa – Eu tenho um encontro marcado.

Ezra: Oh querida, fico feliz por você. Agora pare de saltar, isso me lembra o Bambi. – Ezra falou e Aria riu alto.

Hanna: Vocês deveriam estar gritando, pulando, se jogando de um precipício.

Aria: Por que deveríamos?

Hanna: Porque são meus amigos, oras. E eu vou sair com o gostosão da mercado, gostosão do mercado. – Começou a dançar loucamente na sala – Gostosão do mercado.

Caleb: Não sei o que você viu naquele cara. Ele só quer te levar pra cama.

Hanna: Deixa de idiotisse Caleb, ele é muito lindo.

Caleb: Mas não tem conteúdo nenhum. – Caleb recebeu um olhar apreensivo de Ezra e deixou-lhe que suas mandíbulas tensas se relaxassem.

Hanna: Você nem o conhece para dizer isso. Está é com inveja porque aquele pedaço de homem não é gay.

Caleb: Eu realmente preferiria que fosse.

Hanna: Mas não é. Não venha secar os meus homens, até porque você já tem o seu. – Apontou com a cabeça para Ezra.

Ezra: O que tem eu? – Ele perguntou sendo observado por todos.

Aria: Não liga amiga. São duas bichas ridículas, estou feliz que tenha um encontro marcado. – Aria se encaminhou até Hanna e a abraçou.

Hanna: Espero que ele seja o cara certo. – Suspirou.

Caleb: Você vive mesmo nesse conto de fadas né? Sério Hanna, cresce.

Hanna: O quê? – Ela se desvencilhou do abraço de Aria e saiu pisando forte até Caleb. – O que tem de errado com você Caleb?

Caleb: Eu que deveria perguntar. O que tem de errado com você? – Ele se levantou da cadeira deixando que a mesma arrastasse no piso de granizo, causando um barulho estrondoso.

Aria: Gente calma.

Hanna: Calma nada Aria. Você ouviu o que ele disse? Ele praticamente me chamou de iludida.

Caleb: Mas é isso que você é. Deixa de ser otária e perceba logo que não vai parecer nenhum príncipe montado em um cavalo branco. Ninguém é perfeito Hanna.

Hanna: Existe alguém neste mundo que é sim, perfeito para mim. E se não acredita nisso, dane-se sua bicha estúpida. – Encaminhou-se até seu quarto e entrou batendo a porta.

Ezra: Mas o que foi isso? – Ezra cochichou com Aria.

Aria: Não sei.

Caleb: To de TPM merda, me deixem. – Caleb saiu pisando forte e também adentrou seu quarto, batendo a porta.   

Homens em Anonimato - Ezria & Haleb (EDITANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora