Depois do filme ter acabado e do assunto também ter chegado ao fim, eles se encontravam esparramados pelo chão da sala, em silêncio. Hanna então decidiu fazer o jantar e Aria foi ajudar. Ezra e Caleb decidiram tomar banho. Ezra demorou eternidades no banho o que fez Caleb ter que ficar esperando no quarto e as meninas desconfiarem do que eles realmente estavam fazendo.
Hanna: Vocês demoraram no quarto, o que estavam fazendo? – Ela arqueou as duas sobrancelhas maliciosamente quando os dois cruzaram a posta da cozinha. Aria que estava sentada na cadeira a observando cozinhar soltou uma risada baixa.
Caleb: Nada demais queridinha. – Entortou a mão e riu baixinho.
Ezra: O cheiro desta comida está ótimo. – Sentou-se perto de Aria e cruzou as mãos sobre a mesa. Ela fungou o ar, como se buscasse por um cheiro e avançou seu corpo perto ao de Ezra, especificamente, perto de seu pescoço.
Aria: Que maravilha o seu perfume. É muito cheiroso.
Ezra: Fico feliz que tenha gostado. – o queixo de Ezra caiu com a proximidade de Aria e ela o encarou.
Caleb: Nós tomamos banho juntinhos, só assim pro Ezra ficar cheirosinho, eu esfrego bem ele. – Caleb falou ao perceber o clima. Não poderia dar bandeira. Ezra balançou a cabeça acordando do transe e Aria sorriu amarelo, coçando a cabeça.
Hanna: Mais especificamente, se esfregando nele, não? – Falou risonha.
Caleb: É, mais o menos isso. – Caleb enfiou dedo na garganta, como se provocasse vômito. Claro, sem que as meninas o vissem.
Hanna: Já está pronto. – Hanna lavava a mão na pia – Vamos jantar, ainda tenho um trabalho da faculdade para terminar e entregar amanhã.
Caleb: Eu posso te ajudar?
Hanna: Claro. – ela sorriu.
Aria colocou os pratos e copos sobre a mesa, eles se serviram e jantaram juntos, em silêncio. Depois de uma hora à toa, ela decidiu desenhar alguns vestidos, pegou seus materiais e foi para a sala, onde Ezra estava deitado, pensativo.Aria: Sonhando acordado? – ela falou analisando-o.
Ezra: É. – sorriu sem olhá-la – É a vida.
Aria: Se eu tiver incomodando, é só avisar. – ela espalhou algumas folhas sobre a mesinha e ele se virou, olhando-a.
Ezra: Você nunca atrapalha princesa.
Aria: Se você não fosse muito gay, diria que esta seria uma tentativa de cantada. – ela gargalhou.
Ezra: Ainda bem que sou gay, né?
Aria: Ainda bem. – ela começou a desenhar algo, sem desmanchar o sorriso de seu rosto.
Ezra: Aonde aprendeu?
Aria: A desenhar?
Ezra: Não. A ser perfeita assim...
Aria: Hã?
Ezra: To brincando menina. – ele riu – É a desenhar mesmo. – tentou fugir da cilada.
Aria: Ah sim. – ela sorriu – Não sei, eu apenas gosto de desenhar.
Ezra: Posso vê alguns já feitos?
Aria: Claro! – ela tirou alguns prontos de sua bolsa e entregou na mão de Ezra, que sentou-se para melhor analisá-los. – E então? - Ezra estava tentando entender qual o gosto das mulheres para aqueles trapos. Ele estava satisfeito com uma calcinha e um sutiã, ou quem sabe, nem um pedaço de pano.
Ezra: Estão ótimos, você desenha muito bem. E tem uma criatividade divina.
Aria: Jura? – Ezra assentiu e sorriu como um anjo – Nossa! Se um gay aprovou as minhas roupas eu vou me dar muito bem. – ela vibrou.
Ezra: Por que? – ele franziu o cenho confuso.
Aria: Ah fala sério! Vocês gays são muito críticos.
Ezra: Já conviveu com outros gay's Aria Marie? Nos conhece tão bem. – balançou as pernas e sorriu sem mostrar os dentes. Cena extremamente gay.
Aria: Sim, eu já tive um amigo homossexual, mas ele se mudou para o Rio.
Ezra: Hm, explicado.
Aria: Você não me parece muito animado para o primeiro dia de aula.
Ezra: Estou muito. Preciso checar as gatinh... os gatinhos.
Aria: E o Caleb, hein?
Ezra: Namoramos. Isso não me impede de olhar para outras bundas.
Aria: Bunda de homem é uma delícia né? Eu sempre olho para as bundas.
Ezra: E a minha? O que você acha? – ele se levantou, colocando as mãos no encosto do sofá, ficando de costas para ela.
Aria: Ai seu bixa, sua bunda é gostosa. Assim me dá tesão. – ela brincou.Ezra: Ui, danadinha. – riu escandalosamente e se sentou novamente.
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Caleb: Nossa, são muitas folhas. – Falou com as folhas do trabalho de Hanna em mãos. Ele estava sentado na cama, e ela de bruços mexendo no notebook.
Hanna: Ainda falta mais querido, falta muito.
Caleb: Já estou ficando com medo da palavra faculdade.
Hanna: Amanhã é o seu primeiro dia, ansioso?
Caleb: Medroso, serve?
Hanna: Serve. – ela riu e olhou para ele fixamente.
Caleb: O que foi?
Hanna: O que foi o quê?
Caleb: Está me encarando.
Hanna: Você é tão bonito.
Caleb: Eu sei.
Hanna: Convencido. – ela gargalhou.
Caleb: Mas gosto que me ache lindo.
Hanna: Gosta?
Caleb: Muito. Também te acho linda.
Hanna: E possivelmente gostaria de ter peitos e bunda grande.
Caleb: Óbvio que sim. – ele se levantou e começou a andar de um lado para o outro como se desfilasse – Um dia ainda vou colocar silicone e fazer cirurgia para virar um travesti. Vou implantar um cabelo loiro, usar batom vermelho, maquiagem forte, mini saia e top, sem falar no salto alto. Uma verdadeira periguete - Hanna ria descontroladamente, seus olhos até se marejaramHanna: Ai Caleb, por favor, não me mate.
Caleb: Qualé. Só porque eu vou ser mais linda e gostosa que você. – ele se deitou ao lado dela.
Hanna: Aposto que sim. – ela enxugou as lágrimas em seus olhos.
Caleb: Está vendo? Está até chorando de decepção. Coitadinha. – ele a abraçou aproveitando da situação. – Não chore querida, eu ainda vou deixar alguns homens para você, ta? Mesmo que eles apenas me queiram, eu peço pra eles ficarem com você.
Hanna: Você vai ser mesmo uma periguete, vai ficar com vários? E o Ezra? – Hanna voltou a crise de risos.
Caleb: Penso nisso depois. Posso ter vários sou gay, se lembra?
Hanna: Sempre me foge da cabeça. – ela riu e mordeu o lábio inferior – Vem, me ajuda a terminar este trabalho.
Os dois ficaram de bruços novamente mexendo no notebook. Enquanto Hanna lia alguns textos, Caleb parava para observá-la. Tão linda, doce e simpática. Ela era realmente encantadora, e ele sabia disso.
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Homens em Anonimato - Ezria & Haleb (EDITANDO)
ComédieElas são donas de um imóvel em São Paulo, moram juntas há dois anos e resolveram dividir o apartamento com mais duas pessoas. Eles são novos na cidade e procuram por uma república para pouparem dinheiro. Elas por um grande engano acreditam que eles...