CINZAS DA PAIXÃO (POSTADA NOVAMENTE)

OUTRO AMOR

JAYDEN

Não era minha intenção a tratar da forma que fiz. Mais a raiva foi tão grande que eu não pensei em nada. Os problemas com Cassandra andavam me rondando e saber que Poebe me ignorou pra falar com seu ex, não ajudou em nada, eu tinha que me acalmar e volta pra casa, nada era um engano e tudo tinha uma explicação. Voltando ao nosso apartamento, eu vi apenas a luz do nosso quarto acesa, e pelo que indicava ela não tinha notado a minha presença. Caminhei até o quarto que estava com sua porta meio aberta, Poebe estava sentada em nossa cama, com o olhar para o nada. Rapidamente eu me sentei ao seu lado e puxei suas mãos nas minhas. Nossos olhos se encontraram mais ela não disse nada.

-Me desculpa, eu fui um grosso com você e sinto muito. -Um sorriso triste apareceu em seu rosto, e isso mexeu comigo, eu não tinha ideia do que estava passando em sua cabeça, mais não era nada bom.

-Houve muitas entregas hoje, meu celular estava desligado para que eu não perdesse tempo, quando tinha chegado a hora do almoço, eu pulei para terminar o serviço logo e voltar mais cedo pra casa, infelizmente não deu certo. Depois Eric apareceu por lá e quis conversar comigo, eu aceitei e depois de um tempo, eu pedi pra vir embora, foi aí que ele me trouxe. -Passei meus braços em sua volta e a abracei, ela era meu porto seguro e a pessoa que me transmitia calma. Senti seu cheiro foi tudo que eu precisei para falar tudo que eu precisava sem a magoar.

-Eu confio em você meu amor, desculpe o meu excesso de raiva, estou passando por problemas na empresa e acabei despejando minha raiva em você. Desculpe. Prometo não fazer mais nada assim, eu juro. -Comecei a beijá-la, e senti seu gosto que eu tanto gostava.

-Posso ajudar? -Ela sussurrou baixinho perto do meu rosto.

-Ajudar em quê?

-No seu problema na empresa Jayden, você acabou de dizer que esta passando por problemas lá.

-Claro a empresa, não querida, obrigada mais não precisa, logo eu estarei com tudo sobre controle não se preocupe. -Mesmo tentando, meus pensamentos não saiam de Cassandra, o que ela quis me dizer?

-Você gosta de mim Jayden? -Sua pergunta me pegou de surpresa, Poebe não era burra, ela sabia que eu estava desligado em nossa conversa, e eu não tinha como explicar isso.

-Ei, claro que eu gosto, você é incrível, inteligente, eu adoro você querida, é a pessoas mais bondosa que eu conheço. -Sorrindo eu lhe beijei novamente.

-Jayden. . Eu queria saber se você... -Ela não terminou, bem no momento meu telefone começou a tocar no bolso, puxando o rapidamente, vi o nome de minha mãe.

-Pode atender, eu vou molhar o rosto pra dormir. -Vi até que ela entrou no banheiro com o mesmo olhar perdido, mais eu não entendi o porque, eu já tinha pedido desculpas.

POEBE

Senti um alívio quando fechei a Porta do banheiro e escorreguei até cair no chão.Eu não precisava mais de nenhuma palavra para saber que ele não me amava, não dá forma que eu esperava. Por um momento, eu fiquei feliz por ele está sentindo ciúmes de mim, mais quando notei que sua raiva era por outra coisa, a faísca que eu tinha de esperança, evaporou por completo.Eu não sabia o que fazer... Os minutos estavam passando, limpei meu rosto rapidamente antes de sair e ele perceber meu estado. Eu não queria sua pena. Ele não estava no quarto, provavelmente estivesse na varanda. Subi na cama e me aconcheguei em meios aos lençóis tentando não chorar mais.

-Era minha mãe. -Virando eu o vi entrar.

-Hum, está tudo bem?

-Sim, ela só queria me lembrar que amanhã é aniversário dela, vai ter um jantar lá. Eu estava lembrando, só que minha mãe acha que eu sou esquecido de tudo. -Ele riu mais sem muita vontade, era estranho, deitada de lado, eu não o vi mais, apenas ouvia sua voz.

-Certo, vou pra casa de Jenny então, passo a noite lá e volto no outro dia, não tem problema. -Fui puxada para seus braços tão rápido, que nem o tinha notando subir na cama, ele tinha tirado sua camisa e eu pude sentir seu corpo quente em minhas costas.

-Que história é essa de dormir na casa de Jenny? Você vai comigo. -Virei o olhando nos olhos.

-Sua mãe não me suporta Jayden, é seu aniversário e tudo que ela não vai querer de presente é ver meu rosto lá, não vou ser desagradável onde não sou bem vinda.

-Você vai comigo eu já te disse isso, é minha namorada e eu gostando de você é o que basta. Minha mãe não tem que te aceitar, ela não manda em nossas vidas, ela sabe que você estará a meu lado onde eu for. -Eu queria acreditar nele, mais depois de hoje estava tão difícil.

-Se você diz, tudo bem eu vou. -Eu não ouvi mais nada, apenas senti suas mãos firmes se infiltrarem dentro da minha blusa, eu o amava tanto que todas as vezes que sentia seu toque, meu coração de enchia ainda mais em saber que alguém tinha esse sentimento por mim. Beijei sua boca, puxando seu cabelo sem desgrudar dele. Meu peito estava cheio de felicidade mais ao mesmo tempo, chorando por medo de perdê-lo. A essa hora, minhas roupas já estavam fora e eu o sentia me dominar, ali no meio da nossa cama, não existia dor, medos, apenas o prazer que nossos corpos sentiam quando estavam se amando. O suor escorria de nos e seu cheiro era completamente inebriante. Chupei sua língua na minha e mordi o canto de sua boca, era entranho mais eu me sentia nervosa... Como se algo ruim fosse acontecer.... Como se tudo fosse acabar. Meus olhos se encheram de lágrimas e seus movimentos dentro de mim.. Pararam, seus dedos limparam minhas lágrimas e com preocupação ele me olhava bem ali.

-Machuquei você? Desculpe-me. -Solucei e neguei com a cabeça, as palavras não saiam.

-Amo tanto você.. Tanto... -Juntei nossas bocas sem deixá-lo falar, era nossa noite juntos... E eu não sabia porque mais algo me dizia que seria a última.

****

Por incrível que pareça, Alice não me tratou mal, e eu esperava sinceramente que pudesse durar a noite toda. Estávamos na sala, Henrique conversava animadamente com Jayden que estava ao meu lado, já sua mãe, não dizia nada enquanto apreciava uma taça de vinho em seu lugar. Ouvi passos rápidos, e assim como eu todos olharam para frente, uma linda jovem loira, apareceu com outra senhora ao lado. Eu não entendi o espanto de todos, foi aí que eu notei Jayden paralisado enquanto a olhava. Sua mão soltou a minha quando ele me largou e correu em direção à mulher.

-Não... É mentira... -Lágrimas desciam de seus olhos, e vi sua mão tocar o rosto dela. A mesma fez o mesmo e parecia tão emocionada como ele, me deixando sem entender nada no meio deles.

-Jayden...

-Não pode ser, isso não está acontecendo. -Henrique sussurrou, cobrindo a própria boca, eu queria gritar e perguntar o que estava acontecendo, mais eu não me atrevi.

-Diana...você está viva, viva.. Como? -Foi como levar um tapa forte no rosto. Sua noiva. Ela não estava morta, ela estava viva... mais viva do que nunca.

ALICE

Diana tinha sido esperta quando fez tudo isso, ela queria chocar o coração do meu filho e isso tinha que ser na presença da imunda garota. Vi quando Jayden a largou e correu para os braços de quem ele realmente amava, seria um pouco difícil explicar tudo a ele, mais eu sabia bem que ela tinha competência para isso. Sem perder tempo, eu fui até ela e sem uma palavra apenas a levei pelo braço, o choque pegou todos desprevenidos e ninguém notou nossa saída.

-Como?Como ela pode está viva?

-Estando. -Falei seria em meio à cozinha. A garota teve a petulância de tentar passar por mim, mais a puxei novamente.

-Tenha um pouco de dignidade e vá embora daqui. Acabou o teatro do meu filho com você, ela voltou e eu não acredito que ele manterá você agora. Está descartada.

-NÃO! Eu preciso falar com ele.

-Ficou bem claro lá fora de quem ele gosta. -Vi lágrimas em seus olhos, meus seguranças se aproximaram quando fiz sinal para eles. Eu precisava está presente na sala, e o lixo tinha que ser jogado fora.

-JAYDEN, ELE PRECISA DE MIM! EU SEI QUE ELE ESTÁ...

-Ele nunca precisou de você minha cara. A tirem daqui. -Falei e me virei, eu não precisava de um show de pobreza por hoje. Longe.. ouvi seus gritos quando eles a tiraram.

NÃO... EU NÃO VOU EMBORA!! -E tudo sumiu, quando vi os lindos e apaixonados, em um abraço emocionado na sala.