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Eu me chamo Maia, Maia Rodrigues Benneti e tenho 18 anos, bem eu vou fazer 18 anos mês que vem, mas não importa, eu tenho 18! Minha família não é muito grande, tenho o meu pai e minha irmã, ela se chama Zara e tem 16 anos.

Mas, e minha mãe? Eu estou no enterro dela nesse exato momento. Parece meio dramático mas ela foi assassinada por uma quadrilha muito perigosa do meu bairro porque meu pai é sócio majoritário de um banco muito grande e famoso, o que nos faz ser uma família muito rica, e nos põem em perigo.

Ela saiu dizendo que ia em uma amiga, mas eu sabia que era mentira, ela ia acabar de arrumar os últimos detalhes para uma festa surpresa para mim. Eu queria ir junto só para ter certeza absoluta, mas ela me disse para ficar em casa e ajudar Zara em um trabalho de filosofia. Eu nem sou boa em filosofia.

Então o telefone da sala tocou, eu lembro que a empregada estava de férias e eu desci as escadas correndo para atender, então era meu pai e ele me disse "Mai, aconteceu um acidente com a  mamãe, vem pro hospital agora.", eu nem fiz perguntas, apenas peguei a Zara e fomos.

Quando chegamos lá meu pai estava com o rosto inchado e vermelho, ele estava de terno pois naquele momento era para ele estar trabalhando, ele nos abraçou então disse a pior notícia que eu poderia receber na vida: "Sua mãe morreu."

Eu pensei ser mentira, mas no momento em que a vi naquela maca totalmente sem vida eu surtei. Eu chorei e gritei como nunca tinha feito na vida. Foi a pior dor que já senti. Eu queria ir junto.

Foi naquele momento que eu percebi que aquela velha frase "Você sempre aguenta mais do que pensa aguentar" faz sentido. E agora depois do velório eu aguentei vir ao enterro.

Eu não queria estar aqui, não porque eu não amo a minha mãe, mas porque para todos os lugares que eu olho eu vejo pessoas riquinhas que nunca perderam nada e tem tudo o que querem dizer que entendem a minha dor, principalmente Ágata, uma menina metida da minha antiga escola que eu odeio. Nem sei o que ela faz aqui.

Depois que meu pai ficou rico a nossa segurança ficou comprometida, então ele me colocou em uma escola particular, quando entrei eu conheci Ágata, ela tinha a minha idade e era novata ali também, viramos melhores amigas pois eu não era uma riquinha mimada e metida e ela também não.

Depois de um tempo ela mudou, ficou como todos os outros e eu sozinha, até que conheci uma pessoa, ele era especial, me tratava bem e nós começamos a namorar. Era tudo muito perfeito e as mil maravilhas, até que eu peguei ele aos beijos com a Ágata, a gente ia fazer um trabalho juntos, eu desci pra pegar água e quando voltei eles estavam no maior amasso. Desde aquele dia eu odeio eles e ela me odeia, já ele foi pra outra cidade fugindo da briga. Ele nem tentou se desculpar. Fiquei sabendo um tempo depois que ele me traía à muito tempo.

Depois que isso aconteceu eu não quis mais nada com ninguém, o que me faz ser uma virgem de 18 anos. Virgindade pra mim nunca foi um problema ou vergonha, vivo perfeitamente com ela e não quero que ela vá embora com qualquer um como o meu ex.

—Tudo bem— meu pai diz ao meu lado no celular, estamos abraçados enquanto jogam terra no túmulo da minha mãe —vou levar ela... muito abalada como todos nós... tudo certo... obrigado sargento Dantas— Dantas, o cara que está ajudando a encontrar os assassinos da minha mãe —filha,— ele diz baixo chamando minha atenção assim que desliga o celular —temos que ir à delegacia.

—Pode ser depois que acabar?— meu olhos estão tão vermelhos e meu rosto tão inchado que não consigo fazer nenhuma expressão.

—Pode filha— ele diz e me abraça mais forte.

Ele faz o que pode mas mesmo assim não é muito presente. Eu entendo o lado dele, tem muito trabalho para sustentar a família, e deve estar sofrendo muito também, já que minha mãe foi a única mulher de sua vida e mãe de suas filhas.

O enterro acaba, meu pai vai pegar seu carro e Zara chega perto de mim.

—Ela amava orquídeas— ela diz dando uma fungada, olho para ela e percebo o quanto somos iguais e diferentes ao mesmo tempo.

Zara tem 1,50 de altura, já eu 1,60, ela tem o corpo dos sonhos, já eu sou magra, ela tem cabelos pretos e olhos verdes, já eu cabelos loiros mas os olhos são um simples castanho, só que somos duas retardadas, teimosas, desconfiadas e talvez corajosas.

—Vamos colocar várias então— digo e olho pra ela —eu te amo— digo e a abraço.

—Também te amo.

Meu pai chega com o carro e entramos. Chegamos a delegacia vinte minutos depois.

—Dantas— meu pai aperta a sua mão.

—Encontamos eles— Dantas diz ao abrir uma porta —são quatro— nós ficamos em pé, tem uma sala a nossa frente e a única divisa é um vidro —esse é Luís— Luís é um velho moreno, muito feio que parece não se cuidar —esse é José— José tem os cabelos grisalhos, uma cicatriz enorme na bochecha e consigo ver uma tatuagem de uma estrela no pescoço —esse é Diego —Diego parece ter uns 20 anos, tem uma barba rala e um sorriso no rosto —e esse Guilherme— Guilherme é o mais novo com certeza, ele está com a cabeça baixa mas quando eu o olho ele levanta o rosto, ele é loiro e bonito e tem os olhos claros, não consigo ver se são azuis ou verdes —todos serão presos, menos Guilherme, ele ainda tem 17 anos, irá fazer 18 semana que vem.

Meu pai não acredita e começa uma grande discussão, Guilherme não vai preso por ser menor e fazer 18 anos semana que vem. Eu olho para todos com ódio e nojo e todos retribuem menos Guilherme, ele nem sequer olha para mim.

Apaixonada Pelo Meu Sequestrador (#Wattys2016)Onde histórias criam vida. Descubra agora