Meu olhos se abrem incomodados com a luz do sol que invade o quarto entrando pela pequena janelinha.
Me viro para lado e vejo minha roupa no cantinho, lembranças de ontem a noite me invadem a cabeça. Não consigo acreditar no que fiz.
Me visto com várias perguntas na minha cabeça, onde está D? Por que me deixei levar? Será que ele gostou? Eu era virgem!
Quando acabo de me vestir alguém fala na porta.
—Estou entrando, coloca a venda— a voz é do D, me sinto mais feliz e segura, mas na mesma hora as lembranças voltam e eu me sinto envergonhada.
—Claro— digo assim que acabo de amarrar a venda.
—Oie— ele diz e beija meu rosto, e se joga na cama do meu lado.
—Oi— falo —como sabia que era o meu aniversário?
—Seu pai é muito rico— ele responde naturalmente —depois que sequestramos você a noticia saiu nos jornais, além do mais você me falou seu nome inteiro e eu procurei seu Facebook.
Continuo desconfiada. Mas será que Esron é o D? Se é, pra que me enganar desse jeito? A mãe doente, a data do meu aniversário, a cor dos olhos, o perfume, só não a voz, mas o que garante que ele não pode forçar para mudar o tom?
—O que foi?— ele me pergunta me tirando dos meus pensamentos.
—Nada, só estava pensando.
—Em que?
—Nada.
—Trouxe uma coisa pra você comer— ele diz.
Ele me entrega uma coisa quente e me assusto.
—É um pão— ele fala é ri —pode comer.
—É meio ruim fazer as coisas sem poder ver— falo e me arrependo instantaneamente de ter dito isso.
Ficamos um tempo em silêncio, minha curiosidade aumenta para saber quem ele é e o que ele está fazendo, mas por via das dúvidas continuo comendo.
—Você poderia ter me falado que era virgem— ele diz do nada, sinto uma vergonha imensa e meu rosto queimar.
—E teria mudado alguma coisa? Você não teria transado comigo se eu tivesse falado?
—Eu não transei com você— ele fala como se negasse ter feito uma coisa que realmente não fez —eu fiz amor, é diferente.
Me engasgo e começo a tossir a vergonha aumenta mais ainda, meu corpo todo deve estar vermelho agora.
—Mas me responde uma coisa— ele continua a me torturar —como você conseguia ter 18 anos e ainda ser virgem?
—Amor próprio— digo convencida, ou tentando soar assim —eu me basto.
—Eu não quero que você vá embora— ele diz.
—Não posso ficar nesse lugar vivendo assim pra sempre.
—Eu sei...mas...— ele não termina.
—Mas o que, D?
—Mas eu quero você entende? Quero continuar com você, eu gosto muito de você Maia- ele diz e me abraça.
—Eu não sei se isso vai ser possível.
—Claro que não vai, mas só saiba que eu fiz o possível— ele diz, me solta e sai.
—D— o chamo, mas a porta já foi aberta e fechada.
Não consigo parar de pensar em tudo, por que ele me deixa tão confusa? Por que ele não me mostra seu rosto logo e acabamos com isso de uma vez?
A tal portinha se abre e por ela passa meu almoço, ou melhor, aquela sopa horrível que tem mais àgua que tudo. Será que eles comem apenas isso? Nem chego perto, não sinto fome, na verdade a única coisa que sinto é um enorme vazio.
Minha vida mudou tanto de uma hora para a outra de uma forma impressionante.
Antes eu me preocupava em não perder a hora de assistir a novela ou uma série, mas hoje me preocupo com o dia em que essa tortura vai acabar.
D falou que a notícia saiu no jornal, será que lá tem alguma coisa sobre Zara? Não consigo me conformar com fato dela ter morrido.
—Vamos— um homem fala na porta.
Estou sem a venda e me preocupo se isso vai fazer ele me machucar ou não.
Ele é baixo e moreno, tem uma barba por fazer e um cabelo curtinho grisalho, posso jurar que ele me lembra alguém.
Começo a me levantar devagar tremendo de medo.
—Coloca a venda— ele diz —vamos te devolver pro seu pai, vadia.
Coloco a venda e caminho lentamente em direção a porta. Sinto a mão dele no meu ombro, ele então começa a andar e vai me levando para fora.
Escuto um carro estacionar e latidos de cachorros, estou descalça e sinto meus pés queimar ao pisar no asfalto quente.
Me jogam para dentro do carro.
—Lugar do encontro— um grita —agora.
Escuto vários barulhos estranhos que parecem ser armas. Fico mais assustada ainda, queria que D estivesse aqui, eu estaria bem mais calma e ele poderia segurar a minha mão para que eu me sentisse mais segura.
Mas isso já vai acabar, mal consigo acreditar que daqui algumas horas estarei em casa nos braços do meu pai fazendo a saudade de casa morrer, a saudade da minha vida.
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Pessoaaaal, já é sexta bora comemorar!!
No próximo capítulo já vamos descobrir a verdadeira identidade do sequestrador, mas quem vocês acham que são? Comentem aí o que vocês acham que vai acontecer.Mas queria também fazer um convite pra você, eu acabei de postar o primeiro capítulo da minha mais nova história que se chama "Como é amar?" e eu iria adorar se vocês pudessem ler.
Comentem e não esqueçam de votar, isso é muito importante pra mim!
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Apaixonada Pelo Meu Sequestrador (#Wattys2016)
RomanceCom a morte repentina da mãe a vida de Maia começa a mudar mas esse não é o principal problema. Filha de um grande executivo, Maia é sequestrada e mantida em cárcere até o pagamento do resgate. Com o tempo, Maia conhece um dos sequestradores e sem p...