After Harmony

Capítulo 10 - Talvez fosse o destino

Chris Jauregui 14:50

Papa teve um infarto.

O coração de Lauren começou a disparar violentamente dentro de seu peito, a dor de imaginar seu pai nessa situação a fez explodir num choro sufocado. Já não bastava seu relacionamento com Keana ter acabado, agora seu pai estava mal. O que será que ela fez de tão ruim para merecer isso?

Lauren Jauregui 14:55

Onde você está?

Chris Jauregui 15:00

Estou na casa dos nossos pais, vim pegar umas roupas para mamãe e papai. Mamãe foi de ambulância com ele e Tay acabou de chegar aqui. Estamos querendo saber se você vai passar aqui ou vai direto para o hospital.

Lauren Jauregui 15:01

Eu vou direto, mas em que hospital eles estão?

Chris Jauregui 15:03

South Miami Hospital.

Lauren Jauregui 15:03

Ok, estou indo para lá agora, nos vemos lá!

Lauren se levantou de sua cama num salto, foi para o closet e vestiu uma calça jeans, tênis e uma regata preta. Ela amarrou os cabelos num rabo-de-cavalo e pegou sua bolsa, saindo urgentemente do apartamento e descendo pelo elevador, parando no subsolo e entrando em seu carro. Uma partida foi o suficiente para ela manobrar pela garagem e sair dirigindo ultrapassando limites de velocidade em direção ao hospital em que seu pai estava.

Vinte minutos depois, ela estacionou e correu para a entrada do hospital, esbarrando com um homem que estava saindo do local.

— Porra! — o homem bufou ao cambalear para o lado.

— Desculpe! — Lauren gritou por cima do ombro enquanto corria para dentro do hospital à procura de sua família. Ela encontrou Taylor, Chris e sua mãe, Clara, na recepção, os três claramente aflitos e agoniados. — Oi, gente! — Lauren deu um abraço e um beijo em cada um. — Como ele está?

— Não sabemos... mas desde ontem ele estava reclamando de dor no peito, falta de ar e sensação de enjoo. Na verdade, ele estava reclamando faz um tempo... eu recomendei ele ir para a área da varanda para tomar um vento mas ele nem deu ouvidos, preferiu ficar vendo jogo. Ele tomou um Advil para as dores e dormiu. Eu levantei cedo hoje, como sempre faço, e estava na área de serviço quando ele começou a me gritar... — Clara voltou a chorar. — Eu saí correndo por aquela casa toda até encontrar ele no nosso quarto, agonizando, com a respiração descompassada e reclamando de muita dor no peito. A Dona Luna veio atrás também querendo saber o que houve... ela quem fez uma massagem cardíaca nele e foi ela quem ligou para a ambulância pois eu só sabia ficar travada e desesperada, eu não tomei atitude alguma... — Clara fungou, limpando a coriza que saía de seu nariz. — Eu só sei que não quero perder o amor da minha vida...!

Lauren puxou a mãe para um abraço apertado e lhe beijou o topo da cabeça.

— Vai ficar tudo bem, mama! Mikenator é forte, ele se recupera rápido! — Lauren tentou acalmar a mãe mas por dentro estava mais assustada que nunca. — Cadê os médicos desse lugar? Há quanto tempo vocês estão aqui?

— Há duas horas. — Clara respondeu, saindo do abraço da filha.

— E eles te deixaram aqui sem resposta alguma? — Lauren perguntou, levemente irritada com aquela notícia.