Capitulo 09 – A Guerreira
O grito atrai atenção dos viajantes que se debatem para segurar Ben Adam, todos olham em direção para o pro Consul com seu grito que ecoo por toda arena, Abednego olha em direção ao alçapão, e um frio na espinha enche o seu corpo com o que vê.
A mão da guerreira salta para fora do alçapão, cravando a espada na porta aberta, servindo de apoio para retirar o resto do corpo; todos olham na direção de Abednego após a sua reação de olhos arregalados e imóvel, e um a um olha para o alçapão e tendo mesmas reações, Ben Adam se senta na areia e um fino fio de saliva escorre pela boca entre aberta, não se permitindo pronunciar uma única palavra.
A guerreira sobe para fora do alçapão, os raios do sol atravessam as laterais da arena, com uma luz admirável ilumina o singelo e belo rosto da guerreira vestida com sua armadura cor do sol da manhã, e com um brilho intrigante no olhar.
_POR AQUI RÁPIDO – o grito de Sam quebra o êxtase da cena.
Ben Adam se levanta e grita:
_Guerreira vem!
Ela o segue enquanto olha para o pro Consul em meio a tantos conflitos e histerias.
Ele olha para a guerreira e cai sentado ao chão.
_Minha armadura; meus leões, o que tu fizeras com meus leões?
Os soldados não conseguem seguir em direção aos viajantes, sendo barrados pelo ataque da multidão enfurecida e desnorteada.
O pro Consul sai com mãos e joelhos no chão, se arrastado e em gritos lamentando a perda dos leões, e da armadura o seu longo cachecol de puro tecido fino, é arrastado nas areias até as pedras que contornam o alçapão, ele se aproxima da porta que estava aberta.
_Meus leões tu acabara com meus leões...
O fino cachecol desce suas pontas para dentro do alçapão.
Os leões saltam sobre o cachecol, cravando as pontas das garras no tecido fino e em um só arrastar leva todo o corpo do pro Consul para baixo, estalar de ossos e jatos de sangue é o final do voraz ataque.
Os viajantes correm entre as barracas e Josué, recupera em um estábulo os cavalos e armas que haviam sido escondidas. Eles saltam sobre os cavalos.
_Vamos temos que atravessar o vale das sombras antes de anoitecer- diz Sam
A guerreira salta por sobre um cavalo e direciona para arena,
_Ainda não, posso ir!
_Não teremos tempo, não há como segurar os mercadores de Invidiaroni, VAMOS – grita Ben Adam, enquanto a guerreira corre com seu cavalo por entre corpos e chamas para o lado da entrada da cidade.
_ Espere guerreira! – diz Ben Adam virando o cavalo
Jonas põe o cavalo à frente de Ben Adam e grita:
_Ela acabou de sair de uma cova de leões, sem um arranhão, não sabemos o que ela tem, mais agora sabemos que é muito forte,... Por isso vamos embora, já está anoitecendo e só estaremos seguros se atravessarmos o desfiladeiro do vale das sombras e temos que atravessar antes da escuridão da noite cobrir o vale, porque as sombras saem para a caça e não conseguiremos mais sair... Vamos tenho certeza que ela nos encontra.
_ Não Eu vou ate ela! Diz Ben Adam saltando entre corpos, os viajantes cruzam olhares e seguem ate ele, mas antes de retornarem se encontram com a guerreira a frente, usando uma corda como guia retira um grupo de cegos do meio das batalhas, passando por entre soldados e chamas ela os guia para estrada aberto dos desfiladeiros, os afastando do batalha lhes diz:
_ Sigam em direção dos arbustos, ha frente à agua e cavernas para ficarem, conseguiram brotos, mas não retornem para a cidade, pois ela se perdeu na loucura, e apenas perigo lá agora tem.
_ Não viras conosco? – diz o cego que falou com a guerreira ainda na estrada
O guerreira olha para Ben Adam que esta em seu cavalo parado a frente e com um leve suspiro ela diz:
_ Não posso depois do que ocorreu aqui serei perseguida, se ficar trarei riscos para vos, tenho que seguir para o mais longe possível.
Ben Adam, de olhar vago entre fumaças e chamas tenta entender o que fez a guerreira.
_VAMOS- Grita Sam
_Guerreira virá conosco? Ela olha para Ben Adam entre fumaça e chama, e acenando com a cabeça volta à direção do seu cavalo para o grupo.
A guerreira salta entre barracas ao chão com seu cavalo, aproxima dos viajantes que correm contra o tempo para chegar antes de anoitecer ao vale das sombras.
Os cascos batem estalando contra o chão seco do desfiladeiro em um grande corredor estreito entre duas enormes muralhas de pedra, os cavalos cortam o ar como flechas, desafiando o tempo presos ao espaço.
_MAIS RÁPIDO, O SOL JA ESTA QUASE POSTO - grita em desespero Josué.
As primeiras sombras do entardecer, como mel em um favo na copa da arvore, escorrem no alto das muralhas de pedra, alguns vultos saltando rapidamente no topo das pedreiras despertam um arrepio nos viajantes corações apertados, o estreito corredor parece engradecer a cada salto dos cavalos.
_RÁPIDO– grita Josué.
_NÃO TEREMOS TEMPO - grita Sam
_SALTEM DOS CAVALOS- grita a guerreira.
_O quê? Retrucou Josué.
_Saltem dos cavalos não teremos tempo; seremos presas fáceis, saltem dos cavalos agora e teremos chance.
_ELA É LOUCA TEMOS QUE ATRAVESSAR... Grito espantado Josué
_Não conseguirão não há tempo - diz a guerreira
_Não ha como atravessar o sol já se esconde!- diz Ben Adam.
_ Por isso lhes digo, saltem agora!- Diz a guerreira.
_SALTEM DOS CAVALOS - grita Ben Adam.
E eles saltam caindo pelos caminhos, a guerreira se ergue ligeira... Enquanto os outros se levantam sacudindo a terra.
_ Me escutem – diz a guerreira - as sombras não tem olfato, não ouvem, e são cegas, elas se direcionam precisamente pela locomoção do ar, por isso encostem o máximo possível nas muralhas para não fazer barreira sobre a corrente de ar que passa pelo desfiladeiro, e não façam nenhum movimento brusco, e se aproximarem demais não pisquem e principalmente não respirem!
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Desbravadores do Amanhã(#Wattys2016)
Phiêu lưu- Este livro tem todos os direitos reservados desde Junho de 2015- A maldade na humanidade cresceu de tal proporção, que tudo que era bom foi esquecido, todos os conceitos, valores e crenças, sem família,sem amor, sem esperança,sem fé. Será que...