Capitulo 35- Segredos

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Capitulo 35- Segredos

O barco com os viajantes cruza o mar do lado sul, o vento forte, leva com velocidade a pequena embarcação até ilhas abandonadas próximas ao reino de Supérbia, Ben Adam a frente do barco vai observando em silencio o pôr do Sol, no peito a luta ocorre ate mesmo longe das batalhas.

*****

Os olhos da guerreira se abrem sobre a luz da lua, no céu mais límpido da madrugada, os olhos queimam como pequenas brasas de fim de fogueira, já há tempos que o peito não lhe permite o desfrute de um longo sono, os olhos voltados para a lua, à distância, entre a razão e o profundo que lhe estremece no peito, a separação do querer e o poder, ela espera que tudo acabe logo, onde as mãos suas e de Ben Adam poderão se entrelaçar no dia aquele dos sonhos, ela sabe ainda há muito pegadas para se deixar no caminho, onde se têm pedras e espinhos, pois a estrada é longa e a noite é escura, não se podem ver os jardins a sua volta, pois o perfume de suas flores será suave somente com o orvalho seco aos raios do sol. A lágrima que escorre na face, desce como rio incandescente de uma montanha de fogo, que toca o mar em sua base a fará dela pedra firme, para que os pés se sustentem. Arde no peito a sua solidão de guerreira, ela sente em suas mãos o calor da pele de Ben Adam em toque suave como pássaros que mergulham nas nuvens tocando com a suavidade das suas asas, a distância aumenta cada vez mais que caminha, enquanto no peito estremece uma força há uma luta para ser vencida e o dia aquele dos sonhos a de ser contemplados pelos seus olhos. Se levantando de uma pedra que está acostada, os cabelos e corpo ainda sujos, pesaram mais no caminhar depois da batalha, que foi lento, de pouco a pouco os viajantes foram dando os seus passos, Amazias estava acordado como vigilante pela madrugada, sentado ao lado da fogueira, ela caminha até ele sentando ao seu lado e pergunta:

_ Sois vós viajantes de grande experiência, eis que o grupo de Ben Adam, já caminham há dias, por onde andam a este tempo?

Amazias sem desviar o seu cansado olhar de sobrancelhas grisalhas responde:

_ Diria eu a vos, que o trajeto que a eles foi dito que seguiram, ate mesmo um exercito inteiro o temeria, não se pode passar seguido por Luksuriae, Superbia e Kolheram, sem ferimentos sem perdas, sem riscos, e como farão para retornar sem o ataque do império que saberão das suas ousadias, em muitos encontros de viajantes se ouviam falar de Ben Adam e seu grupo eram conhecidos como os Loucos da Estrada, desafiadores sem temores, mas sei em muito pouco tempo, muito se ha mudado entre eles, só o tempo mostrara se o que lhes passam os tornou mais fraco, ou mais imbatíveis.

A guerreira respira forte com as palavras de Amazias e olhando para a lua busca muito mais que uma luz refletida.

*****

O vento forte do sul leva a embarcação ligeira até o reino de Superbia, Ben Adam direciona o barco a uma pequena ilha, de pescadores e mercadores, com muitas jangadas e pequenas embarcações abandonadas, o barco vai atracando no pequeno píer de madeira verde, o dia já amanhece pelo horizonte do mar, Bassebete na proa do barco, diz a Ben Adam:

_ Esta a ilha de pescadores e mercadores, mais próxima de Supérbia, por aqui alguns pescadores não sabendo do perigo acampam, e são apanhados como escravos; deveremos ficar aqui.

_ E como será para chegarmos ate o reino? Diz Ben Adam

_ Usaremos esta ilha de emboscada, aquele monte que já avistamos já é o reino, eles têm vigias de olho nesta ilha, qualquer sinal de pessoas por aqui acampado, eles enviam um barco com soldados, para capturar mais escravos, e atacam quando assim não os esperam, dessa vez eles estarão sendo esperados, e quando perceberem que o barco não retornou já estaremos chegando a Kolheram.

Desbravadores do Amanhã(#Wattys2016)Onde histórias criam vida. Descubra agora